Lucas Staico 'caiu de paraquedas’ no automobilismo depois de andar de Kart pela primeira vez por influência do pai e do primo. O amor pelo esporte foi imediato, e a troca da chuteira pelo capacete, também. Hoje, é um dos brasileiros que segue na luta para conseguir chegar nas grandes categorias do automobilismo mundial

Embora tenha a sua tradição cravada na história do esporte a motor, o Brasil é conhecido mundialmente por ser o país do futebol. Com inúmeras gerações de craques alçados ao mundo e que inspiraram a molecada, não é raro encontrar uma criança que afirme com toda naturalidade que o sonho é se tornar um jogador profissional quando crescer. Algo similar aconteceu com Lucas Staico, piloto brasileiro que hoje defende a Douglas Motorsport na GB3, a Fórmula 3 britânica.

Ainda sem tantas pretensões de ser atleta profissional, o jovem nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, praticava tênis e futebol quando criança. O automobilismo? Algo distante e que nem passava pela cabeça. No entanto, quis o destino que, aos nove anos de idade, o caminho de Staico no esporte seguisse por outro rumo.

“Quando eu era menor, era o menino do futebol, típico brasileiro que o pai coloca na escolinha e fica jogando bola. E pouco antes de começar com o Kart eu jogava tênis. Então, fazia tênis e futebol. Aí chegou um dia que meu pai convidou meu primo para ir em um kartódromo para ir andar de Kart indoor, aqueles de criança, e só porque meu primo foi eu quis ir. Aí acabou que fui junto com ele e desde a primeira vez eu me apaixonei”, relembra Lucas em entrevista exclusiva ao GRANDE PREMIUM.

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Lucas precisou ir para São Paulo, em 2016, quando decidiu levar o automobilismo um pouco mais a sério (Foto: Arquivo pessoal)

A partir daí, o brasileiro se apaixonou pela adrenalina e velocidade proporcionadas pelas corridas e começou a andar de kart com mais frequência, ainda por hobby, até que seu pai, Ronaldo, lhe comprou um kart e os treinos começaram a se tornar mais sérios. O lado um pouco mais profissional começou a aflorar por volta de 2015.

Nos tempos de Kart, o belo-horizontino conquistou mais de 20 títulos, com destaque para o bicampeonato Sul-Americano, o tri da Copa do Brasil e o título no Brasileiro Júnior. Contudo, foi preciso ir para São Paulo para começar a competir.

“Quando você é kartista, e tem a intenção de competir em campeonatos nacionais, quer levar um pouco mais a sério, quer uma rotina de competição, você tem de ir para São Paulo. Existe uma diferença do nível dos kartistas de BH quando comparados com os de SP, tanto em número quanto em qualidade. Mas não porque em São Paulo eles são melhores, mas sim porque todos os kartistas do Brasil vão para lá para fazer o regional e se preparar para os campeonatos nacionais que têm ao longo do ano”, admite.

“É o estado mais competitivo que tem, então o quanto antes você for para São Paulo para competir, não precisa necessariamente morar lá, mas enquanto tiver competindo lá o quanto antes, melhor. O quanto antes tiver contato com pilotos mais experientes, com grid mais volumoso e compacto em termos de tempo”, revela o mineiro.

Antes de ir para São Paulo, no entanto, Lucas começou a competir nos campeonatos de Belo Horizonte. Em um ano que participou no Campeonato Mineiro, aproveitou também para fazer uma etapa do Paulista, e o Campeonato Brasileiro, no Rio Grande do Sul. A participação, como ele mesmo diz, foi uma boa experiência para conhecer como era o nível dos pilotos e o que de fato iria enfrentar quando fosse participar para valer da competição. Foi uma forma de começar a se adaptar sem ter de se mudar para São Paulo.

“Nesse meu primeiro ano [2015], fui campeão Sul-Americano da Copa do Brasil, e logo em 2016, que os campeonatos principais já não eram mais em BH, acabou que com os resultados de 2015 eu tive a vontade de continuar me dedicando e de conseguir outros títulos. Comecei a fazer as temporadas inteiras em São Paulo, correr o campeonato Paulista por completo, e os dois nacionais, que são a Copa Brasil e o Brasileiro de Kart”.

Sabendo das dificuldades que o automobilismo proporciona, a ida para a capital paulista ainda não era algo pensando já no profissional. Segundo o mineiro, foi uma espécie de período de adaptação para saber se realmente andaria bem, se sentiria falta dos amigos e familiares e coisas do tipo. E o período foi um sucesso.

