Concussões são uma constante no esporte, e o Mundial de Motovelocidade não é uma exceção. Mas não é só a frequência de lesões que chama a atenção. A maneira como o assunto vem sendo tratado no campeonato também acende um sinal de alerta

15min58s após sofrer uma queda na volta de alinhamento do GP da Austrália de Moto3, Diogo Moreira largou em Phillip Island na 16ª etapa da temporada 2023. Horas após o fim da corrida, a equipe dele, a MSi, divulgou um comunicado à imprensa em que o brasileiro revelava ter perdido a consciência no momento do tombo.

A informação causou polêmica, claro. Afinal, como pode um piloto largar em uma corrida do Mundial de Motovelocidade minutos após ir a nocaute?

A perda de consciência é um sintoma clássico para indicar problemas. E diz o regulamento da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), no caso de uma “suspeita de concussão, o piloto deve ser avaliado usando uma ferramenta de avaliação reconhecida, como o SCAT5 ou similar”.

A SCAT5 é um recurso desenvolvido pelo Grupo de Concussão no Esporte, publicado em 2016, com o apoio de entidades com o Comitê Olímpico; FIFA; IIHF (Federação Internacional de Hóquei no Gelo); FEI (Federação Equestre Internacional); e Federação Internacional de Rúgbi. O protocolo leva menos de dez minutos para ser executado por médicos ou profissionais de saúde licenciados.

Diogo Moreira cai, bate a cabeça e perde a consciência durante corrida da Moto3 na Austrália (Foto: Reprodução)

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O primeiro passo deste SCAT5 — presente no regulamento da FIM em quadro vermelho — aponta sinais de alerta: dor no pescoço ou sensibilidade; visão dupla; fraqueza ou formigamento/ ardência nos braços ou pernas; dor de cabeça severa ou crescente; convulsão; perda de consciência; estado de consciência deteriorado; vômito; e agitação crescente.

O item 2 fala em observação dos sinais, o que pode ser feito de maneira presencial ou por vídeo. São cinco elementos a serem observados: ficar deitado imóvel no chão; equilíbrio/ dificuldade para caminhar/ falta de coordenação motora: tropeçando, lento ou com movimentos trabalhosos; desorientação ou confusão, ou inabilidade de responder perguntas adequadamente; olhar vazio; e lesão facial depois de trauma na cabeça.

O terceiro ponto é uma avaliação de memória. São feitas perguntas simples, como: ‘Onde estamos?’; ‘Em que tempo [da partida] estamos?’; ‘Quem marcou por último?’; ‘Com que time jogou na última partida?’; e ‘Sua equipe ganhou o jogo?’. Esse passo, claro, exige adaptação ao contexto.

O quarto tópico trata de uma avaliação da escala de coma de Glasgow, onde os médicos examinam a resposta ocular, verbal e motora. Existe também a avaliação da coluna cervical, com indicação de que a lesão deve ser considerada um fato até prova em contrário no caso de o paciente não estar lúcido ou totalmente consciente.

No apêndice M do regulamento da FIM, em que está disponível o SACT5, uma informação chama atenção. Já no primeiro parágrafo do item “pontos chave”, a entidade indica que “qualquer atleta com suspeita de concussão deve ser REMOVIDO DA PARTIDA, avaliado clinicamente e monitorado por deterioração. Nenhum atleta diagnosticado com concussão deve voltar à partida no dia da lesão”. Assim mesmo, em letras maiúsculas. Mais adiante, o mesmo item indica que alguém com suspeita de concussão “não deve guiar um veículo a motor até que seja liberado por um médico”.

O passo a passo do SCAT5 já fornece as evidências dos erros em Phillip Island. Mas não só no caso de Diogo. Dani Holgado também caiu na volta de alinhamento, mas, diferente do brasileiro, conseguiu seguir com a moto até o grid, onde apareceu tentando conter um sangramento na testa.

O GRANDE PREMIUM procurou a Tech3 para saber se Holgado chegou a ser examinado antes da largada. Por meio da assessoria de imprensa, a equipe de Hervé Poncharal, que também é o presidente da IRTA (Associação Internacional das Equipes de Corrida), confirmou um exame no grid.

