Franco Colapinto está confirmado na Fórmula 2 e entra para uma lista de pilotos dos países latinos, tirando o Brasil, na principal categoria-satélite da F1

A história dos pilotos latinos no automobilismo é repleta. Mesmo que se tire o Brasil da somatória, a América Latina de língua espanhola tem tradição e gosto pelo esporte. Nos últimos anos, contudo, não são tantos os pilotos da região que aceleram pelas pistas do mundo na principal categoria-satélite da F1, a Fórmula 2 (ou, antes de 2017, GP2). Agora, a lista ganha mais um nome, o do argentino Franco Colapinto.

Assim, o GRANDE PREMIUM aproveita para lembrar dos últimos dez pilotos latinos de países fora o Brasil que passaram pela categoria.

Franco Colapinto vai disputar a F2 2024 (Foto: Divulgação)

10 – Franco Colapinto, Argentina

Agora é a vez de Colapinto! Campeão de F4 Espanhola e terceiro colocado na FRECA, Franco dividiu o tempo entre monopostos e endurance em temporadas recentes, mas o quarto lugar na F3 em 2023 credenciou a algo mais. Aos 20 anos, o agora piloto de desenvolvimento da Williams foi confirmado pela MP para disputar a última etapa da F2 2023 e toda a temporada 2024. Assim, faz a Argentina retornar à categoria pela primeira vez desde 2014. E ainda vai testar na F1 com a Williams!

Tatiana Calderón esteve na F2 em duas oportunidades (Foto: Foyt)

9 – Tatiana Calderón, Colômbia

Calderón completou 30 anos neste 2023, mas já é uma pilota com experiência absolutamente invejável. É difícil apontar um tipo de carro que a colombiana ainda não tenha guiado de maneira competitiva ou para testes. A história com a F2 é dividida em dois momentos: uma em 2019, com a Arden, e outra em 2022, com a Charouz. Embora não tenha atingido grandes resultados, fez o bastante para se tornar pilota de desenvolvimento da Sauber e testar o carro da F1. Ainda esteve nas pistas da Indy, pela Dale Coyne, e testou o Fórmula E, com a então campeã vigente DS Techeetah. Atualmente, corre na classe LMP2 da ELMS.

Juan Manuel Correa defende a Van Amersfoort na F2 em 2023 (Foto: F2)

8 – Juan Manuel Correa, nascido no Equador

Apesar de correr sob a bandeira dos Estados Unidos, graças à dupla nacionalidade, Correa é equatoriano, nascido em Quito. Dono de grande sucesso no kart internacional, teve ascensão veloz a partir do momento em que passou a guiar carros, em 2016: em 2019, estava na F2. E chegou com a chancela de piloto de desenvolvimento da Sauber. Mas, no primeiro ano na categoria e após dois pódios em oito etapas, foi parte do gravíssimo acidente que matou Anthoine Hubert em Spa. Correa foi encaminhado às pressas para o hospital. Após longo período de recuperação, voltou a guiar na F3, em 2021. Em 2022, retornou à F2, onde continua a defender a Van Amersfoot. Corre, ainda, na classe LMP2 do WEC.

Pato O’Ward teve rápida passagem na Fórmula 2 (Foto: Indy)

7 – Pato O’Ward, México

Esse integrante da lista é quem está mais em destaque no cenário internacional atualmente e, mesmo assim, é somente para quem tem boa memória. Isso porque O’Ward fez a vida pelos lados dos Estados Unidos, onde conquistou a Indy Lights e a competição de protótipos do IMSA SportsCar antes de chegar à Indy, onde defende a McLaren. Mas durante breve período em que as chances na Indy eram obscuras, Pato virou piloto Red Bull e foi convidado para correr a etapa da Áustria, em 2019. Fez as duas corridas pela MP, sem grande destaque, e voltou ao cenário normal. Felizmente para ele, as grandes chances na Indy apareceram.

