Guia Indy 2018: Com plano de longo prazo, Kanaan vai em busca de fortalecimento da Foyt ao lado do ‘Biro-Biro’ Leist

Fora da Ganassi, Tony Kanaan topou embarcar em um projeto de reconstrução da Foyt. Ao longo de dois anos, o brasileiro vai tentar “colocar a casa em ordem” e virar figurinha carimbada no top-10. Para devolver a equipe às glórias, Kanaan conta com a ajuda do também brasileiro e “gente boa” Matheus Leist

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Tony Kanaan trocou de ares em 2018. Depois de quatro anos de pouco sucesso na Ganassi, o jeito foi buscar um novo rumo – e essa direção veio em uma casa inesperada. Kanaan topou assinar com a Foyt, que há anos sofre para reencontrar o caminho do sucesso. Mas talvez essa seja a razão: ao lado da tradicional – mas adormecida – Foyt, Tony abre o ano pensando apenas no fortalecimento da estrutura.
 
É uma missão dura, mas que pode ser cumprida. Para isso, Kanaan tem algumas armas a sua disposição: a chegada de novos funcionários e engenheiros, a possibilidade de aproveitar o carro novo da Indy e o potencial do também recém-contratado Matheus Leist.
 
“A diferença de estrutura entre as duas equipes [Ganassi e Foyt] é bem grande, mas estou encarando a mudança da mesma forma que encarei quando fui para a KV em 2011, quando saí de uma grande estrutura na Andretti para uma equipe bem menor”, disse Kanaan, entrevistado com exclusividade pelo GRANDE PRÊMIO.
Tony Kanaan topou o desafio de defender a Foyt (Foto: IndyCar)

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“Aprendi ao longo de todos esses anos na Indy que o que realmente importa é a qualidade do pessoal que temos ao nosso redor, não a quantidade. Trouxe o Eric Cowdin, engenheiro que ganhou comigo meu campeonato de Indy Lights em 97, Indy em 2004 e a Indy 500 de 2013, além de outros bons mecânicos para a Foyt. O Eric além de ser o engenheiro do meu carro, também é o diretor técnico da equipe e isso me deixa muito tranquilo”, seguiu.
 
Os reforços são bem vindos. Em 2017, a dupla Carlos Muñoz e Conor Daly ficou apenas em 16º e 18º, respectivamente. Juntos, os dois conseguiram dez top-10 e apenas um top-5. É uma realidade bem distinta da vivida até por equipes medianas da Indy: Carpenter e Schmidt Peterson, mesmo sem condições de brigar por título, se acostumaram a buscar pódios. Até mesmo a pequena Dale Coyne conseguiu vencer, com Sébastien Bourdais em São Petersburgo.
 
Esse patamar, na parte de cima do grid, é o objetivo de Kanaan. Mas já sabendo que pode levar algum tempo para fazer isso acontecer.
 
“Meu objetivo é estar no top-10 durante todo campeonato”, apontou. “Quando assinei o contrato com o Larry Foyt, disse pra ele que precisávamos de pelo menos dois anos de acordo. O primeiro pra colocar a casa em ordem e o segundo pra lutar por vitórias”, revelou.
Tony Kanaan tem objetivo traçado: acumular top-10 em 2018 (Foto: IndyCar)

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“É possível ganhar uma corrida ou outra? Sim, vimos nos testes de Phoenix que dependendo da pista teremos chance. Mas sou realista, o primeiro ano é pra arrumar a casa e deixar a equipe em posição de batalhar por vitórias em 2019”, apontou.
 
Os testes de Phoenix, citados por Kanaan, foram de otimismo para a Foyt. No teste de novatos, Leist liderou. Depois, contra o grid inteiro, os carros da equipe tiveram velocidade para brigar até mesmo por top-5 – no melhor dia, Tony e Matheus apareceram em terceiro e quarto. Mesmo na pior sessão, nenhum dos dois apareceu fora do top-10. Mas existe um porém: o oval de Phoenix, curto, tem pouco a ver com os outros circuitos do calendário. Resta ver se a velocidade do Arizona vai se repetir em outros lugares.
 
Em Phoenix, aliás, Kanaan teve a chance de conhecer melhor o novo carro da Indy. Com kit aerodinâmico universal e visual mais agressivo, o modelo já cria boas expectativas – confirmadas pela fala de Tony.
 
“Gostei muito [do carro]. É um carro que depende muito mais do braço do piloto do que da pressão aerodinâmica pra segurar na pista. Lembra o jeito que eram os carros no fim da década de 1990”, comparou Kanaan, que compete no mais alto nível do automobilismo americano desde 1998.
Tony Kanaan a bordo do novo carro da Foyt para a temporada 2018 da Indy (Foto: Benito Santos)

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Na Indy, Kanaan soma 236 corridas. Nelas, vieram 16 vitórias, 70 pódios e 10 poles. Os pontos altos foram o título em 2004 e a vitória nas 500 Milhas de Indianápolis de 2013.
 
A temporada 2018 da Indy começa já neste fim de semana. No domingo (10), a ação começa com o GP de São Petersburgo.
 
A relação com o ‘Biro-Biro’ Leist
 
De forma até surpreendente, a Foyt decidiu correr com uma formação 100% brasileira em 2018. Ao lado de Tony Kanaan, o promissor Matheus Leist também se faz presente. E chega causando boa impressão no veterano: aos olhos de Kanaan, o veloz e simpático Leist é um belo reforço, além de não representar uma ameaça.
 
“O Biro-Biro… não adianta, [o apelido] já pegou, tem muitas qualidades. É rápido, quer aprender e não é pretensioso. Além de ser muito gente boa”, disse Kanaan. Como se vê, os cachos de Leist já renderam apelido.
Matheus Leist e Tony Kanaan estão juntos na Foyt (Foto: Reprodução/Twitter)

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“Eu falei para ele outro dia, eu acho que é bom ter companheiro rápido. Se ele estiver colocando tempo em mim quer dizer que tem coisa que preciso mudar, ou aprender. Não tenho problema nenhum nesse sentido”, comentou.
 
A boa relação entre Kanaan e Leist pode ser vista até nas redes sociais – no Instagram, o baiano postou fotos usando uma peruca de cabelos cacheados ao lado do compatriota cabeludo. O veterano descarta que a boa relação seja fruto apenas da mesma nacionalidade, mas entende o benefício de ter outro brasileiro ao lado.
 
“Olha, nunca tive problema com a nacionalidade dos meus companheiros… e já foram muitos. Mas claro que ajuda um pouco”, reconheceu. “Acho que mais para ele do que para mim, pois ele está em um período de aprendizado, primeiro contato dele nesse nível de automobilismo”, refletiu.
GUIA INDY 2018

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