Daniel Holgado chegou a se machucar na queda (Foto: Reprodução/MotoGP)

“Sim, os médicos vieram vê-lo e colocaram uma bandagem antes do início da corrida”, confirma a equipe francesa. Mas questionada como Dani se feriu, a Tech3 respondeu: “Não sabemos realmente como ele se machucou… mas ele teve uma queda grande.”

No caso de Moreira, a MSi explicou ao GP* que, até ele abandonar a corrida, 28min29s após a queda, ninguém sabia que ele tinha perdido a consciência. “Não sabíamos que ele tinha perdido a consciência até terminar a corrida e ele contar que se sentia tonto. Aí, revisando as imagens, eles perceberam isso”, relata.

Diogo, então, foi levado a um hospital, onde, de acordo com a MSi, uma “tomografia computadorizada descartou hematomas”. Foi só depois da transferência para a unidade hospitalar que Moreira foi classificado no inapto pela MotoGP, o que vai exigir um exame médico antes da participação no GP da Tailândia deste fim de semana.

Mas, afinal, o que é concussão?

Chefe da Divisão de Neurocirurgia Vascular da EPM/Unifesp, Feres Chaddad explica em entrevista ao GRANDE PREMIUM que a concussão é uma forma leve de traumatismo craniano, mas alerta para a importância de o caso ser tratado com o rigor necessário.

“A concussão é uma lesão cerebral, em uma determinada parte do cérebro, que pode ser temporária ou permanente, mas que geralmente é temporária”, diz o Dr. Chaddad. “Permanente você vê mesmo no lutador de boxe, porque ele vai tendo pequenas concussões ao longo da vida dele até se tornar uma alteração de memória. Como, por exemplo, o Maguila, o Éder Jofre, esses lutadores de boxe, todos ficaram no final com uma demência, um quadro demencial, resultado de várias concussões cerebrais ao longo da vida, que não causavam sintomas para eles, mas a somatória da lesão cerebral, com o passar dos anos, dá uma manifestação clínica”, compara.

É preciso levar em conta, também, que nem toda concussão cerebral resulta em sintomas. A área atingida do cérebro é determinante. “Dependendo de onde é essa concussão, o cérebro tem áreas eloquentes, que é, por exemplo, a área da fala, do movimento, da sensibilidade, da visão; e você tem áreas não eloquentes, que você precisa de uma lesão bilateral para ela se manifestar, dos dois hemisférios. Você pode ter uma lesão nessa área não eloquente e o paciente não sentir nada, passar despercebido”, indica.

“Se você tiver uma concussão na área da fala, vai ter dificuldade para falar. Se tiver nessas áreas não eloquentes, por exemplo e de acordo com a intensidade, no lóbulo frontal, ele pode ter dificuldade de concentração, pode ter irritabilidade; se for no cerebelo, pode ter alteração no equilíbrio”, completa o neurocirurgião.

Diogo Moreira caiu indo para a pista (Vídeo: MotoGP)

Perguntado pelo GP* se a concussão pode ser um sinal de alerta ou um ponto de partida para problemas maiores, Chaddad respondeu: “Exatamente. É esse o ponto que pega. Existe uma doença, que também está associada ao trauma, que chama hematoma extradural, que é uma batida, é muito comum em acidente de moto. É um hematoma que se forma entre a dura-máter, que é um dos envoltórios do cérebro, e a tábua óssea. É muito comum em acidente de bicicleta, acidente de moto, de carro. E, nessa doença, existe uma coisa chamada intervalo lúcido, que é quando o individuo perde a consciência, recobra a consciência e fica bom. Aí, algumas horas depois, ele começa a ter uma degeneração, porque o hematoma começa a crescer.”

O médico explica que, em casos assim, recomenda que os pacientes sejam submetidos a exames de imagem, para que eventuais lesões sejam diagnosticadas e tratadas de acordo.

