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Indy impõe novo código de conduta aos pilotos, mas presidente evita falar em ‘lei da mordaça’

Um novo adendo ao regulamento foi incluído e anunciado na última terça-feira (21) pela Indy. De agora em diante, os pilotos do grid não poderão ameaçar ou denegrir a imagem da categoria, de seus concorrentes ou patrocinadores, questionar a legitimidade do regulamento do esporte, falar mal do calendário ou denegrir qualquer relação comercial sobre a Indy. Mas Mark Miles rejeita insinuações sobre uma possível ‘lei da mordaça’

 

Após a polêmica disputa das 500 Milhas de Fontana, prova em que muitos pilotos criticaram a postura de seus competidores e da própria Indy no superoval da Califórnia, a categoria divulgou na última terça-feira (21) um adendo ao seu regulamento em que impõe um novo código de conduta, no qual destaca-se a norma de que não se pode denegrir a imagem da categoria, de algum piloto ou concorrente, tampouco o calendário do esporte e seus patrocinadores. Contudo, Mark Miles, presidente da Indy, entende que não existe a imposição de uma ‘lei da mordaça’.

A corrida em Fontana foi marcada por uma proximidade muito grande entre os pilotos, com nomes como Graham Rahal, o vencedor da prova, sofrendo duras críticas por sua postura na pista. Juan Pablo Montoya, líder do campeonato, foi um dos que criticaram as atitudes dos seus adversários durante a corrida, o que foi endossado por Helio Castroneves e Tony Kanaan, com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO.

Pilotos da Indy terão de cumprir um novo código de conduta (Foto: AP)

A inclusão do artigo 9.3.8, que trata do comportamento dos pilotos, diz que:

Os competidores devem ser respeitosos, profissionais, justos e corteses uns com os outros. Em todos os momentos, os pilotos não devem tentar ou incentivar as seguintes atitudes:

– Ameaçar ou denegrir a imagem de qualquer competidor ou da marca Indy;
– Colocar em dúvida a integridade ou legitimidade do regulamento ou de sua aplicação, construção ou interpretação;
– Denegrir o calendário da Indy ou seus eventos;
– Ameaçar ou denegrir qualquer relação comercial da Indy, incluindo seus patrocinadores ou empresas de radiodifusão;
– Em outro caso, ameaçar a integridade, reputação ou confiança do público na Indy.

Contudo, não há no adendo ao regulamento qualquer menção sobre a forma de punição em caso de infração. Mas Miles entende que não se trata de algo para calar os pilotos e que a regra será aplicada com parcimônia.

“Esta regra não é uma lei da mordaça. Reconhecemos a controvérsia, tensão e drama que há em todo o automobilismo atualmente. Nossos pilotos são competidores, e não temos interesse em eliminar a emoção e a paixão, já que isso é uma parte integral do nosso esporte, ou sequer limitar a cobertura da mídia que cobre a Indy”, afirmou o presidente da categoria em comunicado.

“Como exemplo, algumas pessoas têm especulado sobre o que houve entre Ed Carpenter e Sage Karam no último sábado em Iowa seria passível de punição perante o novo regulamento, e este não é o caso. Sentimos que cabe a nós distinguir o que é algo que denigre nossa categoria ou algum outro piloto do que seja da natureza competitiva da Indy. Esta regra é para garantir que temos autoridade para agir quando sentirmos que for preciso”, complementou.