Animado, Di Grassi vê título de embaixador da ONU bom para “alavancar projetos de sustentabilidade e mobilidade urbana”

Em entrevista concedida ao GRANDE PRÊMIO, Lucas Di Grassi apontou a importância social do automobilismo e se mostrou bastante animado em falar sobre o título de embaixador da ONU que recebeu. De acordo com o piloto, o trabalho dele relacionado a novas energias e mobilidade urbana está muito longe de parar

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Lucas Di Grassi foi escolhido no fim do mês de abril como embaixador da ONU para a limpeza do ar. Figura das mais empolgadas com a Fórmula E e o surgimento de uma nova geração de mobilidade urbana, o piloto se animou ao falar do esporte e a da porta aberta pela ONU.

 
Em entrevista concedida ao GRANDE PRÊMIO, Lucas falou sobre a importância do esporte a motor para a mobilidade e, na atual situação climática, também para o meio ambiente. 
 
“O automobilismo é um dos únicos esportes que realmente desenvolvem uma tecnologia que vai ser usada depois, em benefício da sociedade. No futebol ou no tênis, por exemplo, se desenvolver uma raquete melhor ou pior, o cara jogar bola melhor ou pior, isso não muda nada, a não ser quando você está assistindo TV e vibrando com seu time, mas isso não impacta em nada na sua vida. Se o Flamengo vence, se o São Paulo vence, isso é só entretenimento. O automobilismo, não", opinou.
 
"De uma forma geral, durante muitas décadas, foi o precursor do desenvolvimento de tecnologias que mudaram a vida das pessoas: freio a disco, cinto de segurança, carros mais potentes, mais seguros, tanque de combustível que não pega fogo quando há alguma batida, enfim. Várias coisas que foram desenvolvidas no automobilismo. E hoje em dia, o principal desafio da indústria automotiva é aumentar a eficiência, baratear o custo do transporte de todo mundo sem ter um impacto negativo no planeta", seguiu.
 
"Entendendo isso, obviamente que o automobilismo iria seguir esse caminho: desenvolver tecnologias melhores, mas que também são mais sustentáveis. Não simplesmente pelo fato de ‘vou deixar de comer carne, vou comer alface’. O motor elétrico, na relação peso/potência, é muito melhor que o motor a combustão. Então todos os veículos vão ser elétricos. Ele não só fica mais barato, como fica mais rápido e melhor para o meio ambiente", afirmou.
Lucas Di Grassi, embaixador da ONU (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar/Vipcomm)
O piloto, atual campeão da FE, também tocou em um ponto bastante visitado pelos puristas: a questão do som dos carros elétricos.
 
"É algo que só tem aspectos positivos. As pessoas até podem argumentar se o barulho é bom ou ruim… o barulho pode ser bom, mas por exemplo, se você mora perto de uma ponte, as pessoas não gostam muito. Então essa é uma questão muito subjetiva. Queria ver se teu vizinho tivesse um Stock Car e se você gostaria que ele ligasse o carro à meia-noite, por exemplo. Então depende das circunstâncias”, falou.
 
Animado com a nova alcunha que recebeu da Organização das Nações Unidas, agora Di Grassi crê que terá mais força para tirar do papel outros projetos que tem. 
 
“Então estamos trabalhando para isso. E isso foi visto pela ONU, por causa da Fórmula E, como meio de melhorar a qualidade de vida das pessoas, e eles me ofereceram esse título. Para mim, foi muito importante ter recebido esse título e agora poder usar esse título como uma forma de alavancar meus projetos de sustentabilidade e mobilidade urbana que eu quero fazer”, encerrou. 
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