“Nos meus pacientes, 100%, eu faço uma tomografia de crânio. Eu não deixo esses pacientes apenas em observação, porque ele pode formar um pequeno hematoma, que pode não se manifestar em 24h, mas está lá. Hoje, nos dias atuais, pela facilidade de exames que nós temos, todo paciente que caiu e perdeu a consciência, na minha opinião, não é mais pura e simplesmente deixá-lo em observação por 24h e depois dispensá-lo. Na minha opinião, tem de fazer um exame de imagem, para constatar se há ou não, por exemplo, uma hemorragia, uma lesão cerebral”, alega.

O neurocirurgião concorda, ainda, que em caso de pancada na cabeça, o atleta deve encerrar imediatamente as atividades. “Acabou o dia! Acabou o dia! Bateu a cabeça, acabou o dia”, frisa.

“Bateu a cabeça, se tiver uma sequência de perda da consciência, acabou o dia do indivíduo. Ele precisa passar por um exame de imagem. É inadmissível. É inadmissível hoje deixar o indivíduo correr em um esporte de alto impacto. Por exemplo, e se ele desmaia pilotando a moto? Ele pode se matar e matar os outros. Não tem como voltar. Esse que é o negócio”, justifica.

A preocupação para muitos é a piora de uma lesão em caso de acidente. Um risco com Dr. Chaddad concorda. “O risco disso aí vai aumentando. Se você tem um novo impacto, você vai ampliando a lesão. E tem uma coisa que chama lesões cerebrais primárias e lesões cerebrais secundárias. Na lesão primária, que é a concussão cerebral, uma coisa chamada lesão axonal difusa, que é o que o [Michael] Schumacher teve. Quando você tem a manifestação clinica no momento do trauma”, ensina.

“A lesão secundária é aquela que se manifesta minutos, horas ou dias após o trauma. Ela ocorreu ali, mas começa se desenvolver a partir daquele momento. Chama contusão cerebral. A outra coisa é hematoma extradural, hematoma subdural agudo, essas são as lesões cerebrais secundárias”, acrescenta.

A piora da lesão, inclusive, não dependeria nem de um segundo impacto. “Ele pode já ter feito a lesão, mas ela não está se manifestando, ela está crescendo. Quando ela crescer, ela vai se manifestar.”

Concussões frequentes, como as que são ocasionadas pelos vários tombos que acontecem no Mundial de Motovelocidade, também podem acarretar em sequelas futuras. “É a mesma coisa do boxeador. Quando o individuo bate a cabeça repetidamente… Dá para pensar da seguinte forma: os dois sofrem o mesmo impacto. De formas diferentes, mas o mesmo impacto, que é o fenômeno de aceleração e desaceleração”, comenta. “Na moto, é o cérebro que choca com o osso. No boxe, é o osso que se choca com o cérebro. No final, os dois são movimentos de aceleração e desaceleração”, detalha.

Por fim, ao ser questionado se entende que os atletas têm a noção exata do risco que correm com pancadas na cabeça, o Dr. Chaddad responde: “Não. Não. Não. Eles não têm a noção do risco que isso tem. Não tem.”

“Hoje, esse tema é muito frequente entre os jogadores de futebol americano. Cada vez mais, os congressos americanos têm uma sessão só para esporte e relacionados ao futebol americano”, conta. “Se você pensar também, a concussão cerebral muitas vezes é associada à doença de Parkinson. Lembra o Muhammad Ali? Foi pancada na cabeça. Foram concussões cerebrais repetidas. No momento, não dá nada, mas a somatória dessas pequenas lesões ao longo da vida gera uma doença, que pode gerar um quadro demencial, pode gerar um quadro de uma doença de Parkinson. Aí, no caso, seria síndrome de Parkinson, por ter uma causa externa levando a isso”, concluiu.

Dani Holgado caiu forte a caminho do grid de Phillip Island (Vídeo: MotoGP)

Educação em saúde também é essencial

Os eventos de Phillip Island não são isolados e nem tampouco os primeiros relatos a levantarem debate no Mundial de Motovelocidade. No GP de San Marino e da Riviera de Rimini de 2021, por exemplo, Deniz Öncü caiu feio na manhã de sábado, recebeu tratamento médico ainda na pista, mas foi declarado apto para correr no dia seguinte. O piloto turco, porém, revelou nas redes sociais que não só não tinha memória do acidente, mas também acordou apenas no centro médico.

