As notas do GP da Toscana de 2020
Na corrida mais alucinada da temporada, o que aconteceu fora batidas e problemas gerais teve pouco valor, mas Lewis Hamilton mostrou de novo que domina Valtteri Bottas
1º) Lewis Hamilton – 9.0 – Avaliar as vitórias de Hamilton é uma tarefa cada vez mais complicada. Estamos em um momento em que o julgamento aqui vai basicamente do quão perto de perder Lewis esteve. E, em Mugello, correu alguns riscos, mas praticamente só em largada e relargada. Pole, melhor ritmo, mais um triunfo na conta. O recorde de Michael Schumacher vai cair e o hepta está próximo. Foto: Mercedes 2º) Valtteri Bottas – 7.0 – Perdeu de novo para Hamilton e podemos discutir se foi culpado ou não por aquele big-one na relargada lançada, mas ao menos foi melhor do que em Monza. Vai precisar fazer bem mais do que o que vem fazendo se quiser ter alguma chance de voltar a triunfar em 2020 e parar de vacilar quando está no bolo. Foto: Mercedes 3º) Alexander Albon – 7.0 – O primeiro pódio de Albon finalmente saiu! E qual o motivo de não termos empolgado e tascado uma baita nota? Bom, a Red Bull era muito, muito melhor que as demais equipes que não se chamavam Mercedes em Mugello. Infelizmente, por mais legal que tenha sido, meio que foi só a obrigação ali. Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool 4º) Daniel Ricciardo – 7.5 – Fala a verdade: você também achou que o primeiro pódio de Ricciardo na Renault fosse sair em Mugello, né? O australiano parecia ter tudo sob controle, mas a Red Bull de Albon era mesmo bem superior. Passou perto, mas realmente o trofeuzinho parece questão de tempo. Foto: Renault 5º) Sergio Pérez – 6.0 – Dez pontos, top-5, está bom, certo? Mais ou menos. Pérez não vive uma boa temporada, é uma das principais decepções do ano e, mais uma vez, tinha tudo para terminar a corrida atrás de Lance Stroll. Para alguém que chegou a ser cotado até como uma ameaça frequente de pódios para a Red Bull, um ano bem abaixo. Foto: Racing Point 6º) Lando Norris – 6.0 – O resultado em si está longe de ser ruim, já que a McLaren estava sofrendo em Mugello, mas parece mais circunstancial do que tudo, especialmente no comparativo com Carlos Sainz, o homem mais azarado de 2020. Norris foi bem, fez a parte dele, segue somando na temporada. Foto: McLaren 7º) Daniil Kvyat – 6.5 – É importante dizer aqui que a temporada de Kvyat está longe de ser péssima. O comparativo com Pierre Gasly é muito cruel, mas o russo está relativamente bem com a AlphaTauri. Em Mugello, aproveitou a série de abandonos e pontuou bem. Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool 8º) Charles Leclerc – 6.5 – A nota até alta de Leclerc tem muito mais a ver com um desempenho espetacular dele na classificação do que a corrida em si. O monegasco sofreu muito com um carro sem rendimento e sem motor, acabou se arrastando até onde deu. Foto: Ferrari 9º) Kimi Räikkönen – 7.0 – Finalmente saíram os primeiros pontos de Kimi em 2020 e, convenhamos, de forma bastante merecida. O finlandês tem tirado leite de pedra da Alfa Romeo e se colocado, de vez em quando, até na frente das Ferrari. Bateu Sebastian Vettel em Mugello, inclusive. Foto: Alfa Romeo 10º) Sebastian Vettel – 5.5 – Seb voltou aos pontos no GP da Toscana, mas eu duvido que alguém tenha ficado plenamente satisfeito. Sofreu, de novo, com o pior carro da Ferrari em décadas. Só foi ao top-10 pela quantidade absurda de abandonos. Foto: Ferrari 11º) George Russell – 5.0 – Mas que chance gigantesca que Russell perdeu de anotar seu primeiro pontinho na Fórmula 1, hein? Nem só porque a corrida teve um monte de abandonos, mas o inglês frequentou o top-10 um bom tempo, mas despencou na última largada e nunca mais voltou. Oportunidade incrível jogada fora, fazia uma bela prova. Foto: Williams 12º) Romain Grosjean – 5.5 – Grosjean foi meio heroico de não abandonar depois da paulada da largada, chegou até a parar no muro. Depois, escapou do big-one que aconteceu do lado dele. Com tudo isso, fez uma corridinha bem mediana, mas parece seguro dizer que tinha um carro ruim e com problemas em mãos. Sobreviveu. Foto: Haas NC) Lance Stroll – 6.5 – Sim, Stroll ganhou uma nota mais alta abandonando em Mugello do que no pódio em Monza. É que o canadense estava fazendo um trabalho muito decente e vinha na briga com Ricciardo e Albon. Uma pena o acidente sofrido, não teve culpa, mas tomou um baita susto. O carro foi destruído. Foto: Racing Point NC) Esteban Ocon – 6.0 – Mais uma classificação abaixo do esperado, agora por um erro no Q3. O francês fazia uma corrida ok, mas teve problemas nos freios e ficou obrigado a abandonar. Tinha ótimas chances de até um top-5 em Mugello. Foto: Renault NC) Carlos Sainz – 5.5 – Aqui nós começamos a falar das vítimas do big-one da relargada lançada. O espanhol classificou de forma decente, tinha tudo para fazer mais uma boa corrida, mas não rolou. Sem nenhuma culpa no abandono, mais uma vez. É o homem mais azarado de 2020. Foto: McLaren NC) Antonio Giovinazzi – 5.0 – Peça fundamental no strike da relargada, Giovinazzi não pode assumir essa culpa sozinho, longe disso. O que podemos dizer é que tem sido, finalmente, constantemente batido por Räikkönen. Foto: Alfa Romeo NC) Kevin Magnussen – 4.5 – A Haas é lamentável e K-Mag parece que tem aceitado ao extremo esse fato. O dinamarquês, que até vinha conseguindo milagres de Q2, tem sido batido por Grosjean e criado uma relação de afeto pelo último lugar no grid. Aí complica. Foto: Haas NC) Nicholas Latifi – 5.0 – Latifi parecia ter escapado do big-one, mas não rolou. O canadense está praticamente numa categoria sem nota, levando para o paralelo com as avaliações de jogadores de futebol. Não atuou. Foto: Williams NC) Pierre Gasly – 4.5 – Gasly estava de ressaca pela vitória na Itália? Não podemos dizer que sim, mas foi a primeira vez no ano que o francês caiu no Q1 da classificação, ficou consideravelmente atrás no grid de Kvyat. E aí foi vítima total de um sanduíche na largada, mas tinha uma prova bem promissora pela frente. Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool NC) Max Verstappen – 6.0 – Bela classificação, mas a verdade é que Max nem deveria ter sido liberado para largar. Estava com um defeito claro no motor e isso causou a batida que o tirou e coletou Gasly junto. Muito azar, era prova para brigar com as Mercedes. Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool
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