Os primeiros anos em SP também serviram como adaptação (Foto: Arquivo pessoal)

“Desde que eu era mais novo sempre fui muito extrovertido, ainda mais quando criança. Então quando comecei as primeiras corridas em São Paulo fiz vários amigos, gostava muito de correr. Porque além de fazer algo que gostava eu encontrava amigos diferentes, que eu gostava bastante”.

“Como eu era muito novo não tinha aquela coisa de sair com os amigos fim de semana, eu encontrava mais só durante a semana na escola, ou festa de aniversário, mas não era nada muito constante. Acho que consegui levar na boa por esse fato de ter vários amigos lá no meio também”, explica.

A virada de chave para perceber que poderia trilhar o caminho profissional aconteceu em 2018. Embora tenha enfrentado uma primeira metade de ano marcada pelo azar em que teve muitas quebras e alguns acidentes que não teve culpa, a sorte sorriu para Staico no segundo semestre e os resultados começaram a aparecer. Foram cinco vitórias em seis etapas no Paulista Light, e ainda título da Copa Brasil. Os resultados chamaram a atenção da academia Shell de pilotos, da qual começou a fazer parte em 2019.

“Quando eu comecei no Kart, em 2015, eu vi os pilotos da Shell que chamavam muita atenção, com aquele macacão vermelho. Desde a época do Kart você via pilotos como Diego Ramos, Gianluca Petecof, Felipe Baptista. Você via esses caras andando super rápido e tive a oportunidade de entrar nessa academia em 2019. Foi bem legal, tive experiências boas e ruins. Consegui meu título do Campeonato Brasileiro justamente nesse ano com a Shell. Então foi algo muito positivo”, recorda.

“Acabou que no final do ano a Shell saiu do Kart. Não sei se foram problemas internos, não sei muito bem o que aconteceu. Mas acho que foi nesse ano que eu acabei representando uma marca que virou essa chavinha aí de “vamos dedicar mais que está dando certo, tem gente olhando, e pode resultar em algo bom”, disse.

Participar da academia Shell de pilotos foi vital Staico decidir seguir no automobilismo (Foto: Arquivo pessoal)

O bom desempenho no Kart acabaram levando o rapaz para competir nos monopostos. O primeiro contato com um carro, de fato, foi com um Fórmula 3, mas como forma de se preparar para a primeira temporada da F4 Brasil em 2022. A divisão nasceu com o intuito de preparar os jovens pilotos brasileiros para competir no exterior.

“Saí para correr em uma categoria que era acima da F4. Se você pegar, por exemplo, em Silverstone, a GB3 é cerca de 10s mais rápida que um F4, então é muita coisa. E a GB3 é cerca de 6s ou 7s mais lento que a F3, sendo que a maior diferença está na velocidade de reta. Então é um carro totalmente diferente do F4. Em termos assim de carro é bem difícil de falar, porque o nível de aerodinâmica é diferente, o motor é diferente, apesar da velocidade de reta da F4 e GB3 serem parecidas”, conta.

“Além disso, as pistas são bem diferentes das que eu estava acostumado no Brasil. Até a forma de esquentar pneu mudava, porque na Europa os países são bem mais frios. Então lá [GB3] precisei aprender muita coisa que aprendi de um jeito no Brasil e lá precisava ser de outro. Não por conta da categoria ter ensinado errado, mas porque precisava ser diferente devido ao clima, carro”.

“Por causa dessas diferenças tão grandes, a F4 foi importante no que diz respeito a visibilidade, de me dar a oportunidade de estar lá. Se não fosse a F4 Brasil eu não teria a oportunidade de correr na GB3. Mas em termos de adaptação de carro não foi tão importante porque os carros são extremamente diferentes”, reconhece.

O piloto de Belo Horizonte ainda traçou um paralelo entre a F4 Brasil e a GB3. Segundo ele, umas das maiores diferenças estava no fator “novidade” da categoria nacional.

“Acho que pela F4 Brasil foi um bom trabalho, levando em consideração que era o primeiro ano da categoria. As equipes não estavam tão acostumadas assim, tinha tempo que eles não trabalhavam em carros de fórmula, eram carros novos, era tudo novo. Era um desafio até para os pilotos conseguirem se adaptar, conseguirem passar informação para o engenheiro para acertar o carro o mais rápido possível para conseguir se acostumar com o equipamento que ninguém tinha muitos dados. Tanto que você pode ver esse ano que as equipes estão mais próximas, mais rápidas, e os pilotos também”, diz.

