Palou vê incógnita com motor híbrido na Indy 500: “Tem situações que ninguém entende”
Álex Palou reportou que motores híbridos trarão novidades para as 500 Milhas de Indianápolis. "Vai ser divertido", disse o tricampeão da Indy
As 500 Milhas de Indianápolis são os últimos desafios que faltam ao currículo de Álex Palou na Indy. Visando alcançar a vitória já em 2025, o espanhol foi escalado pela Ganassi para os primeiros testes coletivos, realizados nestas quinta (10) e sexta-feira (11). O tricampeão, que liderou o treino de sexta, declarou que os motores híbridos poderão embaralhar a prova, com “situações que ninguém ainda sabe como fazer”.
Os motores híbridos foram introduzidos no meio da temporada de 2024, a partir do GP de Mid-Ohio, que foi realizado depois da Indy 500. Com isso, a edição da principal prova da Indy de 2025 será a primeira com esse sistema. Palou explicou um pouco sobre as experiências vividas nesses dois dias de testes.
“Foi bom. Um pouco diferente com o híbrido. Em algumas áreas, pareceu um pouco pior por conta do [aumento] do peso. Acho que ficou mais difícil de acompanhar mais de perto o carro da frente. Não estou dizendo que é impossível. Será viável fazer ultrapassagens, mas é possível sentir que o carro está um pouco mais pesado, e isso não é bom quando se perde um pouco de pressão aerodinâmica”, disse Palou.
“Ao mesmo tempo, os híbridos ajudarão também. Acho que será divertido estar no meio de um pelotão e tentar acionar o sistema em algumas áreas, nas quais os pilotos não estão usando o sistema híbrido. De repente, você ganha momento e pode ultrapassar”, prosseguiu.
“Estamos testando. Nunca se sabe se está com pneus novos ou de sei lá quantas voltas, você que sente se está andando bem. Até agora, acho que foi muito bom, divertido. Pelo lado da equipe, tentamos algumas ideias, além de buscar mais velocidade. Sabemos que sofremos com velocidade esse ano, então procuramos um pouco mais para tentar entrar na briga pela vitória no próximo ano”, completou.
Palou acredita que a classificação para a Indy 500 vai precisar ser melhor estudada, pois os pilotos e equipes vão necessitar encontrar a abordagem ideal para acionar e recarregar o sistema híbrido, enquanto a corrida promete ser dinâmica, com a possibilidade de despejar a potência extra em locais alternativos, conquistando posições nessas condições.
“Acho que a classificação será desafiadora. Saber se recarregaremos e acionaremos o sistema a cada volta, ou não faremos recarga e apesar ativaremos um pouquinho em cada giro e, então, não perdermuita velocidade. Acho que será interessante e acredito que todos estão pensando a mesma coisa, sendo que ninguém ainda sabe o que fazer”, falou Palou.
“A corrida deverá ser mais fácil. Se está no vácuo e não consegue ultrapassar, é tentar recarregar um pouco mais e acionar na saída. Mas se estiver na frente, vai ser difícil recarregar. Acho que pode-se perder uma milha [1,609 km] de média por volta se não recarregar e acionar o sistema híbrido. Isso vai ser interessante, divertido”, comentou.
As duas atividades em Indianápolis serviram para Palou avaliar outras coisas, como a diminuição da velocidade dos carros, o aumento do arrasto aerodinâmicos e também a questão da segurança — algo que preocupava alguma parte da comunidade da Indy, visto que os carros terão a adição de praticamente 80 kg com relação à edição de 2024 da 500 Milhas de Indianápolis.
“Não é perigoso como acho que algumas pessoas no início estavam um pouco preocupadas – em um superspeedway indo a 230 milhas por hora [cerca de 370 km/h] e recarregando um pouco. Honestamente, não é grande coisa. Recarregamos muito, e pude sentir, mas não é loucura. Não é como tirar o pé do acelerador”, pontuou Palou.
“Obviamente não está ajudando, mas, como piloto, não sinto isso [o aumento do arrasto aerodinâmico por conta do peso do sistema híbrido. Também é muito difícil dizer, pois não sabemos qual é o mapeamento do motor que todo mundo está usando. Ninguém está usando o mapa de classificação que utilizamos em maio, certo? Portanto, as velocidades não foram incríveis hoje”, comentou
“As velocidades serão mais lentas no ano que vem, mas não será nada que as pessoas notem. Não sinto que estamos mais lentos, ainda parece muito rápido. Talvez percamos, sei lá, 0,5 milhas por horas [cerca de 0,8 km/h] de média. Isso é muito pouco. Mas foi um teste encorajador, sendo honesto”, finalizou.
A Indy volta agora somente em 2025, no dia 2 de março, com o GP de São Petersburgo, nas ruas da cidade da Flórida.
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