Na época, questionado pelo site britânico The Race, Poncharal apontou um erro na explicação de Öncü e disse que o piloto não perdeu a consciência em momento algum.

A questão que fica, porém, é se o Mundial trata com a devida seriedade as concussões. Só que essa não é uma temática restrita à motovelocidade.

Ainda no início dos anos 2000, a NFL — a liga de futebol americano — viu o assunto ir para o centro do debate com a morte de Mike Webster, que jogou pelo Pittsburgh Steelers e venceu quatro vezes o Super Bowl — 1975, 1976, 1979 e 1980. Durante a necropsia, o médico Bennet Omalu identificou danos cerebrais no então ex-atleta de 50 anos, que foi diagnosticado com ETC (Encefalopatia Traumática Crônica), uma síndrome neurodegenerativa que pode se manifestar por meio de dores de cabeça, aumento de agressividade, depressão e até pensamentos suicidas.

E a relação entre a ETC, uma condição irreversível, e o futebol americano ganhou base a partir da decisão da família de Webster de doar o cérebro dele para ser estudado pelo Instituto de Pesquisa de Lesões Cerebrais. Depois, entre 2005 e 2006, outros dois jogadores — Terry Long e Andre Waters — também tiveram os cérebros analisados após a morte por suicídio.

Na esteira dessas descobertas, e depois de certa resistência, o esporte mudou e passou a tratar as concussões com mais seriedade. Mesmo assim, o número de lesões ainda é elevado. Em 2022, de acordo com dados revelados pela liga, foram diagnosticados 149 casos em 271 jogos, um aumento de 18% em comparação com o ano anterior.

Allen Sills, diretor-médico da NFL, creditou o aumento de casos à mudança no protocolo, que foi “ampliado e fortalecido” após uma séria lesão sofrida por Tua Tagovailoa, quarterback do Miami Dolphins.

Hoje, a NFL é um exemplo de boas práticas no que diz respeito ao protocolo de concussões. Mas o regulamento de nenhum esporte passa sem falhas. A avaliação é de Hermano Pinheiro, fisioterapeuta esportivo e neurofuncional, mestre e doutor pela USP (Universidade de São Paulo).

Os protocolocos da MotoGP sofreram críticas após a Austrália (Foto: Gold & Goose/ Red Bull Content Pool)

“Todos os protocolos de concussão cerebral possuem falhas”, aponta Pinheiro, que é membro da Comissão de Futebol Americano e Rugby da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e Atividade Física (SONAFE) e professor dos cursos de Medicina e Terapia Ocupacional da Universidade Estadual do Ceará ao GRANDE PREMIUM. “Mas podemos citar que o do rúgbi e do futebol americano são os melhores. E outros esportes deveriam aprender com a experiência do rúgbi e do futebol americano”, segue.

Perguntado sobre os esportes em que as concussões são mais frequentes, Hermano responde: “Esportes de luta, esportes de colisão (rúgbi, futebol americano e hóquei no gelo) e esportes de contato (futebol, basquete e handebol). No automobilismo também. Na vida diária, por exemplo, muitas concussões cerebrais ocorrem no trânsito”.

Pinheiro explica, ainda, qual a reação ideal diante da suspeita de uma concussão. “O atleta deve ser removido imediatamente da prática esportiva naquele dia e entrar em um protocolo de retorno gradativo ao esporte. A alteração neurometabólica sustentada pelo cérebro confere o risco de novos impactos, persistência de sintomas e recuperação mais lenta, de desenvolvimento de Síndrome Pós-concussional (onde os sintomas podem persistir por meses ou anos) e Síndrome do Segundo Impacto que pode levar o atleta ao óbito”, indica.

“O retorno ao esporte só deve ocorrer após um período de reabilitação e com o aval de um médico e um fisioterapeuta especialistas. Um atleta sob suspeita de concussão não pode ser deixado sozinho, não pode dirigir e nem ingerir bebidas alcoólicas”, ressalta o fisioterapeuta.

