2014 vê consolidação da Moto3 como classe do espetáculo, mas mostra que Moto2 sente falta dos antigos astros

Enquanto a Moto3 promoveu um espetáculo em 18 atos, a Moto2 mostrou que, apesar do brilhantismo de Tito Rabat, ainda sente falta dos duelos protagonizados por Marc Márquez, Pol Espargaró e Scott Redding

O Mundial de Motovelocidade passou por uma grande mudança nos últimos anos e 2014 está aí para provar que a substituição das 125cc pela Moto3 foi um grande acerto. 
 
Além de ser uma bela escola para os pilotos que dão seus primeiros passos no Mundial, a Moto3 também é um exemplo de competitividade e espetáculo. Não foi incomum que, ao longo do ano, os fãs ficassem com a impressão de que é na categoria inicial que estão os pilotos de verdade.
Moto3 viveu um ano espetacular em 2014 (Foto: Repsol)
Como próprio da idade, os pilotos muitas vezes fazem bobagem — como a troca de sopapos entre Scott Deroue e Bryan Schouten na grama de Sachsenring —, mas ímpeto que demonstram na pista também ajuda na promoção do espetáculo. 
 
A disputa pelo título foi bastante acirrada, mas pilotos como Romano Fenati e Álex Rins acabaram ficando pelo caminho. Na última etapa da temporada, Jack Miller e Álex Márquez protagonizaram o duelo final, com o espanhol se mostrando o mais esperto na hora de apertar o gatilho. 
 
Falastrão, Miller tentou apelar para os nervos de Márquez para retomar o comando do Mundial, mas o mais novo dos irmãos de Cervera soube se controlar. Mesmo vendo o australiano lhe responsabilizar pelos atos do irmão mais velho, Álex preferiu partir para uma disputa limpa, sem apelar para uma excessiva — e por vezes necessária — agressividade. 
 
Na batalha final, o pelotão da KTM se reuniu mais uma vez para ajudar Miller, mas Márquez também pôde contar com o apoio de seus companheiros de Honda sempre que foi preciso.
 
Jack ficou com a vitória em Valência, mas o terceiro posto de Márquez foi o suficiente para selar o título em favor do #12. Agora campeão, Álex deixa para trás o rótulo de ‘irmãozinho’ e sobe para a Moto2 com chances de mais uma vez mostrar que não garantiu seu espaço no Mundial por conta de Marc.
 
Falando na classe intermediária, Tito Rabat deu um show em 2014. Mas, por vezes, um show solo.
 
Mika Kallio se mostrou combativo no início da temporada e em condições de lutar pelo título, mas, como diz o dito popular, Rabat estava em chamas. 
Tito Rabat e Marc VDS tiveram uma temporada praticamente irretocável (Foto: Marc VDS)
Estreando na divisão intermediária, Maverick Viñales protagonizou bons momentos no campeonato, mas o fato é que a Moto2 perdeu o brilho de outrora. 
 
Apesar do equipamento praticamente idêntico utilizado na Moto2, os demais pilotos e equipes pouco puderam fazer para parar Rabat e sua afiada Marc VDS. 
 
A Moto2 aparenta sentir falta de Marc Márquez, Pol Espargaró e Scott Redding, pilotos que tinham condições de brigar em condições de igualdade, mas que foram promovidos à divisão principal.
 
Embora a permanência de Rabat na Moto2 possa sinalizar o reinício do domínio, o espanhol mostrou em 2014 que trabalho e empenho conseguem igualar talento ‘in natura’.
 
Tito certamente não nasceu com um talento do tamanho do amigo Marc, mas soube trabalhar, ano após ano, para compensar suas deficiências. Agora, além de ser o primeiro piloto a defender seu título na Moto2, o espanhol terá o papel de auxiliar Álex Márquez em seus primeiros passos na divisão.
 
Com mudanças mínimas — e basicamente desnecessárias — no regulamento, a esperança de um futuro melhor para a Moto2 reside na capacidade dos rivais em encarar Rabat. 2015 promete.
EM ANO DE MÁRQUEZ, MOTOGP FOGE DA MONOTONIA COM RENASCIMENTO DE ROSSI

Depois de surpreender o mundo do esporte com uma estreia espetacular, Marc Márquez voltou mais forte em 2014 e estendeu seu domínio na MotoGP. Mesmo com renascimento de Valentino Rossi e recuperação de Jorge Lorenzo, o piloto da Honda venceu as dez primeiras provas do ano — 13 no total —, mas não tornou o Mundial monótono.

Leia a RETROSPECTIVA MOTOGP 2014 no GRANDE PRÊMIO.

EM ANO DE DOMÍNIO DA PENSKE, POWER ENFIM GARANTE TÍTULO DA INDY 

A temporada 2014 da Indy teve emoção até o fim. Em ano dominado pela Penske, Simon Pagenaud foi o único a se meter na disputa entre os companheiros de equipe e brigou pelo caneco até a prova final em Fontana. Will Power foi o grande campeão, deixando Helio Castroneves com o vice pela quarta vez na carreira.

Leia a RETROSPECTIVA INDY 2014 no GRANDE PRÊMIO.

ENFIM, O ANO DA CONSAGRAÇÃO

A REVISTA WARM UP acompanhou de perto e traz todos os detalhes de como Rubens Barrichello viveu o fim de semana que voltou a lhe proporcionar o grito de ‘é campeão’: os erros e os acertos, o peso e o alívio, o filho que pergunta e antevê o título. "Já se sente campeão?", disse, na manhã da corrida decisiva. E o pai que sorri

Leia a reportagem completa na REVISTA WARM UP.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.