5 coisas que aprendemos no GP da Argentina, 2ª etapa da MotoGP 2025
Da vitória de Marc Márquez ao primeiro pódio de Franco Morbidelli em quatro anos, o GP da Argentina juntou histórias interessantes enquanto busca se manter no calendário da MotoGP. O GRANDE PRÊMIO separou cinco pontos de destaque da segunda etapa da temporada 2025
A MotoGP realizou, neste domingo (16), o GP da Argentina. A segunda etapa da temporada 2025 foi cercada de expectativa por conta da possibilidade de chuva, mas viu novamente a família Márquez dominar as ações. No fim, melhor para Marc Márquez, que superou o irmão Álex nas últimas voltas e venceu mais uma vez no atual campeonato, abrindo confortável vantagem na luta pelo título.
Assim como na Tailândia, Marc ficou boa parte da prova atrás do irmão, dessa vez por conta de um erro cometido nas primeiras voltas. A cinco giros para o final, atacou e disparou, vencendo com 1s6 de vantagem.
Franco Morbidelli fechou o pódio na terceira colocação, quebrando quatro anos de jejum na MotoGP. Francesco Bagnaia foi apenas o quarto colocando, ficando fora do top-3 pela primeira vez no ano, com Fabio Di Giannantonio completando a lista dos cinco melhores após superar Johann Zarco na última volta.
O GRANDE PRÊMIO separou cinco coisas que aprendemos no GP da Argentina, segunda etapa da MotoGP 2025:

Marc Márquez completa fim de semana perfeito e vira grande alvo
Marc Márquez mais uma vez não deu chances para a concorrência na MotoGP 2025, desta vez com requintes de crueldade. O espanhol da Ducati liderou todas as sessões, quebrou o recorde da pista na classificação, dominou a sprint e conquistou também a prova principal — apesar do erro que o obrigou a reagir nas voltas finais. De quebra, venceu pela 90ª vez no Mundial de Motovelocidade, igualando o feito de Ángel Nieto. Agora, está apenas atrás de Valentino Rossi e Giacomo Agostini, que venceram 115 e 122 vezes no certame, respectivamente.
Álex Márquez bate na trave de novo, mas mostra sinais positivos
Álex Márquez completou o GP da Argentina na segunda colocação, exatamente a mesma posição do dia anterior e que já tinha obtido nas duas corridas da Tailândia. E assim como na abertura, liderou boa parte da prova principal, mas foi superado nos giros finais. A primeira vitória na MotoGP ainda não chegou, mas parece cada vez mais próxima e o ritmo obtido neste começo de ano dá ânimo para o irmão mais novo da vencedora família. Resta, porém, aproveitar as oportunidades quando elas aparecem, sem medo de encarar Marc.

Morbidelli cresce na VR46 e vira outro fantasma na vida de Bagnaia
Franco Morbidelli foi um dos grandes destaques da MotoGP na Argentina. Depois dos problemas na Tailândia, que o obrigaram a largar no meio do pelotão e o tiraram da briga pela vitória, foi competitivo em Termas de Río Hondo. Após longos quatro anos de lesões e motos ruins, voltou ao pódio e fez uma merecida festa no circuito argentino.
O crescimento do ítalo-brasileiro ainda representa mais uma ameaça a Francesco Bagnaia. O piloto da Ducati começou o ano como um favoritos ao título, mas não se encontrou com a Desmosedici GP25 e tem feito corridas ruins. Na Argentina, ficou em quarto e levou sufoco até mesmo de Johann Zarco em uma Honda que busca reconstrução na MotoGP.
Honda mostra sinais positivos e Aprilia agoniza na Argentina
A Honda finalmente voltou a ser competitiva na MotoGP. É bem verdade que está longe de ser aquela marca que empilhou vitórias e títulos nas décadas passadas, mas mostrou um grande alívio com o desempenho exibido na Argentina. E não foi apenas com Johann Zarco, que largou na primeira fila e deu canseira em Bagnaia antes de finalizar a prova em sexto. Joan Mir e Luca Marini também apareceram bem e garantiram importantes pontos.
Por outro lado, a Aprilia sequer foi notada em Termas de Río Hondo. Marco Bezzecchi até tentou fazer o melhor possível nos treinos, mas ficou apagado na sprint e caiu logo na largada da prova principal. Lorenzo Savadori, que substituiu Jorge Martín, nem correu neste domingo por dores no ombro. Ou seja, equipe zerada e mais dores de cabeça em Noale.

Termas de Río Hondo é ótima pista e merece ficar na MotoGP
O contrato de Termas de Río Hondo com a MotoGP vai apenas até 2025 e não foi renovado para os próximos anos. Em 2024, vale lembrar, a prova não aconteceu na Argentina por problemas financeiros no país vizinho e o caminho mais óbvio para a próxima temporada deve ser nova ausência, especialmente com a entrada de Goiânia no calendário e a reforma no circuito da capital Buenos Aires.
O fato é que a pista argentina é muito, muito boa, e entrega corridas interessantes. Com variações de curvas, retas e até mesmo subidas e descidas, entregou entretenimento com as três classes do Mundial de Motovelocidade. Uma pena se não voltar no futuro e ficar esquecida em distantes memórias.
A MotoGP volta a acelerar entre 28 e 30 de março, com o GP das Américas, em Austin, nos Estados Unidos, para a terceira etapa da temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

