James Stewart, Barbara Stanwyck, Clark Gable, Joanne Woodward, James Cagney, Mickey Rooney, Paul Giamatti, até o Deadpool e, claro, Paul Newman. A história fez da Indy 500 atrativa para Hollywood, as telas de cinema e seus grandes astros e estrelas

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Com toda a bagagem que o tempo reservou e a tradição que a história tratou de garantir, as 500 Milhas de Indianápolis chegaram até este ponto estando no imaginário não apenas do automobilismo mundial, do esporte internacional, mas também do cinema. Grandes estúdios, estrelas e astros enormes já fizeram parte da Indy 500 em universos paralelos, aqueles criados em pontas de lápis e que deslumbram o público nas telonas mundo afora.

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O primeiro filme registrado que teve as 500 Milhas de Indianápolis como pano de fundo data do distante 1923, 99 anos atrás. Sozinho, o filme mudo ‘Racing Hearts’ hoje estaria mais para um curta-metragem que para um longa tradicional. São apenas 60 minutos de história de uma filha (Agnes Ayres) que assume o negócio do pai por alguns dias e, para evitar a falência, ordena que construam um carro de corrida. No fim das contas, depois de descobrir uma tentativa de sabotagem é ela mesma quem guia o carro em Indy e vence.

Daí em diante, nunca parou. ‘Speedway’, de 1929, é uma história sobre a batalha de pai e filho nas pistas e tinha em Anita Page, grande estrela da época, como uma das forças do elenco. O protagonista era William Haines, promissor ator dos anos 1920 e início dos 1930 que teve a carreira a carreira abreviada pela rejeição do dono do estúdio MGM, Louis B. Meyer, em aceitar que o ator não negado publicamente um boato sobre sua sexualidade. Na época anterior à fundação do Sindicato dos Atores, os estúdios eram praticamente donos de atrizes e atores.

Wendy Barrie, Weldon Hayburn e Jimmy Stewart em ‘Speed – No Limite da Velocidade’ (Foto: TCM)

Mais dois filmes, agora falados, foram feitos nos anos 1930 e deram a tela para dois dos maiores atores da época. Quando ‘The Crowd Roars’ (1932) e ‘Speed – No Limite da Velocidade’ (1936) foram lançados, James Cagney (ao lado da também indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro, Joan Blondell) e James Stewart, respectivos protagonistas, ainda não eram os vencedores do Oscar por ‘Yankee Doodle Dandy’ e ‘The Philadelphia Story’, respectivamente, mas já tinham reputação do que viriam a ser no futuro próximo. Embora nenhum dos filmes tivesse sido projetado para ser um estrondo, ‘Speed’ foi pioneiro num traço que se tornaria comum mais tarde: as inserções de imagens reais da Indy 500 misturadas às dramatizadas.

Em ‘The Big Wheel’ (1949), o astro dos musicais adolescentes Mickey Rooney se juntou a Thomas Mitchell, primeiro ator da história a vencer Oscar, Emmy e Tony – principais prêmios do cinema, TV e teatro – para contar a história de um piloto rebelde, defenestrado após causar uma morte e que retorna para a glória. Ligeiramente parecido a ‘To Please a Lady – Agora Sou Tua’ (1950), mas este era uma história de amor clássica estrelando dois intérpretes de primeira linha: Barbara Stanwyck e o ‘Rei de Hollywood’ Clark Gable. Foi o primeiro filme da década. Depois, em 1953, o renomado especialista em películas thrash, William Beaudine, assumiu o projeto de rodar ‘Roar of the Crowd’. À frente do filme, um dos atores, Howard Duff, que teve a carreira jogada fora pela lista de perseguição de supostos comunistas na indústria hollywoodiana.

O pôster de ‘The Crowd Roars’, com James Cagney e Joan Blondell (Foto: MGM)

O mais tradicional dos filmes que usam o Brickyard como centro, porém, só chegaria em 1969. Com James Goldstone na direção e Paul Newman liderando o elenco, ‘Winning – 500 Milhas’ ainda tinha a já vencedora do Oscar Joanne Woodward e o astro de TV Robert Wagner, além de participações de pilotos como Bobby Unser, Dan Gurney e do então dono do IMS, Tony Hulman. 

Newman, um dos atores de currículo mais notável em toda a história do cinema, apaixonou-se pelo automobilismo enquanto era treinado para atuar no filme. Anos mais tarde, criou a Newman/Haas junto ao amigo Carl Haas. A equipe venceu oito títulos da Indy, embora nunca tenha vencido a grande corrida. Em 1979, Newman viveu seu grande momento como piloto ao ser segundo colocado nas 24 Horas de Le Mans, mostrando que tinha talento. Mas a exposição que sofreu como o ator Paul Newman em vez de o piloto Paul Newman fez com que nunca quisesse retornar.

Paul Newman a bordo do cockpit em Winning: 500 Miles (Foto: IMS)

Por muitos anos a Indy 500 ficou afastada das telas, até a animação ‘Turbo’ (2013) contar a história de uma lesma que quer ser pilota. Ryan Reynolds, o ‘Deadpool’ do universo Marvel, Deadpool, deu voz à protagonista. Paul Giamatti viveu seu irmão lesma.

Outros filmes usaram os carros da Indy como pano de fundo ou história central para seus tramas, mas longe de Indianápolis. ‘Focus – Golpe Duplo’ (2015) foi o último deles, mas ‘Driven – Alta Velocidade’ (2001) é outro exemplo. Mesmo filmes sobre automobilismo com outras intenções falam de Indy. Em ‘Days of Thunder – Dias de Trovão’ (1991), o personagem vivido por Tom Cruise faz sucesso na Nascar, mas diz que o sonho dele mesmo era Indianápolis e desistiu por não ter o sobrenome certo para um bom carro. Lendários filmes de guerra como ‘Apocalypse Now’ e ‘Platoon’ também fazem citações da corrida.

Sylvester Stallone foi estrela de ‘Driven – No Limite da Velocidade’, no começo dos anos 2000 (Foto: Netflix)

Há, evidentemente, outros filmes extremamente interessantes de automobilismo no cinema além dos citados. ‘Le Mans – As 24 Horas de Le Mans’ (1971), ‘Grand Prix’ (1966), ‘Speedway – O Bacana do Volante’ (1968) – um musical das pistas estrelando, pasmem, Elvis Presley – e as animações ‘Carros’ (2006), assim como a japonesa ‘Redline’ (2009), são alguns que se destacam.

Nos últimos anos, os grandes estúdios renovaram o interesse pelo esporte. ‘Rush’ (2013) aposta em conto repleto de glamour sobre a rivalidade Niki Lauda-James Hunt na Fórmula 1; ‘Ford vs Ferrari’ (2019) trata de outra deliciosa história, mas sobre Le Mans – essa, porém, com lendas do automobilismo dos Estados Unidos em foco. Outras estão no forno. A velocidade rende nas telonas.

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