“Contra o racismo”, Mercedes repete F1 e pinta de preto carros da Fórmula E para Berlim

A Mercedes aderiu de vez aos protestos liderados por Lewis Hamilton contra o racismo e estendeu a manifestação à categoria dos carros elétricos. A partir de 5 de agosto, Stoffel Vandoorne e Nyck de Vries vão acelerar com um novo layout, como a equipe anglo-alemã já faz desde o início da temporada na Fórmula 1

A Mercedes vai disputar a ‘maratona de Berlim’, a rodada sêxtupla que vai fechar a temporada 2019/20 da Fórmula E a partir de 5 de agosto, no aeroporto de Tempelhof, vestida de preto. Assim como na Fórmula 1, onde promoveu uma mudança histórica ao trocar a tradicional cor prata em apoio a Lewis Hamilton e como gesto de protesto contra o racismo, a equipe anglo-alemã vai fazer o mesmo na categoria dos carros elétricos.

Quinta colocada no campeonato entre as equipes, com 56 pontos, a Mercedes está atrás de DS Techeetah, com 98; BMW, com 90; Jaguar, com 66; e Nissan, com 57. Entre os pilotos, Stoffel Vandoorne, ex-McLaren na Fórmula 1, é o melhor posicionado no campeonato e está em sexto, somando 38 pontos, empatado com Lucas Di Grassi, da Audi. O líder é o luso António Félix da Costa, da DS Techeetah, com 67 tentos, Nyck de Vries, que também defende a Mercedes, aparece em 13º no campeonato, com 18 pontos.

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A Mervedes vai correr vestida de preto em Berlim na Fórmula E (Foto: Mercedes/Divulgação)

Ian James, chefe de equipe da Mercedes na Fórmula E, ecoou o discurso promovido por Toto Wolff quando a escuderia hexacampeã mundial definiu a mudança histórica de layout na Fórmula 1 para a temporada 2020.

“Sempre nos posicionamos claramente contra o racismo e todas as formas de discriminação, pois eles não têm lugar em nossa equipe, em nosso esporte ou em nossa sociedade”, disse.

“No entanto, eventos recentes em todo o mundo mostraram que todos precisamos fazer mais para usar nossa plataforma para nos manifestarmos contra o racismo e a discriminação. Como parte da família Mercedes-Benz Motorsport, estamos enviando um claro sinal de mudança”, complementou o dirigente.

James ressaltou que o esporte a motor é tradicionalmente pouco inclusivo, mas que a Mercedes, seja na Fórmula 1 ou na Fórmula E, está disposta a mudar tal paradigma.

“O automobilismo é um setor em que a diversidade étnica e a igualdade de gênero tradicionalmente não têm sido muito predominantes. No entanto, desde os primeiros dias da nossa nova equipe, fizemos campanhas pela igualdade de oportunidades para todos e contra a discriminação de todas as formas”, comentou.

“Junto com nossos parceiros, consideramos um dever promover e treinar jovens talentos, independentemente de ascendência ou sexo, com o objetivo de lhes dar a oportunidade de ingressar na Fórmula E nos próximos anos”, concluiu.

As corridas da Fórmula E em Berlim vão marcar o encerramento da temporada 2019/20. A rodada sêxtupla disputada num mesmo local, com três versões diferentes de circuito, foi a saída encontrada pela categoria presidida por Alejandro Agag para conseguir concluir o campeonato em tempos difíceis e de pandemia. As provas vão acontecer todas em agosto: nos dias 5 e 6, 8 e 9 e 12 e 13 do mês que vem.

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