Newgarden brilha e se consolida como último americano à moda antiga da Indy

Em um momento tão internacional da Indy, Josef Newgarden resgata o espírito dos grandes americanos da categoria e reina nos ovais. Título está longe, mas já mostra que é piloto para posterioridade

Quatro corridas em ovais em 2023 e quatro vitórias de Josef Newgarden. O curioso? Assim como no sábado, o acontecimento deste domingo foi absolutamente previsível. É muito difícil tirar qualquer chance de Josef vencer quando a Indy visita um oval. Só perde mesmo quando alguma quebra tira o troféu de suas mãos, como foi justamente na corrida 2 de Newton no passado. Sem problemas na suspensão, nada parou Newgarden neste domingo.

Se largar em sétimo aumentava o desafio em comparação com sábado, ele foi superando os rivais pouco a pouco. Will Power e Scott McLaughlin tinham o mesmo carro e brigavam pela liderança? Foram engolidos na mesma curva. Tem relargada no fim da corrida? Não é problema, ele dispara na frente e vence com muita tranquilidade. Um desempenho assustador de dominante.

Afinal, por que ficou tão difícil parar Newgarden em ovais? Existem algumas possíveis explicações. A primeira passa pela Penske. O que esta equipe acerta de carros, especialmente em ovais curtos, é assustador. Não à toa McLaughlin foi segundo no sábado e Power foi segundo no domingo. A segunda é algo mais histórico, e que corre junto do momento da Indy.

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Josef Newgarden dominou de novo (Foto: Indycar)

Hoje, a categoria é muito diferente dos anos 1990 e 2000. Os ovais ficaram mais escassos no calendário, e nos últimos anos, uma invasão de pilotos europeus e que estavam no círculo da FIA aconteceu. Vieram Álex Palou, Romain Grosjean, Marcus Ericsson, Christian Lundgaard e etc: todos pilotos que não nasceram nos Estados Unidos e não cresceram dentro do automobilismo por lá.

Claro que a internacionalização é algo vital para a Indy, e a invasão europeia não é motivo de críticas. Ao mesmo tempo que isso acontece, o número de pilotos que crescem carreira nos Estados Unidos diminui. E mesmo quem está por vir, vai ter uma dinâmica e visão muito diferente do que é a Indy e do tipo de desafio que a categoria propõe.

Apesar da passagem pela Europa, Newgarden foi construído na Indy, e por isso parece encontrar tantos atalhos para ser tão dominante nos ovais, ao mesmo tempo em que a nova safra da categoria ainda não tem essa percepção e seriedade. É como se Newgarden fosse uma versão moderna de Michael Andretti, de Rick Mears, de Al Unser Jr, de Scott Goodyear, de Bobby Rahal e tantos outros grandes americanos que a Indy teve.

Com 5 corridas restantes no campeonato, Newgarden encaminha o quarto vice-campeonato consecutivo na Indy. Este, mais justo que o último, já que disputa contra um Álex Palou que é tão espetacular e assustador quanto. E nada mais legal que a Indy ter duas facetas diferentes em suas primeiras posições: o europeu que abre as portas da categoria e o americano “raiz”.

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