Contra ordens de equipe e “esse tipo de babaquice”, Di Grassi sugere fim das conversas via rádio

Lucas Di Grassi não quer mais que as equipes possam influenciar nas decisões dos pilotos durante as corridas. O piloto brasileiro, campeão da FE, sugeriu ao chefão da categoria que as comunicações via rádio entre times e pilotos sejam proibidas. Na opinião dele, os rádios passariam a ser usados somente para questões de segurança

Como melhorar a qualidade das corridas de carro? São várias opiniões e visões diferentes mundo afora. Lucas Di Grassi, piloto da Fórmula E – onde já foi campeão – e da Stock Car tem uma ideia. Acabar com a comunicação via rádio entre as equipes e os pilotos. 
 
Na opinião de Di Grassi, o rádio deveria ser exclusividade de uma comunicação entre a direção de prova e os pilotos por conta das questões de segurança na pista. Jamais para estratégia de corrida, ordens ou qualquer tipo de influência na pista por parte das equipes.
 
"Por que não cortar a comunicação por rádio? Aí não importa quantos estrategistas você tem ou qual o tamanho da equipe de controle que você tem, não dá para dizer ao piloto o que fazer", questionou. "Acredito que esse é o caminho do futuro. Fica mais a cargo do piloto que, para decidir a estratégia, tem que saber o que está acontecendo e o que fazer" disse ao site inglês 'E-Racing365'.
 
"Não haveria ordens de equipe, esse tipo de babaquice. Você vai só correr e é isso, é um problema seu para resolver. Sou totalmente a favor disso", seguiu.
Lucas Di Grassi (Foto: Audi Sport ABT Schaeffler)

Lucas afirmou que conversou com o diretor-geral da Fórmula E, Alejandro Agag, sobre a possibilidade.

 
"Eu fiz essa sugestão ao Alejandro. Precisamos ter o rádio por questões de segurança, claro. Precisamos saber sobre bandeiras amarelas, acidentes, coisas assim. Mas eu gostaria que as mensagens fossem apenas do diretor de corrida para os pilotos e dos pilotos para o diretor de corrida. Sou contra o rádio das equipes, contra qualquer tipo de ajuda aos pilotos. Vejo o diálogo contínuo numa corrida como auxílio ao piloto, e acho que a FE deveria erradicar", opinou.
 
A ideia de Di Grassi surgiu durante as 24 Horas de Le Mans de 2015, quando ele ainda era piloto do WEC na equipe hoje finada da Audi. Por um erro da equipe, o piloto ficou na pista sem ter como ouvir o que a Audi dizia.
 
"Os mecânicos puxaram meu cinto quando eu estava fazendo a mudança de piloto e tiraram meu rádio. Então, por um stint, não sabia o que estava acontecendo. Eu sabia que podia apenas falar, então avisei quando estava voltando e que se preparassem para a mudança seguinte. Fiz apenas um stint, parei, saí e eles tiveram que consertar o rádio. Não foi bom naquele momento, mas olhando em retrospectiva o desafio foi enorme e você sobrevive, claro", encerrou.
 
Ainda com comunicação, a temporada da FE começa em 15 de dezembro.
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