Piloto argentino de 9 anos é internado em estado grave após acidente no Superbike Brasil
Lorenzo Somaschini, de apenas 9 anos, sofreu forte acidente em preparação para a Jr Cup, categoria que faz parte do Superbike Brasil, em Interlagos. Depois, foi levado para UTI de hospital em São Paulo
O jovem piloto argentino Lorenzo Somaschini, de apenas 9 anos, foi internado na Unidade de Tratamento Intesivo (UTI) do Hospital Albert Einstein após sofrer grave acidente na 4ª etapa do Superbike Brasil, em Interlagos, na cidade de São Paulo.
A promessa argentina, nascida em Rosário, participava da Honda Jr Cup, categoria para crianças de 8 a 16 anos, que visa desenvolver pilotos para demais classes do Superbike Brasil e também outros campeonatos ao redor do mundo. Na sexta-feira (14), porém, sofreu forte queda na saída do Pinheirinho, em Interlagos.
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Atendido pela equipe médica, foi retirado de ambulância para a sala de emergência do circuito, onde teve o quadro clínico estabilizado. Depois, foi levado ao Hospital Geral da Pedreira, passando uma noite antes de ser transportado para o Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo.
De acordo com o último comunicado divulgado, neste domingo (16), Somaschini segue internado em estado grave na UTI e as condições seguiram estáveis durante a noite no hospital. A nota ainda faz questão de ressaltar que os médicos ainda “aguardam uma melhora na situação” e desmente notícias falsas sobre o falecimento do piloto que foram divulgadas nas redes sociais.

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Também em comunicado, a organização do Superbike Brasil afirmou que “está prestando total assistência ao piloto e à família”. A categoria ainda destaca que as motos utilizadas na Jr Cup são “adequadas ao tamanho de cada criança” e que todo piloto recebe “instruções e respaldo da organização”.
Superbike Brasil coleciona acidentes e polêmicas
O SuperBike Brasil anunciou novas medidas para aumentar a segurança nas corridas após dois pilotos perderem a vida em curto espaço de tempo. Entre os pontos em que a categoria focou estavam a preparação adequada dos pilotos, bem como mudanças na proteção utilizada em cada uma das pistas.
As medidas foram tomadas como resposta aos acidentes fatais que aconteceram na Superbike Brasil. Em 2019 foram dois pilotos que morreram durante corridas da categoria, um deles Maurício Paludete, o ‘Linguiça’, e o outro é Danilo Berto, ambos em Interlagos. No ano seguinte, Matheus Barbosa também perdeu a vida no circuito paulista. Desde 2015, são seis as mortes: cinco em Interlagos e uma em Goiânia.
Além do número elevado de acidentes fatais na categoria, o SuperBike Brasil também já se envolveu em outras polêmicas. Em janeiro de 2020, o GRANDE PRÊMIO revelou que o campeonato usou documentos falsificados no julgamento de um protesto da equipe de Alex Barros contra a Honda usada por Eric Granado no ano passado.
Na ação, o time de Barros questionava o motor da CBR 1000 RR Fireblade. O motor foi, então, analisado pelo SENAI, mas apesar de o resultado apontar divergências no peso das bielas, a CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) concluiu que não se tratava de uma irregularidade.
A equipe de Alex, então, recorreu ao STJD, onde foram anexados documentos supostamente elaborados pelo SENAI e pela FIM. Nenhuma das entidades, porém, reconhece a produção dos documentos.

