Com enorme buraco de três meses no calendário, pilotos esperam ajuste para categoria ganhar visibilidade

Nick Heidfeld, Mitch Evans e Jérôme D'Ambrosio foram unânimes em avaliar que a F-E deveria aproveitar a pouca movimentação do esporte a motor no período que vai de dezembro a janeiro e colocar a categoria de carros elétricos nos holofotes

Neste sábado acontece a segunda prova do calendário da temporada 2016/2017 da F-E. E, depois do eP de Marrakech, haverá uma enorme pausa de 12 semanas até a terceira etapa, marcada para Buenos Aires, em 18 de fevereiro. Para se ter uma ideia do “buraco negro”, esse intervalo é apenas uma semana mais curta do que o período que marcou a última etapa do calendário anterior, em Londres, e a prova de abertura da temporada três, em Hong Kong. 
 
Alguns dos pilotos que alinham no grid dos carros elétricos se manifestaram deixando claro que esperam um ajuste no calendário por parte dos organizadores. O experiente Nick Heidfeld, por exemplo, avalia que é uma chance desperdiçada de aparecer enquanto as outras categorias estão praticamente de férias.
Nick Heidfeld crê que ter provas entre dezembro e janeiro seria bom para a F-E (Foto: Reprodução)
“Acho que a maioria das pessoas concorda que no mundo ideal deveria ter corridas com duas ou três semanas de diferença”, disse o piloto da Mahindra. “É também um bom momento para ter corridas agora e nos próximos três meses, como não há muito mais acontecendo. Acho que parte da ideia original era ter corridas neste período, mas por algum motivo nesta temporada temos essa grande diferença, acrescentou.
 
Mitch Evans, da Jaguar, concorda com Heidfeld, ao afirmar que o foco no campeonato da F-E deve ser consistente ao longo da temporada. “Suponho que o campeonato provavelmente vai tentar mudar isso e ter uma corrida em dezembro e potencialmente em janeiro, enquanto a maioria da comunidade do esporte a motor está tranquila. Obviamente existiria um grande foco sobre nós”, comentou o neozelandês. “É um pouco estranho, mas é assim no momento”, falou resignado.
 
Presente em todas as corridas da F-E desde o início do campeonato, o piloto da Dragon Jérôme D'Ambrosio não destoou dos colegas. “É lamentável, mas não é fácil do ponto de vista dos organizadores preencher as lacunas neste momento. É preciso lembrar que esta ainda é apenas a terceira temporada do campeonato”, ponderou o belga.

“Nós temos alguns destinos interessantes no calendário, mas com certeza essa diferença vai parecer muito longa e, como sabemos no automobilismo, o momento é muito importante. Precisamos encontrar uma solução e eu sei Alejandro Agag vai encontrar uma saída junto de seu equipe”, concluiu.
 
A temporada três da F-E terá em um período de apenas 10 semanas, seis datas entre a prova de Mônaco, em maio, e a etapa de Montreal, no final de julho.
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