Relatório da F-E mostra diferenças de abordagem entre trens de força de e.dams e China e começa a explicar diferença

Um relatório divulgado pela F-E sobre diferenças entre os trens de força dos dez times na temporada 2015/16 mostrou um pouco do que possuem a e.dams, campeã entre as Equipes na temporada inicial, e a China, campeã entre os pilotos com Nelsinho Piquet, mas em maus lençóis nesta segunda jornada

O que separa e.dams e China? É claro que essa é uma pergunta que provavelmente nem as equipes sabem perfeitamente como responder. Mas um relatório divulgado pela F-E neste semana ajudou a começar a desvendar a diferença que separa as campeãs de Equipes e a de Pilotos da primeira temporada. As escolhas de configuração do trem de força para a segunda temporada possuem uma influência bem grande.
 
Primeiro, se destaca a diferença de escolhas que as duas equipes fizeram para se transformarem em construtoras. A e.dams até projetou um esquema de dois motores, mas preferiu engavetar e seguir por um modelo mais tradicional. Assim, tem um carro impulsionado por um único motor e por duas marchas – uma de partida e uma de corrida.
 
Por outro lado, a China e a NextEV preferiram outra solução. Foram com os dois motores, mas apenas uma única marcha. Neste esquema, o motor representa um peso extra. Além disso, a e.dams desenvolveu uma caixa de câmbio em fibra de carbono, algo que é um ganho considerável no peso, mas requer dinheiro. 
Piquet conversa na garagem da China (Foto: F-E)
Enquanto os carros da e.dams são os mais leves do grid ao lado dos da Audi ABT, esbarrando no limite mínimo de 888 kg, os da China, nas palavras do relatório, "precisam de uma dieta".
 
"O setup da marcha que eles [a e.dams] escolheram é o baseado em duas marchas, uma de partida e uma única de corrida. Então, eles minimizaram qualquer ineficiência da mudança de marcha e maximizaram a potência da largada", disse a F-E.
 
"É mais leve, é um dos dois carros no grid que atinge o peso mínimo permitido de 888 kg, assim como a Audi ABT. Os outros times, como a Venturi e a Dragon, estão um pouco acima da marca, enquanto Virgin é uma das mais pesadas e a China precisa entrar numa dieta. Então, como a Renault chegou a esse corpo chapado? Eles desenvolveram uma caixa de câmbio de fibra de carbono", explicou o relatório.
 
"Dinheiro e gente também ajudam. A Renault investiu pesado no carro e na tecnologia, dizem que passando dos oito dígitos. Além disso, Vincent Gaillardot é o homem por detrás do carro – ele tem dez anos de experiência com projetos elétricos e eletrônicos na Renault, incluindo F1 e a parceria com a e.dams na primeira temporada", seguiu.
e,dams e Audi ABT: os carros mais leves do grid (Foto: F-E)
"A China escolheu uma marcha única e dois motores. A marcha única reduz a influência das mudanças de marcha, mas os dois motores são maiores e mais pesados, especialmente no caso da China. O peso adicional (mais de 30 kg, possivelmente até 50 kg, mas isso não está confirmado) vai afetar o equilíbrio do chassi. A F-E já tem o equilíbrio de 61% na traseira, então esse peso somado vai realmente afetar a competitividade e eficiência do carro", encerrou.
 
Embora a troca de marchas pare a regeneração de bateria e obrigue uma perda de potência, talvez ainda leve um tempo para que o torque seja aperfeiçoado no esquema de nenhuma marcha.
 
Fato é que o peso do dinheiro e dos carros da Renault jogam forte na temporada. Embora coloquem a e.dams numa situação para lá de privilegiada em relação às outras, pode funcionar como um bandeirante. Abrindo a mata e caminhos para quem vem em seguida.
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