Indy avalia como comportar geografia do grid após chegada da Prema: “Bom problema”

Mid-Ohio e circuito de rua de Toronto já enfrentam problemas para acomodar os 27 carros da temporada 2024 da Indy

O anúncio de que a Prema irá à Indy a partir de 2025 ligou o alerta para a categoria, que vai precisar se desdobrar para acomodar todos os carros em algumas pistas do calendário. Caso se mantenha dessa forma, o campeonato do ano que vem terá 29 competidores em temporada regular, o que pode ser além da capacidade de alguns autódromos.

Com 27 carros no grid atual, a Indy já encontra dificuldade em se instalar em algumas pistas, com Mid-Ohio e o circuito de rua de Toronto sendo os pontos mais críticos, operando praticamente no limite do espaço físico — não haveria boxes suficiente em caso de expansão.

Presidente da Indy, Jay Frye indicou que o assunto não foi aprofundado pela organização, mas que será discutido com mais afinco, até pela possibilidade de outras equipes além da Prema chegarem à categoria.

“Temos dificuldades em alguns lugares que iremos. É algo que precisamos avaliar e ver como seguir adiante. Certamente, um problema, mas um bom problema para resolvermos”, admitiu.

Jay Frye é o presidente da Indy (Foto: IndyCar)

“Também estão acontecendo conversas para duas ou três inscrições. Novamente, um bom contratempo para resolver. Há muito interesse sobre a Indy. Acho que se você olhar para o que aconteceu nos últimos anos, progredimos bastante”, completou.

Desde que a Penske Entertainment assumiu a categoria para a temporada de 2020, a Juncos passou a fazer parte da Indy em tempo integral, bem como a McLaren se tornou acionista majoritária na estrutura que compartilhava com a Schmidt Peterson.

Por mais que algumas equipes reduziram suas operações, como o caso da Penske e Andretti, que deixaram de ter quatro carros e passaram a ter três, outros times ampliaram suas estruturas, como caso da Meyer Shank, Ganassi e as próprias McLaren e Juncos, sem contar a RLL, que firmou a operação em três competidores. Em resumo, largaram 23 pilotos na primeira corrida da gestão de Roger Penske, o GP do Texas de 2020, e a tendência é termos ao menos 29 na abertura de 2025 — um acréscimo de 26%.

Adotar o sistema charter, similar ao que a Nascar utiliza, é o desejo de Mark Miles, CEO da Penske Entertainment. O dirigente vai propor que a categoria tenha 25 vagas garantidas para todas as corridas do campeonato, que seriam oferecidas aos times que disputam a temporada de 2023, limitando a três por equipe. Caso esse formato seja aprovado, dois carros da Ganassi, a Prema e outros interessados em chegar à Indy ficaram fora — teriam de disputar na pista a classificação para mais duas vagas, pois Miles sugeriu que 27 seja o limite nas etapas além da Indy 500.

Piers Phillips, líder do programa da Prema na Indy, René Rosin, chefe da Prema, e Jay Frye, presidente da Indy (Foto: IndyCar)

Isso resolveria a questão logística dos boxes, mas pode afugentar outras equipes — a própria Prema admitiu que pode firmar parceria com outro time, apesar de revelar que ainda não discutiu internamente o assunto, pois vai aguardar a proposta do charter ser aprovada ou não.

Frye não deu detalhes de qual sistema a Indy vai adotar, nem o que fará com mais carros chegando à categoria, mas sugeriu ter o maior número possível de pilotos competindo.

“Provavelmente, vai ser uma mescla disso tudo. Vamos largar com o máximo de carros possíveis, mas, obviamente, existem alguns limites. Haverá um momento em que isso será abordado”, finalizou.

O GP de Long Beach da Indy está agendado para acontecer no dia 21 de abril, no circuito de rua montado na Califórnia. A corrida tem cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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