Indy completa primeiro teste de equipes menores com sistema híbrido em Indianápolis
Cerca de dois meses antes da estreia do sistema híbrido, seis equipes experimentaram os novos componentes da Indy no misto de Indianápolis
Meyer Shank, Juncos, Dale Coyne, RLL, A. J. Foyt e Carpenter, enfim, testaram os motores híbridos da Indy, que serão implementados na categoria a partir do GP de Detroit, marcado para o dia 2 de junho. Foi a primeira experiência dessas equipes com o sistema, em atividades realizadas na última quinta (28) e sexta-feira, no traçado misto de Indianápolis, quando completaram cerca de 3.200 km.
Os motores híbridos estão sendo testados na Indy desde outubro de 2022, mas apenas Penske, Ganassi, McLaren e Andretti tinham utilizado o conjunto em diferentes pistas — somados, estes times já completaram perto de 33.000 km em treinamentos. As atividades da última semana, que não tiveram a divulgação da tabela de tempos, foram promovidas para que as equipes consideradas menores pudessem recuperar um pouco do tempo perdido.
A promessa da Indy era iniciar a temporada 2024 já com a novidade implementada em cada carro, mas problemas substanciais das fornecedoras obrigaram a categoria a atrasar o ingresso destes elementos. A previsão, então, ficou para o GP de Detroit, etapa seguinte às 500 Milhas de Indianápolis.
Um dos pilotos mais experientes do grid, Graham Rahal destacou que o conjunto vai proporcionar um dinamismo ainda maior para a categoria. “Você precisa entender como fazer a regeneração híbrida, como é a automática, de que maneira realizar na frenagem e até mesmo via pedal do acelerador. Isso é interessante, pois todos vão pilotar de diferentes formas e as fabricantes vão trabalhar de maneiras distintas. Vamos ter de analisar muito”, declarou.
“Até agora, acho que será melhor. Não é como o push-to-pass, pois você pode acionar o modo híbrido para diversas ocasiões e ainda terá de lidar com a regeneração. Vamos precisar calcular como manter a bateria cheia. Será mais dinâmico”, prosseguiu Rahal.
Rinus VeeKay acelerou pela Carpenter nos testes da Indy em Indianápolis e considerou que o sistema não alterará de maneira significativa o desempenho, mas ainda precisará de mais horas de treinos.
“Me parece similar. Apenas alguns botões a mais para apertar e coisas pelas quais preciso passar. Em geral, a gente tem uma base a seguir, mas, dessa vez, não foi assim. Tudo foi novidade. Odiei não dar feedback ao time”, revelou.
“Parece que foi um bom início com o híbrido. Muita informação para aprender e captamos muitos dados. Pensei mais em treinar do que em qualquer outra coisa, mas foi um bom começo”, continuou o neerlandês.
Apesar de ter sido o primeiro treino com o novo sistema para esses participantes, já há quem diga que não haverá grande desvantagem ante Penske, Ganassi, Andretti e McLaren. Santino Ferrucci ressaltou que o trabalho feito pelas montadoras permite uma rápida curva de aprendizado.
“A Chevrolet veio até nós e explicou tudo. Tirou todas as nossas dúvidas sobre como o sistema funciona e reage ao frear, acelerar ou tirar o pé do acelerador. Também esclareceram como poupar ou como operar ao longo de uma volta”, apontou o piloto da Foyt.
“Incrível como eles estavam abertos e isso ajudou muito na adaptação. Não estou ainda totalmente confortável, mas gostei muito e mal posso esperar para quando o conjunto for implementado na categoria”, acrescentou.
Long Beach é o palco da próxima etapa da Indy. A categoria retorna ao circuito de rua da Califórnia no próximo dia 21 de abril, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.
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