Johnny Cecotto andou na GP2 até 2015 (Foto: GP2)

6 – Johnny Cecotto, Venezuela

Cecotto, filho do campeão mundial de motociclismo homônimo, foi desses veteranos da categoria. Estreou no fim de 2009 e competiu até 2017 entre temporadas como titular ou substituto. No currículo, duas vitórias em 2012 e outras duas em 2014, quando alcançou a melhor colocação no campeonato: o quinto lugar pela Trident. Durante o período, além da equipe italiana, defendeu ainda DPR, Ocean, Barwa Addax, Arden, Hilmer, Carlin e Rapax. Depois de sair da F2, Johnny resolveu se aposentar do esporte.

Julián Leal foi outro piloto que passou bastante tempo na categoria (Foto: Reprodução/Flickr)

5 – Julián Leal, Colômbia

Leal foi outro piloto que teve longa estrada na GP2. Chegou dois anos depois de conquistar o título da F3000 Italiana e tinha, lá, expectativas de que pudesse recolocar a Colômbia na F1 anos após a saída de Juan Pablo Montoya. Mas não foi assim que as coisas caminharam: foram cinco temporadas, entre 2011 e 2015, e nenhuma vitória e somente quatro pódios. A melhor colocação foi um décimo lugar, em 2014. Defendeu Rapax, Trident, Racing Engineering e Carlin e ainda foi piloto de testes da Caterham na F1. Após 2016, abandonou o automobilismo profissional.

Facu Regalia foi vice da GP3, mas durou só oito corridas na GP2 (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

4 – Facu Regalia, Argentina

Regalia era considerado um jovem com talento para o futebol, mas tomou a decisão consciente de optar pelo esporte a motor. Nos primeiros passos pela Europa, até mostrou que tinha realmente talento para ir adiante e conquistou a quarta posição da F3 Euro em 2012; em 2013, terminou vice-campeão da GP3, atrás de Daniil Kvyat. O que viria em seguida era o passo óbvio: a GP2. Mas o fim da linha veio após somente quatro etapas e oito corridas, quando foi sacado pela Hilmer sem marcar pontos. Pouco depois, encerrou a carreira.

Esteban Gutiérrez deu o salto para a F1 (Foto: Lotus)

3 – Esteban Gutiérrez, México

O único piloto dessa lista a ter chegado na Fórmula 1, Gutiérrez teve um começo de carreira robusto. Campeão da Formula BMW Europeia em 2008 e da GP3, em 2010, deu o salto para a GP2 ainda em 2011, com a ART Lotus. No segundo ano da categoria, ficou no terceiro lugar e, empurrado pela forte grana da Telmex, fez a viagem para defender a Sauber, na F1, em 2013. Foram duas temporadas de Sauber, um período como reserva da Ferrari e o retorno ao grid, com a Haas, para 2016. Depois, tornou-se piloto de desenvolvimento da Mercedes e rodou categorias: Fórmula E, Indy e WEC. Atualmente, corre no IMSA SportsCar.

Rodolfo González não arrumou grande coisa na GP2, mas testou carro de F1 (Foto: Reprodução/Flickr)

2 – Rodolfo González, Venezuela

Após certo sucesso na F3 Inglesa, González chegou na GP2 em 2009 e virou titular no ano seguinte. O venezuelano permaneceu até 2012 e saiu sem vitórias ou pódios nada mais que um 17º lugar no período em que esteve com Trident, Arden e Caterham. Mesmo assim, González chegou a testar com a Lotus na F1 e foi piloto reserva da Marussia em 2013. Após sair do mundo da F1, ainda correu as 24 Horas de Le Mans, em 2014, e fez algumas provas da Indy, em 2015, com a Dale Coyne. Atualmente, corre em categorias de protótipos.

Vida de Giancarlo Serenelli na GP2 foi bem curta (Foto: Reprodução/Flickr)

1 – Giancarlo Serenelli, Venezuela

‘Gato’ Serenelli já tinha longa carreira e passava dos 30 anos quando recebeu a chance de defender a antiga equipe Lazarus, em 2017, após forte patrocínio da petrolífera local PDVSA. Por lá, fez 18 das 24 corridas do ano e saiu sem marcar pontos. No ano seguinte, passou pela Indy Lights, antes de encerrar a carreira profissional no automobilismo.

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