Scott Dixon vai completar 44 anos de idade em julho, e apesar da idade, parece que a chance de um heptacampeonato, o que igualaria a marca de A.J. Foyt, na Indy nunca esteve tão forte. É fato que o neozelandês foi inesperadamente desbancado recentemente por Álex Palou na Ganassi, mas a demonstração de força na reta final de 2023 mostra que o hexacampeão é como vinho: quanto mais velho, melhor.
Não que as campanhas de Scott em 2021 e 2022 tenham sido ruins, afinal, pegou top-5 no campeonato em ambas ocasiões. Porém, uma pequena impressão que ficou é de que o gás tinha diminuído após o início avassalador que rendeu o hexacampeonato em 2020. A impressão mudou fortemente com um 2023 “muito Dixon”. Só não foi top-10 em Long Beach pelo acidente com Pato O’Ward, e teve uma reta final incrível. Três vitórias nas últimas quatro corridas e um vice-campeonato dos mais impressionantes em muito tempo, apesar do brilho do companheiro de equipe.
É claro que já se foram quase seis meses desde a última corrida da Indy. Porém, momento no automobilismo é algo importantíssimo, e mesmo com o longo intervalo, Scott chega em alta para a próxima temporada. Álex Palou, por exemplo, teve um ano de 2022 muito conturbado, mas a vitória na corrida final do ano, em Laguna Seca, foi um bom impulso para emplacar um ano forte, que rendeu um bicampeonato histórico.
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Outro exemplo é o de Nico Rosberg. Pouco valiam as corridas que o alemão venceu na reta final de 2015, quando o tricampeonato de Lewis Hamilton já estava concretizado na Fórmula 1. Porém, em um estalar de dedos, ele iniciou 2016 na mesma toada em que terminou 2015. O resultado? O único título mundial da carreira.
A Indy chega em 2024 com a dúvida se Palou vai manter o ritmo que atropelou a concorrência em 2023. Caso o espanhol oscile, não há muitas dúvidas de que, o principal rival na atualidade, é Dixon. É o piloto que mais consegue unir consistência em ritmo, tirar o máximo de estratégias e capitalizar em todas as oportunidades que pode para vencer.
De qualquer forma, idade não é motivo para se enganar com Dixon. Mesmo perto dos 44, o nível do neozelandês é muito alto, o que é completamente esperado para um dos maiores pilotos da história da categoria. Quanto mais equilíbrio em 2024, melhor a oportunidade para Scott crescer na hora certa.
O GRANDE PRÊMIO publica nesta semana um guia completo da Indy 2024.
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