“Os pilotos que estão no segundo ano de F4 evoluíram bastante, e acho que ano passado foi bem isso, pegou todos do zero e foi uma base muito boa. Acho que ensinou não só nós pilotos, mas também as equipes e a própria organização de como funciona o campeonato” afirma o mineiro.

O pai, Ronaldo, é um dos maiores incentivadores no esporte (Foto: Reprodução/Instagram Lucas Staico)

“A GB3 é outra experiência, outro país. Estar na Europa é outro mundo, as equipes estavam mais adaptadas, elas estão acostumadas com o meio, com o carro. Outra coisa que era bastante diferente, eu chegava lá antes de um treino, assistia uma onboard, via dados de outros pilotos que já tinham andado no carro. Isso no Brasil não acontecia, os dados quem tinha de plantar era a gente. Acho que foram dois extremos não só por serem categorias com carros diferentes, mas acho que por ser o primeiro ano da F4 Brasil foi uma discrepância de nível absurda”, admite Lucas.

Lucas teve uma boa primeira temporada com os carros na F4 e conseguiu vitórias e o segundo lugar no fim do ano. Nunca tendo competido com um fórmula antes, o belo-horizontino confessou que teve algumas dificuldades em adaptação. Entre eles estava, principalmente, a noção de espaço em uma disputa por posição e o procedimento de largada.

“Dimensão de disputa foi algo que senti muita diferença também em relação aos fórmulas. Porque no kart você vê direto o pessoal se jogando de longe, encostando, e a corrida segue. No monoposto, você não pode encostar, você acaba com dano no carro se tiver algum toque. Às vezes se subir muito na zebra você quebra o carro, só encostou roda lado a lado você quebra a suspensão. Então em termos de disputa senti muita diferença”, relata.

“A largada também muda bastante, a largada parada, a questão da embreagem. A troca de marcha foi bem suave, já que não é preciso apertar a embreagem. Mas as largadas, em que precisa da embreagem e era algo que não estávamos acostumados no kart, acho que foi algo bem diferente pra mim”, lembra.

Para a temporada 2023, Staico deu mais um passo na carreira e, por não querer fazer outro ano em carros de F4, escolheu a GB3. A FRECA chegou a ser sondada pelo brasileiro, no entanto, a categoria é completamente dominada pela PREMA — que tem um processo de admissão de pilotos um tanto complicado — e por isso é difícil se destacar por lá.

Além disso, outras duas razões para optar pela categoria britânica: a primeira, de acordo com Lucas, foi o fato de as pistas do calendário serem bastante técnicas e difíceis de aprender, o que lhe concederia mais experiência. Ainda, a Inglaterra é um dos berços do automobilismo e uma grande formadora de pilotos — só na Fórmula 1, oito pilotos do país se sagraram campeões — e hoje conta com fortes nomes na principal categoria do esporte a motor como Lewis Hamilton, George Russell e Lando Norris. A escolha pela equipe Douglas Motorsport, no entanto, foi uma indicação de seu coach, Dennis Dirani.

“Ele tinha contato com uma outra equipe que não tem mais na F3 inglesa, que corria lá, e por ter esse contato fácil acabou indicando a Douglas para a gente fazer alguns testes e acabou que quando eu fiz o primeiro teste já estava praticamente certo de que eu iria correr com eles. Então acabou que foi algo mais por conta do contato que o coach tinha com uma equipe e essa equipe indicou a Douglas já que ela não trabalhava mais na F3 inglesa”, conta.

Ao chegar na F3, por estar guiando um carro com mais velocidade e mais downforce, Staico disse que a preparação física foi uma das coisas que ele mais precisou adaptar. Isso porque os modelos fazem as curvas consideravelmente mais rápidas e a força G passa a ser ainda mais intensa. Se acostumar com tudo isso foi descrito pelo brasileiro como um desafio.

“Acho que a equipe tentou me ajudar bastante com isso, mas é algo que eu fui entendendo a cada etapa. Às vezes tem coisas que eu olho para trás nas primeiras etapas e penso ‘nossa, se tivesse feito isso com meu carro talvez conseguisse um resultado muito melhor’. Mas isso é de não conhecer muito bem o carro, não conseguir passar a informação precisa para o time sobre o que mudar no carro para dar uma melhorada no carro. Mas eu já senti uma melhora nessas duas últimas etapas. Já senti que tenho um domínio maior do carro, já posso levá-lo próximo ao limite e consigo saber o que mexer no carro de acordo com o que estou sentindo”, diz o piloto de 17 anos.

