Indy 500 começa com brilho brasileiro, Ganassi poderosa e Penske flertando com vexame

O primeiro dia de classificação da Indy 500 2021 teve uma Ganassi dominante, uma Penske muito frustrante e Andretti e Carpenter andando bem. O trio de pilotos brasileiros teve atuações de encher os olhos: Tony Kanaan e Helio Castroneves vão brigar pela pole, enquanto Pietro Fittipaldi se colocou na quinta fila do grid

A edição 2021 das 500 Milhas de Indianápolis começou para valer neste sábado (22), com o primeiro dia de classificação, brilho brasileiro e uma demonstração impressionante de força da Ganassi. Em um formato que deixa as principais decisões todas para o domingo, foi um dia que, pelo menos, mostrou bem como está a divisão das equipes em voltas rápidas. E o cenário não é nada favorável para a Penske.

Comecemos pelo trio brasileiro, pois. A análise mais justa a se fazer é: os três foram excelentes no primeiro dia da classificação. Cada um com seu objetivo, cada um com sua realidade, Tony Kanaan, Helio Castroneves e Pietro Fittipaldi se colocaram no grupo dos destaques do sábado no IMS.

Kanaan fez o terceiro melhor tempo do dia e parte para o Fast Nine como um candidatíssimo a cravar a pole, possivelmente o segundo maior favorito. É que a Ganassi resolveu preparar foguetes e não carros para a definição do grid, fazendo com que todos os seus quatro pilotos se garantissem na disputa pela posição de honra da Indy 500.

Tony Kanaan briga pela pole com boas chances (Foto: IndyCar)

Scott Dixon foi o mais veloz e, naturalmente, é o favorito à pole, mas Tony não está nada longe. Foram apenas 0s127 separando os dois companheiros de Ganassi, com Colton Herta e a Andretti entre eles. Álex Palou, que bateu forte no muro, e Marcus Ericsson também se garantiram no Fast Nine, mas devem correr por fora. Tony, não, Tony é o grande rival de Dixon ao lado de Herta.

Para Castroneves, certamente um dos sextos lugares mais doces da carreira. É que, por mais que Helio seja especialista em Indianápolis e esteja acostumadíssimo a disputar a pole, faz seu primeiro ano de Meyer Shank e, teoricamente, sofreria com uma mudança brusca de equipe após tanto tempo. Nada disso: o brasileiro se garantiu na briga pela posição de honra e sobrou em relação ao companheiro Jack Harvey, que parte de 20º.

Helio Castroneves foi sexto colocado e avançou ao Fast Six (Foto: IndyCar)

Dos três, Fittipaldi foi o único que ficou de fora do Fast Nine, mas isso é quase que um detalhe. Estreante, o brasileiro fez a 13ª melhor marca, destaque entre os novatos e dando sinais para lá de positivos de que pode, saindo da quinta fila, brigar por algo grande no próximo fim de semana. Para alguém que segue tateando diversas categorias, uma chance das boas para se firmar na Indy, logo no palco maior do automobilismo mundial.

Entre os times, é inegável que a Ganassi começa na frente, mas a Andretti está lá, com dois representantes no Fast Nine: Herta e Ryan Hunter-Reay, além de Alexander Rossi, que larga em décimo. Outro time que foi muito bem, para variar, é a Carpenter, rainha dos acertos em Indianápolis, que salvou a Chevrolet de mais um fiasco e colocou Ed Carpenter e Rinus VeeKay no bolo pela pole.

Do outro lado da tabela, pensando em decepções, não há meios de fugir da Penske, que vem flertando com um vexame. Depois de sofrer muito em 2020 pela falta de potência da Chevrolet, a equipe parece ainda mais perdida em 2021, mesmo com a montadora tendo dado uma melhoradinha no motor. O resultado no sábado foi tenebroso: o novato Scott McLaughlin, Josef Newgarden e Simon Pagenaud ficaram, respectivamente, em 17º, 21º e 26º. Will Power, em dia inesquecível, no pior dos sentidos, não se garantiu no top-30.

Pietro Fittipaldi vai largar em 13º na Indy 500 (Foto: IndyCar)

E é assim, namorando o desastre, que Power e Penske partem para o domingo. São três vagas em jogo para cinco carros e Will está ali no meio, ao lado de Simona de Silvestro, RC Enerson, Sage Karam e Charlie Kimball. A sorte do australiano é que a Paretta, de Simona, e a Top Gun, de Enerson, precisam de milagres para chegarem ao nível das rivais, mas o fiasco já é considerável.

Não dá para olhar para a sessão e já não pensar no campeonato. Em 2020, Josef Newgarden salvou um top-5 quase milagroso em Indianápolis e evitou uma catástrofe maior, com Dixon em segundo. Mas isso se repetirá em 2021? Com uma Penske que parece ainda pior e uma Ganassi que dá sinais de ser mais forte do que era, o cenário para o americano é o pior possível. Melhor para Scott, que precisa aproveitar tamanha superioridade no equipamento na etapa de pontuação dobrada.

O segundo dia de classificação da Indy 500 é este domingo, com as duas grandes decisões. Primeiro, o Bump Day, com dois pilotos sendo eliminados do grid, a partir das 14h15 (em Brasília). Na sequência, vez do Fast Nine e da decisão da pole, a partir das 16h.

GRANDE PRÊMIO estará na transmissão dos dois dias de classificação da Indy 500. Trata-se de uma parceria exclusiva do GP com o Arena Indy em solo brasileiro, que vai levar, através do aplicativo, as imagens direto do Indianápolis Motor Speedway.

A transmissão da classificação da Indy 500 terá Matheus Pinheiro na narração e os comentários de Gabriel Curty, Gabriel Carvalho, Victor Martins e grande equipe. Durante os dois dias, serão distribuídos valiosos prêmios aos espectadores. Fique ligado, pois.

Para baixar o app Arena Indy e assistir ao treino classificatório em Indianápolis, vá ao Google Play ou à Apple Store.

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