VeeKay diz que falta “carro certo” para “disputar com Palou e Newgarden” na Indy

Rinus VeeKay é um daqueles pilotos que circundam o paddock da Indy em busca de um contrato para a temporada 2025. Vencedor de uma corrida em 80 disputadas na categoria, o neerlandês, ex-Carpenter, afirmou que se considera um veterano da Indy e que está no “mesmo grupo de Álex Palou e Josef Newgarden“. No entanto, suas estatísticas estão bem abaixo a dos concorrentes por não ter o “carro certo”.

VeeKay encerrou em 2024 uma parceria de cinco temporadas com a Carpenter. Depois de entrar na equipe e passar alguns campeonatos com apoio de patrocinadores, o piloto passou a ser bancado por Ed Carpenter, sócio do time. Neste ano, despertou o interesse da Prema por ser visto como um especialista em ovais, como informou o GRANDE PRÊMIO em julho.

Porém, VeeKay queria esperar a definição do sistema de charters da Indy, que não contemplou a Prema. E os três meses de espera não fizeram bem para as expectativas que a equipe italiana tinha sobre o piloto, que, por fim, também acabou preterido na Carpenter — Alexander Rossi assumiu o lugar. Sobrou uma oportunidade de testar na última sexta-feira (11) pela Dale Coyne, ocupando, de última hora, o posto que estava reservado para Sting Ray Robb.

Na sessão no oval de Indianápolis, VeeKay cravou 40s289 e colocou o #18 na terceira colocação, somente atrás de Palou [40s117] e Newgarden [40s183] — o tricampeão da Indy e bicampeão das 500 Milhas. O neerlandês acredita que mostrou, mais uma vez, estar no “grupo” desses dois.

VeeKay ainda comparou a atuação situação a que Palou enfrentou no final de 2020. O espanhol não tinha renovação acertada com a Dale Coyne, mas conseguiu um lugar na Ganassi após Felix Rosenqvist migrar para a McLaren.

“Sei que existe muita gente interessada para poucas vagas. Este ano foi estranho com relação aos contratos, mas sinto que estou na situação do Palou quando ele tinha a minha idade. A vantagem que tenho é ter 80 corridas na bagagem, o que ajuda”, disse VeeKay.

“Pelo o que tenho ouvido, as pessoas estão me vendo como um especialista em oval. Acho que meio que mostrei isso [no teste no oval de Indianápolis], que realmente sou bom com essas coisas. Penso que me encaixo em um grupo com Álex Palou e Josef Newgarden, que posso ser chamado de veterano na Indy. Se estiver com as pessoas e o carro certo, posso disputar com esses caras de forma consistente”, completou.

A Dale Coyne passou uma temporada muito ruim, com o #18 e #51 fazendo um rodízio de pilotos e terminando fora do Leaders Circle, que rende um bônus de US$ 1 milhão [cerca de R$ 5,65 milhões] aos 22 melhores carros em temporada regular. A expectativa é que a equipe, mais uma vez, recorra a pilotos pagantes ou mantenha alguma parceria, se aproveitando do sistema de charters. No entanto, VeeKay acha que a porta foi aberta para um alinhamento entre as partes.

“Acho que criei uma oportunidade. Foi bem estável. Começamos sem saber onde queríamos estar, fomos mudando o equilíbrio durante o plano de testes. Anotamos tudo e gostamos de muitas coisas. Progredimos muito ao longo do dia”, comentou VeeKay.

“Este é um grupo muito bom de pessoas [na Dale Coyne], e tiveram um ano muito duro. Mas apresentaram que com o plano certo e um piloto que leve experiência para ajudar a mostrar o caminho, temos um carro para estar entre os três, como foi aqui”, encerrou.

A Indy volta agora somente em 2025, no dia 2 de março, com o GP de São Petersburgo, nas ruas da cidade da Flórida.

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