Palou solidifica domínio com tricampeonato e deixa Indy com cheiro de dinastia
Álex Palou não foi tão perfeito quanto em 2023, mas foi o suficiente para levar mais um título na Indy e iniciar um inesperado processo de dinastia na categoria
Um dos grandes orgulhos da Indy dentro do esporte a motor é o equilíbrio. Equipes pequenas podendo vencer, sem ordens de equipe evidentes, múltiplos vencedores durante uma temporada, decisões de título muito apertadas e por aí vai. E é por isso que o tricampeonato de Álex Palou, conquistado neste domingo (15) em Nashville, soa tão maluco e que cria uma tendência curiosa para o futuro.
É certo que seria muito difícil para Álex repetir o 2023 mágico, onde teve 100% de aproveitamento no top-10 e conquistou a Astor Cup ainda em Portland, com uma corrida de antecedência. De fato, ele não repetiu. Mas nem isso foi suficiente para impedir o terceiro título em cinco temporadas de Palou na categoria, e que demonstram que há, sim, a possibilidade de uma dinastia.
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E a taça foi conquistada com a receita de sempre: consistência. Classificações muito boas, leituras de corrida excelentes, possibilidade de crescer e escapar das confusões sempre que possível. Quando foi necessário, dominou as ações no misto de Indianápolis e em Laguna Seca. Soube se valer do melhor carro quando teve a chance.
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O azar, por sinal, apareceu algumas vezes para o espanhol, como na batida em Iowa e no problema de bateria antes mesmo da largada em Milwaukee. Este último, inclusive, foi uma aula de calma e estratégia. O 19º lugar foi valioso para quem não desistiu e capitalizou em meio ao caos, evitando uma sangria maior na vantagem para os rivais.
E talvez não fosse justo com o espanhol que o título fosse para as mãos de Power. De forma até irônica, o cinto mal apertado do australiano acabou encerrando a discussão muito cedo. Se é injusto que Palou sofra pelos azares, ele viu a Astor Cup resolvida em 13 voltas pelo infortúnio do rival.
Álex ainda é jovem. Os 27 anos na Indy são quase equivalentes a ter 15 anos na vida real. Os três títulos em cinco anos já colocam o espanhol em uma prateleira diferente da história da categoria e iniciam os questionamentos: será que vem a primeira dinastia desde Dario Franchitti? Será que é Palou o nome que vai desbancar o recorde histórico de títulos de A.J. Foyt? Só o futuro vai responder.
Em meio ao equilíbrio de sempre, a Indy ganha uma estrela surpreendente, que desbancou veteranos, tendências e que tomou de assalto um dos campeonatos mais parelhos do esporte a motor. Se Palou está transformando a Indy em uma Fórmula 1 por conta do domínio, diz muito sobre como o espanhol é um dos melhores pilotos do mundo na atualidade.
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