CEO da Fórmula E descarta preocupação com eletrificação da F1: “Validam nossa tecnologia”

Na opinião de Jeff Dodds, a eletrificação da Fórmula 1 tem um limite, principalmente pelos desafios relacionados ao peso do carro e o fato de que a Fórmula E tem o direito de ser a única categoria totalmente elétrica chancelada pela FIA

CEO da Fórmula E, Jeff Dodds elogiou a decisão da Fórmula 1 de adotar um motor 50% elétrico a partir de 2026 e negou qualquer preocupação de que a direção tomada pela maior categoria do esporte a motor ameace a existência da modalidade de monopostos elétricos. A decisão da principal classe do automobilismo ainda inclui combustíveis sustentáveis, algo tratado como positivo pelo britânico, que fez questão de destacar que a FE tem o direito exclusivo de ser a única categoria totalmente elétrica da FIA.

“Olho para isso de alguns ângulos diferentes”, disse Dodds ao portal neerlandês RacingNews365. “Primeiramente, somos o único campeonato mundial chancelado pela FIA que pode ser totalmente elétrico. Somos nós, é o que somos conhecidos por fazer”, destacou.

“A F1 será 50% elétrica em 2026, mas não sei o quanto poderão ir além desses 50% devido aos desafios de peso por ter duas fontes diferentes de energia no carro. E não acho que eles estarão interessados em se tornarem mais pesados e mais lentos”, explicou.

Dodds destacou, ainda, que a opção de eletrificação da Fórmula 1 é positiva para a sustentabilidade do planeta e valida as tecnologias desenvolvidas na própria Fórmula E. O CEO finalizou dizendo que não se preocupa com a chance de ver a principal categoria da FIA ‘substituindo’ a modalidade elétrica.

O novos carros terão um novo MGU-K, com o triplo de potência do anterior
O carro da Fórmula 1 será 50% elétrico a partir de 2026 (Foto: FIA)

“Então, por um lado, temos o direito exclusivo de sermos uma categoria elétrica. Por outro, quanto mais elétricos eles forem, mais eles validam nossa tecnologia, o que acho interessante. Em um terceiro ponto, quanto mais sustentáveis ele se tornarem com o combustível e a tecnologia híbrida, eu tiro o chapéu, porque é bom que estejam tentando tornar a categoria mais sustentável”, afirmou.

“No fim das contas, nunca vou criticar alguém por tentar reduzir o impacto de carbono no mundo. Eles nunca serão totalmente elétricos, isso é nosso propósito. Você pode argumentar que isso ‘invade’ nossa área, mas também pode dizer que valida totalmente nossa escolha tecnológica. Então, não me preocupo com essas chances”, finalizou o CEO da Fórmula E.

Fórmula E retorna com atividades de pista somente entre os dias 4 e 7 de novembro, com os testes coletivos de pré-temporada na pista de Valência, na Espanha. A temporada 2024/25 começa aqui no Brasil, com o eP de São Paulo, marcado para o fim de semana do dia 7 de dezembro.

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