Ogura diz que título era “grande objetivo” da carreira: “Não importava chegar na MotoGP”

Ai Ogura afirmou que o grande sonho dele era alcançar um título mundial, independente da categoria. Japonês frisou que nunca teve como objetivo ir para a MotoGP, mas agora tem certeza de que está pronto para a classe rainha do Mundial de Motovelocidade

Ai Ogura é mesmo um piloto peculiar. Logo após conquistar o título de 2024 da Moto2, o piloto da MSi revelou que o grande objetivo da carreira era chegar ao topo do mundo, independente da categoria, e contou que nunca teve como sonho alcançar a MotoGP.

No domingo (27), Ogura aproveitou o segundo match-point e garantiu o título da Moto2 com duas rodadas de antecedência, encerrando um longo jejum de títulos de pilotos vindos do Japão.

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“O grande objetivo da minha carreira era conquistar um título mundial. Não importava se era da Moto3, da Moto2 ou da MotoGP”, disse Ogura. “Depois de perder dois campeonatos, um na Moto3, em 2020, e um na Moto2, em 2022, tudo que sonhava era com esse título. Não me importava se um dia eu me tornaria um piloto de MotoGP ou não. Eu só queria um título mundial. Finalmente consegui. E agora sinto que estou pronto para ir para a MotoGP”, comentou.

Apesar das ligações com a Honda durante toda a carreira, Ogura surpreendeu ao assinar com a Trackhouse e vai saltar para a classe rainha no ano que vem com a equipe satélite da Aprilia.

Ai Ogura conquistou o título da Moto2 no GP da Tailândia (Foto: MSi)

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Mas, mesmo com o sonho realizado e o passaporte carimbado, Ai não tira os pés do chão e mantém as expectativas baixas.

“Sei como sou. Quando eu era mais jovem, não era o mais rápido. Sentia que não era muito talentoso, mas sabia que, trabalhando duro, poderia conseguir”, contou. “Por isso que nunca pensei em coisas como ser cinco vezes campeão da MotoGP. Seria muito legal se acontecesse, mas sei que as chances são muito pequenas. Então sonhava em ser número 1 do mundo uma vez, mesmo que por um único ano, poder conquistar o título. Foi só nisso que pensei na minha carreira”, frisou.

Ogura reconhece, também, que 2024 não começou muito bem. Na visão do japonês, Sergio García, companheiro de MSi teve um início de temporada mais forte.

O espanhol liderou parte da temporada, mas, depois de não conseguir vaga para subir para a MotoGP em 2025, sentiu o abalo e não mais conseguiu performar no mesmo nível.

“Não comecei bem este ano. Nas primeiras corridas, estava fazendo sextos ou sétimos. García tinha muito mais pontos do que eu. Não era um grande momento, mas não estava preocupado com o campeonato. Quando estava terminando naquelas posições, sabia qual era meu potencial. Sabia que trabalhando da maneira certa, poderia vencer corridas e subir no pódio toda semana. Comecei a provar isso vencendo na Catalunha. Tudo estava correndo bem, mas aí tive uma fratura na Áustria e pensei: ‘De novo, não!’. Achei que estava tudo acabado”, assumiu. “Vencer em Misano foi ótimo. Ainda sentia dor, mas mesmo assim venci a corrida, o que deu ainda mais motivação para toda a equipe. Nesta última parte da temporada, estivemos muitas vezes no pódio. Não foi um ano perfeito, mas foi muito bom”, encerrou.

MotoGP volta já neste fim de semana com o GP da Malásia, em Sepang, penúltima etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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