A temporada 2023 da Fórmula 1 chegou ao fim. Como ficou a relação de forças interna de cada equipe em comparação ao ano anterior? GRANDE PREMIUM mostra

O fim da temporada 2023 do Mundial de Fórmula 1 chegou. Foi no último fim de semana, com o GP de Abu Dhabi, ainda com a sessão de testes coletivos que se somou dois dias depois, no mesmo local. Com as 22 etapas do ano já no passado, o GRANDE PREMIUM destrincha a ordem de forças interna de cada equipe ao longo do campeonato em comparação ao que aconteceu em 2022.

A comparação da ordem de forças costuma colocar em perspectiva números normalmente ignorados em virtude da contagem bruta: quem fez muito ponto no ano, por exemplo, e acaba por escapar da análise de que foi muito pior que o companheiro de equipe assim mesmo. E é isso que fazemos na sequência, especialmente tendo em mente que o grid se manterá praticamente igual em 2024: nove das dez equipes já confirmou que mantém as duplas de pilotos, enquanto a Williams renovou com Alexander Albon e ainda faz suspense quanto a Logan Sargeant.

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Max Verstappen e Sergio Pérez (Foto: Chris Graythen / AFP)

Red Bull

Max Verstappen em 2022 – 454 pontos
Sergio Pérez em 2022 – 305 pontos

Max Verstappen em 2023 – 575 pontos
Sergio Pérez em 2023 – 285 pontos

É notável que mesmo numa das temporadas mais dominantes de um carro em todos os tempos, Pérez tenha piorado a pontuação em relação ao ano anterior. Como as rivais titubearam ao longo da campanha, mesmo assim ficou com o vice-campeonato mundial, diferente de 2022, ainda que tenha anotado 20 pontos menos. Enquanto isso, Verstappen venceu 19 de 22 corridas e fez 131 pontos a mais que na já impressionante campanha de 2022, quando batera o recorde de vitórias por um mesmo piloto e um só ano. Se Pérez marcou 67,1% dos pontos de Max em 2022, o número caiu para melancólicos 49,5% em 2023. Menos da metade…

George Russell e Lewis Hamilton (Foto: Mercedes)

Mercedes

George Russell em 2022 – 275 pontos
Lewis Hamilton em 2022 – 240 pontos

Lewis Hamilton em 2023 – 234 pontos
George Russell em 2023 – 175 pontos

Na Mercedes, a ordem se inverteu de um ano para outro. Se Russell estreou na equipe superando Hamilton em 2022, recebeu um choque de realidade num 2023 diferente: a Mercedes não venceu, mas foi a segunda força por boa parte do campeonato, algo que não aconteceu no ano passado. Hamilton pulou do sexto para o terceiro lugar do Mundial de Pilotos, enquanto Russell caiu do quarto para o oitavo. No cálculo da porcentagem, Lewis anotou somente 87,2% dos pontos do companheiro em 2022, mas George alcançou menos em 2023: 74,7% dos tentos do heptacampeão.

Charles Leclerc e Carlos Sainz (Foto: Ferrari)

Ferrari

Charles Leclerc em 2022 – 308 pontos
Carlos Sainz em 2022 – 246 pontos

Charles Leclerc em 2023 – 206 pontos
Carlos Sainz em 2023 – 200 pontos

Quando a Ferrari ensejou uma briga pelo título mundial, no ano passado, ficou claro que um dos pilotos tinha muito mais condição de lançar o nome na disputa. Leclerc sobrou para Sainz e superou o companheiro em mais de 60 pontos. Só que num 2023 em que o carro foi muito mais incerto e cheio de altos e baixos, a temporada de Charles tomou exatamente o mesmo rumo. Foi apenas no final que conseguiu se recuperar e bater novamente Sainz, que passou grande parte do ano na frente e equilibrou as coisas. Em números comparativos, Sainz fez 79,8% dos pontos de Leclerc em 2022 e 97% em 2023.

F1 2023, GP DO JAPÃO, SUZUKA, QUINTA-FEIRA, McLAREN, LANDO NORRIS, OSCAR PIASTRI, AFP
Lando Norris e Oscar Piastri (Foto: Kazuhiro Nogi/AFP)

McLaren

Lando Norris em 2022 – 122 pontos
Daniel Ricciardo em 2022 – 37 pontos

Lando Norris em 2023 – 205 pontos
Oscar Piastri em 2023 – 97 pontos

Um dos pilotos que mantém ampla distância para os companheiros de equipe nas duas temporadas é Norris, mas com cenário bem diferente. Em 2022, quando tinha Ricciardo ao lado, a sensação era de que o australiano vivia fim de festa e já não tinha clima na McLaren, o que se confirmou com a demissão no fim do ano. É verdade que Piastri também terminou bem atrás, mas a sensação com o novato é diferente: de que a McLaren encontrou a outra perna da dupla para o futuro. Ricciardo marcou parcos 30,3% dos pontos de Norris em 2022, ao passo que Piastri, mesmo sem conhecer uma série de pistas ou o próprio carro, fez 47,3% dos tentos de Lando.

