Bourdais na frente e Castroneves no pódio: como foi a última vez da Indy em Milwaukee

A Indy volta ao Milwaukee Mile, tradicional oval de 1,015 milha [cerca de 1,7 km], após nove anos fora do calendário. O retorno é em dose dupla, com uma corrida no sábado (31) e domingo (1), e a expectativa de dois confrontos entre Álex Palou e Will Power na disputa pelo título da temporada 2024. Em 2015, no entanto, o foco ainda não era o duelo pelo campeonato.

Há nove anos, Milwaukee era a 11ª das 15 etapas programadas e Juan Pablo Montoya, na Penske, tinha uma vantagem expressiva para Scott Dixon. Era um caso para o colombiano administrar na parte final e poucos imaginavam que o piloto da Ganassi viraria na última etapa da Indy 2015.

Mais parecido com a atualidade foi a pole-position de Josef Newgarden, apontado como o principal piloto em oval do momento. Então na Sarah Fisher, o norte-americano desbancou Ryan Briscoe, da Schmidt Peterson — estrutura que foi comprada pela McLaren — na classificação. Tony Kanaan fez o quarto tempo, com Helio Castroneves somente em 24º.

Na corrida, Newgarden, então uma promessa, mostrou talento ao manter a liderança durante 55 voltas, mesmo bastante pressionado por Briscoe, quando ambos pararam nos boxes. Retornou à liderança no 60ª giro, após terminar a rodada de pit-stop. Se manteve na frente até a 100ª volta, quando fez nova parada de pit.

Sébastien Bourdais, então, liderou por uma volta, também realizando a segunda parada. Justin Wilson ficou um giro na frente e se dirigiu aos boxes. Então, Dixon pegou a dianteira e ficou até a volta 116, quando parou nos boxes durante a primeira bandeira amarela, acionada após o estouro do motor do carro de James Jakes.

Durante a intervenção do safety-car, uma série de pilotos foram aos boxes e Bourdais optou por ficar na pista. A estratégia da KVSH traria bons dividendos ao francês no final da corrida. A equipe de resgate da Indy teve trabalho e a relargada veio na 130, mas logo a amarela foi agitada, após Briscoe rodar e acertar Will Power, ocasionando o abandono de ambos.

Bourdais se manteve na frente depois da relargada e foi assim até a volta 171, quando foi aos boxes durante bandeira verde e voltou com ritmo melhor do que todos por conta dos pneus novos. Newgarden reassumiu a dianteira até a 184, quando parou novamente. Entre a 185 e 187, Kanaan foi líder. Bourdais, após o brasileiro parar, assumiu a ponta na 188.

O francês, que largou em 11º, permaneceu em primeiro até o giro 213, quando voltou ao pit para sua última parada. Dessa vez, voltou na frente, mesmo após reabastecer e trocar pneus. Nove giros depois, Wilson estacionou o carro na curva 1 após estouro de motor. Bourdais, Montoya e Ed Carpenter ficaram na pista, enquanto pilotos que estavam mais atrás, como Castroneves, pararam para colocar compostos novos.

A bandeira verde foi acionada com 19 voltas para o final, com o brasileiro da Penske escalando o grid com muita rapidez. Assumiu o segundo lugar e passou a ter muito trabalho com Graham Rahal para manter a posição, o que facilitou o trabalho de Bourdais, que venceu após 250 voltas com uma vantagem de 2s237 para Castroneves, que segurou Rahal — o pódio daquela etapa da Indy.

Aquele foi o primeiro triunfo do francês em oval desde 2006, na própria Milwaukee, mas na etapa disputa sob a chancela da ChampCar — no mesmo ano, a IRL correu no autódromo e Kanaan foi o vencedor. Época em que a Indy tinha duas organizações.

Montoya fechou em quarto — uma vitória diante de Dixon, que foi somente o sétimo. Entre eles, Newgarden e Tony. Marco Andretti, Simon Pagenaud e Carpenter completaram os dez primeiros da Indy. Curioso que Ed teria um reencontro com a pista nesse final de semana, mas reconheceu que não teve bom desempenho nessa temporada, deixando a vaga na sua equipe para Christian Rasmussen.

A Indy retorna já neste final de semana com uma novidade: a rodada dupla no oval de Milwaukee Mile, localizado em West Alis, no Wisconsin. A corrida 1 acontece no sábado (31), enquanto a corrida 2 está programada para o domingo (1).

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