Tsunoda admite “desconforto” com ovais, mas cogita Indy 500 “quando mentalidade mudar”
Yuki Tsunoda aprovou a primeira experiência que teve com carro da Indy durante evento da Honda em Las Vegas, na última terça-feira (19)
Yuki Tsunoda andou pela primeira vez com um carro da Indy. O piloto da RB na Fórmula 1 teve a oportunidade de acelerar o monoposto da categoria norte-americana em uma ação da Honda, no circuito interno do oval de Las Vegas na última terça-feira (19). O japonês não descartou a possibilidade de disputar as 500 Milhas de Indianápolis no futuro, mas não é algo que pensa agora.
Tsunoda condicionou sua participação na mais longeva prova do automobilismo a alguns fatores, como uma mudança de mentalidade, que, pelo o que foi indicado, passa por uma amadurecimento da ideia. A isso, estaria atrelado argumentos que comumente são ouvidos quando se fala em corridas em circuitos ovais: alta velocidade e longa duração da prova.
A história de pilotos japoneses ligados a Honda na Indy tem Takuma Sato como principal figura notória. O veterano tem duas vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis e segue na categoria, mesmo aos 47 anos. Atualmente, disputa somente a Indy 500.
“Se tiver a oportunidade e sentir que é o momento certo, com certeza adoraria fazer isso. Gosto muito dos Estados Unidos, então, não me importaria em morar aqui”, declarou Tsunoda.
“Mas sinto que ainda não é a hora certa. Não me imagino pilotando por mais de 2h, a mais de 200 milhas [320 km/h] e poucos por hora em todas as voltas. Isso é assustador. Não sei, agora, não estou almejando nada na Indy, mas por que não no futuro?”, prosseguiu Tsunoda.
“Não é medo, mas não me sinto confortável em pilotar em um oval. Respeito muito os pilotos que conseguem andar por mais de 2h, fazendo isso em um círculo e tão perto do muro. Se houver um acidente, pode ser muito forte. Então, nesse momento, não consigo me ver fazendo isso. Não estou pensando em correr em ovais”, continuou.
Deixando a possibilidade de disputar a Indy 500 para o futuro, Tsunoda gostou de ter andado com o carro da Indy, mesmo traçado interno do Las Vegas Motor Speedway, na versão de 1,3 milhas [cerca de 2,10 km] de extensão.
“As 500 Milhas de Indianápolis são uma competição incrível, e a maioria dos pilotos sonha em participar, mas, agora, não é meu foco. Quando começar a envelhecer e minha mentalidade mudar, talvez eu tente. Tomara que bebendo leite no final da corrida”, comentou Tsunoda.
“A sensação ao pilotar é um pouco parecida com a do kart, você tem mais liberdade para brincar. Os carros de Fórmula 1 são controlados por sistemas e eletrônica, mas o carro que pilotei parece mais direto. Por isso, você ainda precisa controlar mais e também a traseira escapando. É uma sensação muito boa, especialmente porque você pode deixar o carro escapar um pouco. Na reta, me senti confortável e consegui acelerar um pouco mais”, encerrou.
Enquanto a Indy só retorna no dia 2 de março, com o GP de St. Pete, o GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP de Las Vegas, na Las Vegas Strip, e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Depois das atividades de cada dia, debate tudo o que aconteceu no Briefing. Na noite de quinta-feira (21), às 23h30 (de Brasília, GMT-3), acontece o treino livre 1. Depois, na madrugada de sexta-feira (22), às 3h, os pilotos realizam a segunda sessão. Ainda na noite de sexta-feira, retornam para o terceiro treino livre, às 23h30. Em seguida, na madrugada de sábado (23), disputam a classificação. Por fim, a largada da corrida em Las Vegas será no domingo (24), às 3h.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ LEIA TAMBÉM: 11 homens (quase isso) e um segredo: Las Vegas se prepara para definir rumos da F1 2024