Fernando Alonso e Lance Stroll (Foto: Aston Martin)

Aston Martin

Sebastian Vettel em 2022 – 37 pontos
Lance Stroll em 2022 – 18 pontos

Fernando Alonso em 2023 – 206 pontos
Lance Stroll em 2023 – 74 pontos

A vida mudou muito na Aston Martin, que finalmente deu o esperado salto de qualidade na Fórmula 1. Chegou a pintar como segunda força do grid na primeira parte do ano e caiu mais tarde, é verdade, mas contou com uma temporada afiadíssima de Alonso, que chegou para substituir o aposentado Vettel e mostrou que, mesmo aos 42 anos, ainda é um dos melhores do mundo. E Stroll voltou a ser derrotado com facilidade. Na realidade, o canadense havia anotado 48,6% dos pontos de Vettel em 2022 e ficou com ainda menos, 35,9%, na relação com Alonso na recém-terminada temporada.

Esteban Ocon e Pierre Gasly juntos de Lauren Rossi (à esquerda) e Otmar Szafnauer (à direita) (Foto: Renault Media)

Alpine

Esteban Ocon em 2022 – 92 pontos
Fernando Alonso em 2022 – 81 pontos

Pierre Gasly em 2023 – 62 pontos
Esteban Ocon em 2023 – 58 pontos

Assim como aconteceu no caso da Mercedes, a Alpine teve um piloto que anotou mais pontos que o companheiro em 2022 e menos em 2023. Ocon, no caso, em comparação com diferentes companheiros de equipe. Chama a atenção que tenha conseguido superar o bicampeão Alonso, que andava de saída do time francês em 2022, e acabou superado por Gasly. No caso da Alpine, porém, ambos os casos funcionam como empate técnico: os pilotos tiveram desempenho extremamente semelhante nos dois casos. Alonso fez 88% dos pontos de Esteban em 2022, enquanto Ocon anotou 93,5% dos tentos de Gasly em 2023.

O chefe James Vowles com Alexander Albon e Logan Sargeant (Foto: Williams)

Williams

Alexander Albon em 2022 – 4 pontos
Nicholas Latifi em 2022 – 2 pontos

Alexander Albon em 2023 – 27 pontos
Logan Sargeant em 2023 – 1 ponto

A Williams foi uma das equipes que mais viu o rendimento crescer de um ano para o outro. Na realidade, o tradicional time inglês viveu o melhor campeonato em algum tempo, ao mudar a cúpula diretiva, chefe de equipe e decidir manter em Albon seu piloto-âncora. Assim, o time subiu para o sétimo lugar do Mundial de Construtores e viu Albon fazer o milagre da multiplicação. O desempenho do companheiro, porém, até piorou. Latifi fez exatamente 50% dos pontos, metade perfeita, em 2022; Sargeant, porém, anotou só 3,7% dos pontos de Alex.

Daniel Ricciardo e Yuki Tsunoda (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

AlphaTauri

Pierre Gasly em 2022 – 23 pontos
Yuki Tsunoda em 2022 – 12 pontos

Yuki Tsunoda em 2023 – 17 pontos
Daniel Ricciardo + Liam Lawson em 2023 – 8 pontos

A situação da AlphaTauri, em muitos aspectos, é o mais curioso. Isso porque após ser claramente o segundo piloto de Gasly por alguns anos, Tsunoda assumiu o protagonismo num ano conturbado: o time italiano contou com três pilotos diferentes no outro carro. Nyck de Vries começou o ano, mas nem entra na lista, porque não pontuou. Lawson anotou dois tentos, enquanto Ricciardo fez seis. No total, se Tsunoda terminou 2022 com 52,1% dos pontos de Gasly, viu os companheiros somarem apenas 47% de seus tentos em 2023.

Valtteri Bottas e Guanyu Zhou (Foto: XPB / James Moy Photography Ltd.)

Alfa Romeo

Valtteri Bottas em 2022 – 49 pontos
Guanyu Zhou em 2022 – 6 pontos

Valtteri Bottas em 2023 – 10 pontos
Guanyu Zhou em 2023 – 6 pontos

Na despedida do nome Alfa Romeo, a equipe manteve a mesma dupla de pilotos entre um ano e outro, mas com a diferença de que Zhou deixou de ser novato. Mesmo assim, foi Bottas quem terminou em vantagem. A diferença, porém, bem menor, o que diz mais sobre a falta de qualidade da equipe, em queda livre, do que feitos individuais dos pilotos. Mas fica o registro: Zhou anotara 12,2% dos pontos de Bottas em 2022 e fez o número aumentar para 60% em 2023, ainda que tenha feito exatamente a mesma quantidade de pontos.

Nico Hülkenberg e Kevin Magnussen com o chefe Guenther Steiner na fábrica da Haas (Foto: Haas)

Haas

Kevin Magnussen em 2022 – 25 pontos
Mick Schumacher em 2022 – 12 pontos

Nico Hülkenberg em 2023 – 9 pontos
Kevin Magnussen em 2023 – 3 pontos

Por fim, a Haas foi outra equipe que caiu bastante. E ganhou um novo piloto para liderar os esforços. Se Magnussen mostrou clara e facilmente em 2022 que Mick Schumacher não estava pronto para os holofotes da F1, foi ele próprio quem terminou exposto por Hülkenberg em 2023. Schumacher fez 48% dos pontos de Kevin no ano passado, mas Magnussen fez ainda menos, 33,3%, da pontuação de Hülkenberg em 2023.

F1 2023 deixa pilotos DOENTES! E Mercedes x Ferrari, o duelo do futuro | TTGP #124

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