Indy avança e formaliza proposta de sistema de charters para equipes
Após um ano de conversas com as equipes da categoria, Indy teria enviado contrato com detalhes de como será sistema de charters a partir de 2025
A Indy avança para implementar na temporada 2025 o sistema de charters, que faria com que os carros fossem uma espécie de franquia atrelada às vagas no grid — algo inspirado no que a Nascar fez a partir de 2016. De acordo com o jornal norte-americano IndyStar, a categoria apresentou na última semana a proposta formal para os donos de equipe, após um ano de conversas e negociações entre as partes.
A publicação ressalta que, nesse momento, os contratos se encontram sob análise dos mais variados departamentos dos times e que, consultando pessoas da Penske Entertainment, proprietária da Indy, não foi estabelecido um prazo para retorno dessas minutas — portanto, não se pode afirmar que o acordo está próximo de ser anunciado.
A Indy tem alguns propósitos com o sistema charter. Um deles é, de certa forma, limitar o grid. O número excessivo de carros tem gerado reclamações de equipes e pilotos em decorrência do tráfego, principalmente nos treinos livres. Também há a questão estrutural de algumas pistas, que não comportam mais do que os 27 monopostos que disputam a temporada completa de 2024.
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A segunda razão é criar valor à vaga na Indy. Um exemplo que Mark Miles, CEO da Penske Entertainment, utilizou ao longo de 2024 foi a venda da Carlin para a Juncos em 2022. Na ocasião, o time britânico vendeu a estrutura e o inventário para a equipe do argentino Ricardo Juncos, sem que houvesse algum valor atribuído por estar na categoria.
Caso a Indy siga o que foi falado pelos dirigentes ao longo de 2024, será contemplado no sistema charter o carro que disputou a temporada completa deste ano, sendo que cada equipe só poderá ter no máximo três franquias. Estes teriam vaga garantida em todas as corridas da categoria, exceto as 500 Milhas de Indianápolis.
Porém, se a Indy seguir dessa forma, duas vagas da Ganassi estariam fora do sistema, assim como a Prema, que anunciou nessa temporada que ingressará a Indy em 2025 com dois monopostos. Eles teriam de duelar pelos outros dois lugares restantes no grid, visto que todas as corridas, exceto Indy 500, vão ser limitadas a 27 carros.
No entanto, nada disso parece frear o ímpeto da Prema, que já tem uma sede nos Estados Unidos — localizada na cidade de Fishers, nos arredores de Indianápolis, além de seguir contratando funcionários para a iniciativa. Resta a definição de como ficará a equipe com relação aos charters para fechar com os pilotos. O GRANDE PRÊMIO apurou que a Prema já se acertou com Rinus VeeKay, que espera a garantia de que terá vaga no grid para fechar o contrato.
As atividades da Indy em Gateway começaram nesta sexta-feira (16). A classificação tem início às 17h20 [de Brasília, -3 GMT], com um treino extra de 30 minutos para testar a parte alta da pista às 20h45. O segundo treino oficial está agendado para 21h30, enquanto a largada está marcada para 19h15 do sábado.
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