Mesmo em um ano em que os motores e os kits da Chevrolet não ficaram devendo em relação aos da Honda, a Foyt ficou pelo caminho. Extremamente lenta nas corridas disputadas longe dos ovais, a equipe novamente apostou tudo na Indy 500, mas nem nela foi competitiva a ponto de brigar pela vitória.
A grande verdade é que, guardadas as proporções, a Foyt tinha tudo para ser meio que uma Williams do grid da Indy em 2019, mas escapou de tal título pelo esforço impressionante que fizeram o veterano Tony Kanaan e o jovem Matheus Leist, que beliscaram dois top-4 improváveis no ano.
Tony Kanaan brilhou em Gateway (Foto: IndyCar)
O carro ficou devendo de novo, o ritmo de classificação era inexistente e a quantidade de problemas de confiabilidade, estratégia e erros nos boxes também não foi das menores. Em condições normais, a Foyt ficaria atrás até da Carlin, que tinha um carro um pouco melhor, mas pilotos que, com exceção de momentos de Pato O'Ward e Conor Daly, não entregaram grandes coisas.
Não ficou mesmo por causa da dupla brasileira. Kanaan e Leist não deixaram de lutar em momento algum da temporada e tiveram belos momentos, na maioria das vezes nos ovais, com Tony beliscando top-10 na Indy 500, em Pocono e em Iowa. Matheus ainda teve um oitavo lugar em Portland, em corrida que a estratégia finalmente funcionou.
Mas os grandes momentos dos dois, certamente, vieram em Gateway e no misto de Indianápolis. No oval curto, Tony deu um verdadeiro show de combatividade, uma aula de defesa em cima de Santino Ferrucci na volta final e beliscou um pódio completamente improvável. Foi o fim de um jejum de mais de quatro anos do time sem um trofeuzinho na Indy.
Matheus Leist fez um corridão no misto de Indianápolis (Foto: IndyCar)
No misto do IMS, foi a vez de Matheus brilhar intensamente. O gaúcho conquistou ali seu primeiro top-10 na categoria ao chegar em quarto, em uma prova que foi marcada por um temporal que caiu. Então, vimos um piloto agressivo, se defendendo bem e manjando muito dos atalhos da pista no traçado.
Infelizmente,
Tony e Matheus ainda não garantiram presença na temporada completa em 2020. A realidade é que a Foyt, caso consiga se manter de pé, precisará de pilotos pagantes e a tendência é que caminhe ainda mais rapidamente para o fundo do pelotão. Kanaan ao menos deve aparecer nos ovais, enquanto
Leist segue sem nada definido. É bem real, portanto, a possibilidade de não termos um brasileiro em tempo integral no grid da Indy no próximo campeonato.
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