Fittipaldi vive ‘clima de decisão’ em Nashville por fundamental bônus milionário da Indy
Pietro Fittipaldi ocupa 21ª posição de classificação que premia com cerca de US$ 1 milhão os 22 melhores carros da Indy. Margem para o #20, 23º, é de somente três pontos
Álex Palou e Will Power vão para a etapa final da Indy em busca do título da categoria, mas esta não será a única disputa importante no oval de Nashville, corrida marcada para o dia 15 de setembro. Também serão definidos os 22 carros que terminarão a temporada dentro do Leaders Circle, que dá um prêmio de cerca de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,6 milhões) aos classificados. Pietro Fittipaldi tem a missão de manter o #30 da RLL nessa lista.
Antes de falarmos especificamente do alvo de Fittipaldi, a premiação do Leaders Circle é muito importante para as equipes da Indy. US$ 1 milhão é bastante dinheiro dentro do orçamento de cada carro, que varia entre US$ 4 e US$ 12 milhões (cerca de R$ 23 e R$ 66 milhões) por ano. O bônus representa, aproximadamente, entre 8% e 25% do orçamento anual, considerando a diferença nos valores praticados pelas equipes grandes e pequenas.
A RLL, equipe de Fittipaldi, estaria no meio termo. É uma equipe média, mas que tem oscilado bastante, tendo flertado com o fundo do grid em muitas das etapas — principalmente, nos ovais. Por isso, a decisão em Nashville, trazendo para o jargão do futebol, vai ser uma final em que Pietro joga fora de casa, afinal, o traçado é um oval e a RLL está devendo nesse tipo de pista.
Durante toda a temporada, Fittipaldi não ficou muito distante da 23ª colocação, a primeira fora do Leaders Circle, mas nunca esteve ameaçado pela proximidade dos pontos, como está agora. A mudança nessa reta final foi em decorrência dos fortes resultado de Conor Daly, que assumiu o lugar de Agustín Canapino a partir de Portland. O norte-americano conquistou o primeiro pódio da história da Juncos no GP de Milwaukee 1, com o terceiro lugar da corrida, o que alçou o #78 ao 19º lugar, com 189 tentos.
Após a rodada dupla em Milwaukee, Fittipaldi caiu para o 21º posto, com 177, e vai viver um confronto direto contra o #41, de Sting Ray Robb, e o #20, que terá Christian Rasmussen na pilotagem. O brasileiro tem dois tentos de folga o piloto da Foyt, que está na zona de corte, e três para o representante da Carpenter, o primeiro fora da premiação. Basicamente, quem chegar à frente terminará em vantagem no campeonato.
Uma coisa que é importante ressaltar: o Leaders Circle é uma competição entre os carros, portanto, nada impede das equipes mudarem os pilotos nessa parte decisiva, como a Juncos e a Carpenter fizeram. Para Milwaukee, Ed Carpenter, dono do time que leva seu nome, reconheceu o desempenho fraco dele em 2024, e abriu mão da vaga, colocando Rasmussen no lugar. A aposta deu certo e o dinamarquês somou 37 pontos com o 11º e 12º postos, encostando na disputa.
Fittipaldi não teve um carro competitivo ao longo do final de semana, sendo 18º na corrida 1 e ficando com a 21ª posição na prova de domingo, quando abandonou por problemas mecânicos. Fez 21 pontos no total, dois a mais que Robb, 23º e 18º na rodada dupla.
Para Fittipaldi, não somente por incrementar os cofres da RLL, terminar dentro do Leaders Circle contribuiria para a continuidade dele no #30. O acordo do brasileiro com a equipe é multianual, no entanto, existem alguns objetivos de desempenho e financeiros que precisam ser cumpridos para a continuidade. Ficar entre os 22 é o primeiro passo.
A Indy retorna com a etapa final da temporada 2024 em duas semanas, no dia 15 de setembro, com a corrida no oval de Nashville, localizado em Lebanon, no Tennessee. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa.
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