O processo de recuperação de uma concussão começa com repouso, mas a abordagem também se dá caso a caso. “A recuperação envolve um período inicial de repouso físico e cognitivo relativos e que deve durar no máximo 48h”, aponta Pinheiro. ”Isso é importante para poupar o cérebro de uma demanda desnecessária naquele momento e que poderia interferir na recuperação metabólica cerebral”, justifica.

Diogo Moreira terá de passar por um novo exame médico antes da corrida na Tailândia (Foto: MSi)

“Após esse período, o atleta deverá estar sob supervisão de um fisioterapeuta esportivo na reabilitação. Dependendo da apresentação clínica, o tratamento pode seguir caminhos diferentes e com intervenções diferentes, bem como, com a necessidade de acompanhamento por outros profissionais de saúde como o psicólogo, por exemplo”, aponta. “Cada caso é um caso quando falamos de tratamento”, completa.

O Dr. Pinheiro concorda, também, que o efeito futuro dessas lesões, especialmente pelo acúmulo delas, é uma das razões de preocupação com as concussões. “Existe um corpo de evidências científicas robusto mostrando que uma concussão aumenta o risco de concussões subsequentes e impactos que não geram sintomas”, conta Pinheiro. “Quanto maior for o número de concussões e impactos repetidos no histórico do atleta, maior é o risco de persistência de sintomas e de doenças neurodegenerativas, incluindo a Encefalopatia Traumática Crônica”, adiciona.

É preciso destacar, também, que o conhecimento é chave para o sucesso de qualquer protocolo. Os atletas precisam estar conscientes dos riscos que correm e quais são os limites.

“Essa é uma discussão necessária e importante. Devemos nos perguntar se existe algum tipo de ação de educação em saúde com esses atletas. A concussão cerebral é uma lesão esportiva bastante negligenciada por conta da falta de conhecimento por parte dos atletas, comissões técnicas e até mesmo profissionais de saúde. A educação em saúde é um recurso importante que temos nessa luta”, defende Pinheiro ao GP*.

Pinheiro defende que, ao invés de apontar culpados, o debate precisa focar em bons regulamentos que possam ajudar a promover a saúde dos atletas. “A discussão deve ser centrada no protocolo de concussão cerebral dessa modalidade. Protocolos são políticas e nem sempre são os melhores quando falamos de embasamento científico. O caso deve servir não para ‘caçar bruxas’, mas para iniciar uma discussão sobre adequação do protocolo de concussão cerebral.”

E, nesse sentido, a FIM deve ter papel central também. “Na NFL foi assim e na World Rugby também”, lembra Pinheiro.

O caso da NFL ganhou os holofotes não apenas no segmento esportivo, mas foi parar também no cinema. O filmeUm Homem entre Gigantes’, de 2015, conta história do Dr. Bennet Omalu, que é interpretado por Will Smith, e o conflito com os chefões do futebol americano.

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E o braço da lei também entrou em cena. A Lei Lystedt foi batizada em referência a Zachery Lystedt, que, em outubro de 2006, caiu em campo após uma tentativa de tackle em uma partida escolar e sofreu uma lesão cerebral, mas ficou fora de campo apenas momentaneamente, retornando no quarto seguinte. No apito final, o jovem jogador acabou desabando em campo. Ele foi transferido para um hospital, submetido a uma cirurgia no cérebro e passou anos em reabilitação para poder falar e ficar de pé novamente.

Especialistas acreditam que o retorno ao jogo resultou em uma lesão cerebral severa e, por isso, a lei 1824, conhecida como Lei Lystedt, impede que atletas retomem o jogo sem consentimento médico por escrito. A lei foi criada no estado de Washington, mas reproduzida em todos os 50 estados.

“Nos EUA existe uma legislação específica para a concussão cerebral, a Lei Lystedt”, indica Pinheiro. “A pressão por conta dos processos judiciais movidos por ex-atletas e suas famílias, bem como a pressão da mídia contribuíram para que a NFL mudasse de postura. A mídia tem um papel importantíssimo”, observa.

“Toda concussão cerebral é uma lesão séria e que precisa de cuidados específicos”, insiste.

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