Giaffone vê oval como “ponto alto” do ano e admite futuro incerto nos Estados Unidos
Nicolas Giaffone fez análise da temporada ao GRANDE PRÊMIO e destacou a pole junto do pódio no oval de Brownsburg como melhor momento de 2024. Brasileiro também admitiu que dificuldades orçamentárias podem encerrar campanha nos Estados Unidos
Campeão da USF Juniors em 2023, Nicolas Giaffone subiu na escada do Road to Indy e disputa a temporada 2024 da USF2000 pela DEForce Racing. O caminho do brasileiro não é dos mais tranquilos no ano de estreia pelo campeonato, ocupando a oitava posição na tabela, com 191 pontos e 2 pódios conquistados.
Com a rodada tripla de Portland encerrando a temporada entre os dias 22 e 25 de agosto, Nicolas conversou com exclusividade com o GRANDE PRÊMIO e fez uma análise do ano de debute na categoria, marcado por adaptações com carros diferentes e também com grande diferença nos pneus.
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“A análise que podemos fazer da temporada até aqui é que foi uma temporada de aprendizados, tanto para mim, quanto para a equipe. Tivemos uma mudança de pneus, de regulamento para 2024. Foi uma diferença brusca do ano passado para esse, porque foi uma mudança de pneu diferente, então vai muita ênfase em adaptação e evolução como equipe. A lição que fica e a análise é que foi um ano de muita adaptação, constante melhora como equipe, como atleta, tentando entender o que poderia fazer para ajudar”, comentou Nicolas.
Um dos pontos mais altos de Giaffone em 2024 certamente foi a etapa no oval de Brownsburg, em Indiana. Nic cravou a pole-position da corrida e chegou no segundo lugar, derrotado apenas por Tanner DeFabis. O brasileiro descreveu a experiência inicial no formato.
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“Foi muito legal, o melhor carro que guiei o ano inteiro aqui, a equipe fez um trabalho sensacional no oval e me deram um carro extremamente competitivo, conseguimos bater recorde da pista em média de velocidade na classificação. O oval foi meu ponto alto no ano, gostei muito de correr lá, especialmente o evento em estar junto a Indy 500, ter os pilotos da Indy vendo, foi muito legal”, seguiu.
Sem chances de título, a esperança de Giaffone para as etapas finais é de brigar pelo posto de melhor novato da temporada, que atualmente está nas mãos de Joey Brienza, com 228 pontos. Nicolas carrega 192 e está atrás também de Hudson Schwartz.
“Ser o melhor novato está em alcance. É um sonho distante, aconteceu muita coisa que fugiu do nosso controle no ano e que impediu a briga mais direta por esse título. Cometi alguns erros que não ajudaram essa busca, mas podemos analisar como um ano de melhora. Erra, acerta. Espero que possamos brigar para ser o melhor novato sabendo que é um destino distante e que depende de fatores além de nós mesmos para continuar nessa briga”, seguiu.
O brasileiro também colocou em xeque o futuro nas competições nos Estados Unidos. Sem chances de título, ele afirma que terá dificuldades para seguir no país em 2025 caso não consiga arranjar patrocinadores. Ele também revelou que há um desejo de subida para a USF Pro 2000.
“Estamos vendo ainda. Como não estamos brigando pelo título, não teremos a premiação para 2025, o que dificulta demais a nossa vida para seguir nos Estados Unidos. A intenção é total de permanecer, mas o preço que está e os custos envolvidos vão requerer uma segunda análise e estamos fazendo projeto para ir atrás de verba e patrocínio. Se continuarmos nos Estados Unidos, seria uma subida para a USF Pro. Toda a atenção está voltada para isso e vamos para a briga”, concluiu.
Giaffone termina a participação na temporada 2024 da USF2000 na rodada tripla de Portland, no Oregon, que será disputada entre os dias 22 e 25 de agosto.
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