“Tanto que a gente vê uma diferença nas primeiras etapas bem grande em relação aos pilotos novatos da categoria para os pilotos que já têm alguns anos. Essa diferença diminuiu bastante, o grid está mais compacto nesse meio de campeonato. Um grid que muitos novatos já estão pulando lá pra frente, então é bem legal nessa parte assim. Não era só eu que tinha dificuldades, mas todos os novatos. E todos estão evoluindo cada vez mais”, celebra.

Durante a campanha na GB3, Staico já somou 75 pontos e tem como melhores resultados um quinto lugar em Spa-Francorchamps e o terceiro posto em Snetterton. Lucas acredita que os bons resultados foram fruto de uma boa adaptação à categoria. No entanto, viu seu carro sofrer problemas de perda de rendimento após um acidente no circuito britânico.

A etapa na Bélgica foi uma das melhores de Staico na GB3 (Foto: Reprodução/Instagram Lucas Staico)

“Sofremos uma perda estranha de velocidade do carro em saídas de curva e de reta. É uma perda estranha que não conseguimos descobrir o que é, então já trocamos partes de dentro do carro que pareciam estar quebradas, mas parece que não funcionou. Em Silverstone senti que estava andando muito bem, em um ritmo que poderia estar no top-5, mas acabou que por essa perda de rendimento, e pelas retas grandes, não consegui ir melhor. Acho que não ter conseguido achar onde estamos perdendo rendimento prejudicou nosso resultado”, lamenta.

“Acho que mesmo que a gente não resolva o problema o restante do calendário não tem pistas com retas tão grandes, então acaba sendo um problema que não vai nos prejudicar tanto por causa das características da pista. A tendência é os resultados seguirem melhorando até o fim do ano”, ameniza.

A GB3 também passou por um período de férias no verão e vai retomar suas atividades neste fim de semana, nos dias 9 e 10, com a etapa que será realizada em Brands Hatch. O campeonato ainda vai passar por Zandvoort antes de ser concluído em Donnington. Staico se mostrou muito ansioso por essa nova fase. Principalmente pela corrida na Holanda.

Zandvoort é uma pista que sempre gostei muito no simulador, então tenho muita vontade de conhecer. Olhando a F1 deve ser muito legal em volta rápida, parece uma pista bem desafiadora. Ela parece um pouco com as pistas da Inglaterra, com bastante curva cega e partes bem estreitas, mas estou bem ansioso para correr nela. E lá é uma pista nova para todo mundo, já que no ano passado não teve corrida em Zandvoort, é uma pista nova para todos”, diz animado.

A pista que mais lhe agrada na Europa, no entanto, é o Red Bull Ring, na Áustria, mas que não está presente no calendário da competição.

Primeiro pódio de Lucas Staico na GB 3, em Snetterton (Foto: Reprodução/Instagram Lucas Staico)

“Não sei porque, mas acho que deve ser bem legal de correr [no Red Bull Ring], tem bastante ponto de ultrapassagem. E tem o ponto de alta ali nos setores 2 e 3 que parece ser bem difícil. A gente vê na F1, F2 e F3 que os pilotos sofrem com os limites de pista, deve ser desafiador em questão de ultrapassagem, desgaste de pneu, de manter o carro dentro da pista indo o mais rápido próximo do limite. Então é uma pista que quando perguntam qual eu tenho vontade de correr, essa é a primeira que me vem à cabeça”, admite.

Próximo do fim da temporada na GB3, Lucas Staico afirma que ainda não está pensando no próximo passo da carreira e diz estar totalmente focado em conseguir resultados convincentes nessa reta final.

“É difícil dizer que vou esperar o fim da temporada para escolher meu caminho. Ainda tenho muita coisa para demonstrar e os resultados nas últimas etapas não foram meu real potencial. Acho que no início do ano a gente estava com um carro bom para conseguir disputar e acho que nessas três últimas etapas não tivemos um acerto legal. Estava me acostumando melhor com o carro, estava conseguindo extrair mais, mas mesmo assim junto com a equipe não consegui acertos legais”.

“Mas espero que a gente consiga continuar trabalhando para ter bons resultados nas últimas etapas, porque eu acho que a gente está devendo muito. Podemos entregar muito mais, tanto eu, enquanto piloto, quanto a equipe. Acho que a gente consegue um top-5 e um pódio com bastante tranquilidade”, finaliza Staico.

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