Prévia: em ebulição, F-E chega a Moscou com três líderes separados por dez pontos

É o penúltimo final de semana da temporada que se aproxima com o eP de Moscou. E talvez, num calendário de onze corridas, pudesse ser esperado que o campeonato fosse chegar numa boa disputa de pontos. Mas de maneira alguma que fosse terminar seu primeiro ano numa intensidade como esta.

 

Após Lucas Di Grassi, líder por cinco das primeiras seis etapas da temporada, ser desclassificado em Berlim e falar mais do que tinha dito em Mônaco, a briga com Nelsinho Piquet atingiu níveis de calor há muito tempo não vistas no automobilismo. 

 

Mas agora a situação é diferente. Se tinha 17 pontos de vantagem ao fim da corrida na Alemanha, Di Grassi chega a Moscou dez pontos atrás e não é mais quem controla o destino da temporada. É o arquirrival, Piquet. São dez pontos que tem de tirar num campeonato que agora só tem 75 tentos por disputar.

 

É claro que Piquet e Sébastien Buemi, líder e vice separados por dois pontos têm os olhares de todos, mas foi Di Grassi quem prometeu "chutar traseiros" adversários depois da decepção na última corrida – e é nele que os olhares vão estar ainda mais concentrados em frente ao Kremlin.

A pista de Moscou é cheia de retas e curvas rápidas, se parece um traçado mais propenso a Buemi e Nicolas Prost. Neste tipo de pista, a e.dams consegue ampliar um pouco mais sua vantagem. Mas Andretti e a própria Audi ABT são outras equipes que podem se beneficiar mais do desenho da pista que cruza a Praça Vermelha, no coração da cidade.

 

No Campeonato de Equipes, a desqualificação de Di Grassi também causou um efeito negativo – assim como a irregularidade atroz do jovem Daniel Abt. Sem pontos em Berlim, na prova de casa, a Audi ABT caiu para trás da Dragon, que acabou com dois no pódio. Jérôme D'Ambrosio venceu, enquanto Loïc Duval, que representa um avanço frente a Oriol Servià, foi terceiro. Agora, enquanto a e.dams é praticamente campeã, com 179 pontos, Dragon, Audi ABT e China têm 116, 115 e 107, e brigam pelo vice.

Um ponto de destaque: as mudanças de pilotos. Após quatro corridas, duas das equipes que mais mudaram na temporada voltaram a substituir. Na Andretti, Scott Speed tem compromissos com os X-Games, então dá lugar ao estreante Justin Wilson, que deixou o pessoal americano contente com sua exibição nas 500 Milhas de Indianápolis – o outro considerado foi Matthew Brabham; já na China, sem justificativas, Charles Pic saiu e deu lugar a Antonio García, que andou pela equipe uma vez, em Punta del Este.