Dixon vence duelo e tem hexa merecido, mas pódio de St. Pete já traz ansiedade por 2021

Scott Dixon conquistou um hexacampeonato justo em uma bela atuação em St. Pete, mas foi o pódio da corrida que já animou pensando em 2021: Josef Newgarden, Pato O'Ward e o próprio Dixon, juntos, formando um top-3 que tem tudo para ser o da disputa do título da próxima temporada

Uma temporada começa imediatamente quando a outra acaba. E a Indy resolveu levar essa máxima ao extremo em St. Pete. É que, enquanto todos os holofotes estavam merecidamente em Scott Dixon, que conquistou de forma justa o hexacampeonato da categoria, lá havia, escondidinha, a cerimônia do pódio e, em uma primeira análise, o grande sinal inicial do que nos espera em 2021.

Dixon foi o cara de 2020 e Josef Newgarden conseguiu ser um rival muito duro que levou a disputa ao melhor nível e até a decisão em St. Pete, mas isso foi e será papo para outros textos. Nosso foco agora está no que se desenha para 2021, num verdadeiro choque de gerações. Se vimos recentemente a experiência de Scott encarar as novidades vindas de Josef e Alexander Rossi, há agora um novo grupo, uma quase que Geração Z da Indy. E isso vai ser sensacional de acompanhar em um campeonato menos anormal que o deste ano.

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O’Ward, que esteve no pódio ao lado do campeão e do vice, foi o grande nome do resto do pelotão em 2020. Muito combativo, o mexicano mostrou que a McLaren pode ser uma força na briga por coisas bem maiores. Ao todo, quatro pódios, uma pole e uma vitória que não saiu ainda, mas parece bem madura para 2021.

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Pato O’Ward: que futuro! (Foto: McLaren)

Pato não está só na turma de garotos extremamente promissores. Há ali um Colton Herta com um teto gigantesco a ser atingido na carreira e em uma Andretti que, por mais que não tenha tido belo 2020, é uma das três forças principais do grid, como não. Ainda, Álex Palou e Rinus VeeKay, que devem se aproximar do bolo, apesar de estarem em equipes inferiores.

Some essa galera a um Rossi que certamente voltará a ser competitivo, a Simon Pagenaud e Will Power que devem voltar ao jogo, talvez até a um Scott McLaughlin que promete muito e está montada a luta árdua e aberta de 2021 pelo caneco. E a empolgação na análise tem a ver também com belas corridas que vimos no final do campeonato e, claro, com o que os próprios Newgarden e O’Ward falaram tão logo acabou o campeonato de 2020.

“É definitivamente amargo. Parabéns ao Scott e todos os caras da equipe dele, são grandes competidores. Por um lado, eu não sei o que fazer diferente ou pedir ao eu time neste ano. Eles não cometeram falhas, foram os mais rápidos nos pits. Tenho muito orgulho de pilotar aqui. Temos um time incrível e faltou pouco. Vamos resetar, bater forte neles no ano que vem. Eu prometo estar na briga todo ano. Agradeço a todos os nossos parceiros. Não tivemos uma corrida inteiramente de bandeira verde, e isso foi ao nosso favor. A corrida teve o ritmo que a gente queria, mas não foi nada que deu o título para nós”, projetou Josef.

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Scott Dixon é hexacampeão (Foto: Indycar)

“Estou muito orgulhoso da McLaren e de mim pelo que alcançamos neste ano. Nossa vitória vai ter de esperar. Chegamos em segundo na corrida, apenas cinco pontos atrás de terceiro no campeonato. Temos de ficar muito orgulhosos, sou muito grato pela oportunidade que consegui. Acho que mostramos que somos uma força a ser reconhecida, vamos nos esforçar no próximo ano para endurecer aos veteranos. Espero levar até a última corrida e ganhar o título”, prometeu Pato.

Enquanto isso, o único que ficou mais em 2020 foi Dixon e isso é mais do que compreensível. Mesmo assim, não deixou de falar: já está sonhando com o heptacampeonato. Uma ótima notícia para quem sonha com uma luta pegada em 2021.

“Não é uma pessoa ou uma coisa. Para mim, é sobre esforço do time. Tivemos muitas mudanças durante a intertemporada. Agradeço Josef e a Penske pela disputa. Foi difícil de competir e sabemos que o próximo ano será também. Seis é ótimo, sétimo parece melhor, então esse é o objetivo, mas é claro que será difícil pela competição. Errei na classificação, não consegui juntar as coisas, mas dou o crédito ao time por consertar isso e seguir consistente. Tivemos uma boa corrida. Crédito ao Josef, pilotou muito e nos colocou muita pressão”, comentou Dixon, campeão que já começa a pensar em 2021.

2020 foi legal, o duelo Dixon x Newgarden valeu a pena, mas 2021 vai ser melhor, com mais gente envolvida. E, que bom, a Indy 2021 já começou.

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