Fórmula E faz primeiro teste de novas luvas criadas para dificultar fortes lesões
A Fórmula E também trabalha na mudança de posição do volante no cockpit, além de uma maior asa dianteira para que possa proteger as rodas da frente em caso de batida
A Fórmula E está de olho na proteção das mãos de seus pilotos e, nos testes de direção com o Gen3 Evo desta semana, Jaguar, Nissan e Porsche levaram à pista uma inovação técnica: um protótipo de sistema de direção que visa fornecer uma melhor proteção em caso de acidente.
O sistema é um amortecedor montado paralelamente à coluna de direção, em que o movimento dela deve ser desacelerado em caso de um impacto severo. Ao passo que as forças que ocorrem no próprio volante são reduzidas.
A lista de pilotos que machucaram as mãos em batidas com o Gen3 é longa: Sam Bird, Sébastien Buemi e Robin Frijns sofreram fraturas – o neerlandês por duas vezes, uma delas em São Paulo. Outros como Nyck de Vries e Pascal Wehrlein tiveram hematomas.
No momento, esses protótipos não devem ser utilizados mas, caso se provem durante os testes, a FIA planeja tornar a introdução deste sistema modificado obrigatório para os testes de pré-temporada em Valência, que acontecem em novembro. Há planos de mudanças no volante, que deve ser mais redondo, principalmente na parte inferior, para que as mãos dos pilotos não fiquem presas.
“Trabalhamos na posição do volante no cockpit para ter mais espaços entre os braços. Além disso, para a próxima temporada, pensamos em uma asa dianteira maior e mais larga para proteger as rodas da frente em caso de batida. Isso vai contribuir para mitigar o risco de lesões nas mãos”, disse Xavier Mestelan-Pinon, diretor-técnico e de segurança da FIA, em entrevista ao site britânico The Race.
Além dos ajustes nos carros, a FIA trabalha na introdução de luvas acolchoadas, semelhantes às que são usadas na MotoGP. O francês garante que a pesquisa sobre as causas dos acidentes se mostram difíceis de chegar a uma conclusão, afinal, não foi identificado uma única responsabilidade pelo grande número de ferimentos. Parte da investigação envolveu a análise do design de volantes.
“Não podemos dizer que é por causa do eixo dianteiro, ou pela rigidez dos pneus, ou tamanho do cockpit. Minha opinião pessoal passa pelo esforço feito na direção. Este carro precisa de mais disposição do que outros, afinal, não temos nenhuma direção hidráulica no Gen3”, analisou Mestelan-Pinon.
A Fórmula E retorna com atividades de pista somente entre os dias 4 e 7 de novembro, com os testes coletivos de pré-temporada na pista de Valência, na Espanha. A temporada 2024/25 começa aqui no Brasil, com o eP de São Paulo, marcado para o fim de semana do dia 7 de dezembro.
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