Di Grassi é punido por passar todo mundo nos boxes e Lynn vence eP de Londres 2
Lucas Di Grassi viu o safety-car lento demais na pista e, passando pelo pit-lane, ultrapassou todo mundo para virar líder. O brasileiro foi o primeiro a ver a bandeira quadriculada, mas acabou punido. Melhor para Alex Lynn
Lucas Di Grassi foi a estrela do eP de Londres deste domingo (25), mas talvez pelos motivos errados. O brasileiro, sexto colocado antes de um safety-car, passou pelos boxes para ultrapassar todo mundo e virar líder da corrida. A estratégia curiosa da Audi não deu certo: a direção de prova puniu o brasileiro, com a vitória ficando com Alex Lynn.
Di Grassi conseguiu passar os pilotos à frente porque o safety-car estava lento demais, significando que era mais rápido passar pelos boxes apenas com o limitador de velocidade acionado. Allan McNish, chefe da Audi, argumentou que Lucas precisava passar pelos boxes para checar um possível pneu furado. A desculpa não colou com a direção de prova, que aplicou inicialmente o acréscimo de 20 segundos ao tempo total de prova e jogou o brasileiro para oitavo. Horas depois, decidiu-se pela desclassificação do campeão de 2017.
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Lynn teve a companhia de Nyck de Vries e Mitch Evans no pódio. A zona de pontos teve ainda Robin Frijns, Pascal Wehrlein, Maximilian Günther, Nick Cassidy, Sérgio Sette Câmara, Jake Dennis e Joel Eriksson. No caso de Sérgio, o oitavo lugar encerra uma seca de pontos que vinha desde fevereiro.
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A corrida teve uma dose considerável de acidentes, com duas intervenções do safety-car. No primeiro, René Rast abandonou após ser abalroado por Sébastien Buemi. No segundo, António Félix da Costa foi a vítima de uma pilotagem extremamente defensiva de André Lotterer.
Saiba como foi o eP de Londres 2:
Largando da pole, Vandoorne não teve dificuldades para seguir em primeiro após a largada. Rowland, Lynn, De Vries e Evans vinham atrás, formando o top-5 na mesma ordem do grid de largada. O resto da zona de pontos tinha Günther, Wehrlein, Frijns, Sette Câmara e Di Grassi. A primeira volta foi relativamente limpa, apenas com Blomqvist e Sims danificando seus respectivos carros.
A primeira ultrapassagem no top-10 veio apenas na terceira volta. De Vries mergulhou e ultrapassou Lynn na marra em um dos hairpins. O holandês estava no pódio, mas com problemas: o toque com o britânico deixou o volante um pouco torto.
Na volta 5, safety-car: Buemi e Rast brigavam por posição, com o suíço prensando o alemão contra o muro. Com a suspensão dianteira esquerda danificada, René voltou a acertar Sébastien antes de estacionar na pista e abandonar.
A relargada veio na volta 8, sem muitas mudanças na dianteira. O pódio ainda tinha Vandoorne, Rowland e De Vries, com Lynn e Evans atrás. Só fora da zona de pontos que mais ultrapassagens aconteciam, com Da Costa indo para cima e subindo para 15°.
Na volta 10, mudança importante: De Vries ultrapassou Rowland e se colocou em posição de pressionar Vandoorne. A manobra veio na hora certa, porque, apenas um giro depois, um acidente de Da Costa levou ao segundo safety-car do dia. O português foi prensado por Lotterer contra o muro e bateu.
A relargada nem precisou acontecer para a corrida ficar louca. Di Grassi, sexto, passou pelos boxes e virou líder. Sim. É que, como o safety-car estava lento demais, o brasileiro andava mais rápido usando apenas o limite de velocidade do pit-lane. Era inteligente, mas o veterano estava automaticamente sob investigação.
Após a relargada, mais reviravoltas. Rowland abalroou Vandoorne, com os dois caindo para fora da zona de pontos. De Vries, enquanto isso, ultrapassava Di Grassi. Atrás, a zona de pontos ainda tinha Lynn, Evans, Günther, Wehrlein, Frijns, Sette Câmara, Dennis e Cassidy.
Essa briga entre os dois, entretanto, estava ainda muito aberta. Di Grassi deu o troco em De Vries, que também perderia posição para De Vries. Os três estavam muito à frente de Evans e tinham disputa particular pela vitória.
A corrida avançava, apenas no aguardo da determinação da direção de prova a respeito de Di Grassi. A punição era inevitável e inicialmente veio na forma de um drive-through. Lucas não cumpriu e flertou com a desclassificação, mas eventualmente acabou apenas com um acréscimo de 20s.
Fórmula E 2020/21, eP de Londres, Corrida 2:
1 | A LYNN | Mahindra | 46:29.532 | 30 voltas |
2 | N DE VRIES | Mercedes | + 0.599 | |
3 | M EVANS | Jaguar | + 6.257 | |
4 | R FRIJNS | Virgin | + 6.682 | |
5 | P WEHRLEIN | Porsche | + 9.212 | |
6 | M GÜNTHER | BMW | + 10.637 | |
7 | N CASSIDY | Virgin | + 12.685 | |
8 | S SETTE CÂMARA | Dragon Penske | + 19.237 | |
9 | J DENNIS | BMW | + 24.914 | |
10 | J ERICKSSON | Dragon Penske | + 27.920 | |
11 | E MORTARA | Venturi Mercedes | + 29.083 | |
12 | J VERGNE | DS Techeetah | + 29.915 | |
13 | S BUEMI | Nissan | + 30.291 | |
14 | O TURVEY | Nio | + 31.364 | |
15 | S VANDOORNE | Mercedes | + 33.623 | |
16 | A SIMS | Mahindra | + 34.336 | |
17 | A LOTTERER | Porsche | + 35.204 | |
18 | O ROWLAND | Nissan | + 42.269 | |
19 | T BLOMQVIST | NIO | + 1 volta | |
20 | N NATO | Venturi Mercedes | + 3 voltas | |
NC | S BIRD | Jaguar | + 3 voltas | |
NC | A DA COSTA | DS Techeetah | + 20 voltas | |
NC | R RAST | Audi | + 5 voltas | |
DSQ | L DI GRASSI | Audi |