Dodge, Abarth e Hyundai surgem como potenciais parceiras da Penske na Fórmula E
Enquanto a DS ainda não decidiu sobre a permanência na Fórmula E para a era Gen4, a Penske analisa outros caminhos para seguir na categoria. Dodge, Abarth e Hyundai surgem como possibilidades para futura parceria
A parceria entre DS Automobiles e Penske, que já dura duas temporadas na Fórmula E, pode estar com os dias contados. Segundo o portal inglês The Race, a continuidade da fabricante francesa na categoria está em dúvida para a era Gen4, prevista para começar no fim de 2026, e outras marcas do grupo Stellantis surgem como candidatas para suprir a saída da fornecedora de trens de força.
A DS, parte do braço Citroën que compõe o grupo Stellantis, não esconde que a permanência na era Gen4 está em xeque. Diretor da DS Performance, área de competição da empresa, Eugenio Franzetti admitiu que as dúvidas relacionadas ao retorno financeiro da categoria impedem que uma decisão seja tomada neste momento.
“Estamos trabalhando nisso, fazendo todas as simulações em termos de custos e retorno de investimento — o que é muito, muito importante”, destacou ao site. “Estamos tentando analisar todos os possíveis cenários. É uma boa notícia, porque significa que estamos trabalhando no assunto”, disse.
“É importante que a Fórmula E nos dê todas as informações sobre os valores de retorno do investimento, o valor da visibilidade, porque o automobilismo é uma ferramenta de marketing. Assim, qual o valor de visibilidade que o campeonato tem hoje e quanto terá amanhã? Porque isso é parte da análise que precisamos fazer”, explicou.
A parceria vai seguir até o fim da temporada 2025/26, último ano antes da introdução do Gen4, mas tem um cenário nebuloso a partir daí. Desta forma, outras marcas do grupo Stellantis surgem como potenciais ‘substitutas’ para formarem parceria com a Penske, como Abarth e Dodge.
A primeira é considerada improvável, pois significaria ter duas marcas italianas da Stellantis na categoria, já que a Maserati compõe o grid desde o ano passado. A Dodge, por sua vez, tem um histórico de competições no automobilismo, principalmente na Nascar — onde, inclusive, foi campeã em 2012 com a própria Penske, batendo Chevrolet, Ford e Toyota.
Além disso, a marca ainda participa em categorias de ‘drag racing’ e vai colocar o Dodge Challenger SRT Hellcat como safety-car no Mundial de Superbike. Por fim, a montadora anunciou seu primeiro carro totalmente elétrico em 2024, o Dodge Charger Daytona, o que pode fazer com que o interesse na Fórmula E cresça.
Outra possibilidade ventilada pela Penske é a Hyundai. A montadora coreana, uma das protagonistas — e líder — do Mundial de Rali (WRC), está próxima de uma decisão sobre a entrada na classe de hipercarros do WEC e teria uma possibilidade maior de ter sucesso na Fórmula E junto a uma equipe que já conhece a operação.
Vale destacar que há a possibilidade de que a DS decida permanecer na categoria, o que daria uma nova chance para a parceria. A partir deste ano, os carros produzidos pela marca serão exclusivamente elétricos, e o conhecimento gerado pela participação na Fórmula E pode representar um aspecto valioso para a indústria.
Até o momento, entretanto, nenhuma decisão foi tomada. O fato é que as duas marcas do grupo Stellantis terão pilotos novos na Fórmula E em 2025: enquanto Maximilian Günther deixou a Maserati para se juntar a Jean-Éric Vergne na DS Penske, a equipe italiana anunciou uma dupla totalmente renovada com Stoffel Vandoorne — que fez o caminho contrário — e Jake Hughes.
A Fórmula E retorna com atividades de pista somente entre os dias 4 e 7 de novembro, com os testes coletivos de pré-temporada na pista de Valência, na Espanha. A temporada 2024/25 começa aqui no Brasil, com o eP de São Paulo, marcado para o fim de semana do dia 7 de dezembro.
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