“Rápido e estável”: Di Grassi analisa “mudança enorme” com tração integral na Fórmula E
Grande novidade do Gen3 Evo, a tração integral finalmente vai estrear na Fórmula E a partir da próxima temporada. Lucas Di Grassi, presente na categoria desde a primeira edição da história, analisou a mudança profunda que a novidade vai causar na pilotagem
O ano de 2024 vai se aproximando do fim para a grande maioria das categorias do esporte a motor mundial, mas as coisas são diferentes na Fórmula E. Enquanto vários pilotos da Fórmula 1, por exemplo, estão pensando nas férias, os titulares da modalidade elétrica se preparam para iniciar a edição 2024/25 no mês de dezembro. E com uma grande novidade: o Gen3 Evo, primeiro carro da história a ter tração integral. Lucas Di Grassi, que testou novamente o monoposto na pré-temporada de Jarama, ressaltou a diferença brutal na pilotagem.
“Quando saímos da Gen2 para a Gen3, eu disse: “Vamos colocar a tração integral”, porque esse é o futuro dos carros elétricos. Você precisa de um motor dianteiro que regenere energia para que a tração integral faça sentido. Do Gen3 para o Gen3 Evo, a principal diferença é essa — e são apenas 50 kW a mais”, explicou Di Grassi.
“Temos 250 kW disponíveis. Com 50 kW a mais, a mudança é enorme. É um carro diferente de pilotar, com respostas muito mais rápidas e mais estável em alta velocidade. A aceleração de 0 a 100 km/h também ficou 1s mais rápida. Então, a diferença é enorme”, apontou.
Introduzida a partir da próxima temporada, a tração integral vai aumentar a aderência com o asfalto, potencializando a velocidade e o comportamento dos pneus, que terão mais capacidade de traduzir potência em tração. Ela poderá ser ativada nos duelos da classificação, largadas e nas ativações do Modo Ataque. Muito além das mudanças na pista, Di Grassi destacou a relevância da novidade para a indústria.

“Acho que a Fórmula E foi muito ousada em criar uma categoria elétrica quando várias pessoas entenderam que o futuro da indústria da mobilidade seria elétrico. Conforme o tempo passa, só fica mais claro que grande parte da mobilidade ou dos trens de força serão elétricos. Então, a tecnologia elétrica se torna cada vez mais importante”, analisou.
“Atualmente, a tecnologia que está sendo desenvolvida ainda é bem relevante comercialmente. Você consegue transportar bastante coisa que desenvolvemos para os carros de produção, especialmente esse ano, por conta da tração integral. Isso se torna ainda mais relevante, porque praticamente todos os carros elétricos esportivos têm tração integral. É um grande passo à frente”, completou Di Grassi.
Após o fim do período de testes, a Fórmula E começa a se preparar oficialmente para a estreia da temporada, programada para o dia 7 de dezembro, em São Paulo. O GRANDE PRÊMIO fará a cobertura completa do evento, com presença IN LOCO, e do campeonato na íntegra.
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