Após críticas, chefe da Bridgestone defende escolha de pneus para etapa de Assen: “Funcionou bem para todo mundo”

Engenheiro-chefe do Departamento de Desenvolvimento de Pneus de Motocicletas da Bridgestone, Masao Azuma defendeu a alocação de pneus do GP da Holanda e destacou que foi um fim de semana de quebra de recordes em Assen

A escolha de pneus para o GP da Holanda de MotoGP causou polêmica no último semana. Para a etapa de Assen, a Bridgestone decidiu levar um tipo mais duro de compostos, que não eram usados desde o GP da França no ano passado.
 
Até aqui, a fábrica japonesa estava usando uma borracha mais macia no limite do pneu, mas não pôde fazer isso em Assen por conta do layout.
Jorge Lorenzo reclamou bastante dos pneus escolhidos para a etapa de Assen (Foto: Yamaha)
A opção da fabricante deixou muitos pilotos contrariados, especialmente Jorge Lorenzo, que nunca se entendeu com essa borracha.
 
“Não sei o motivo real desta decisão da Bridgestone de trazer para cá esses pneus que não estavam trazendo”, disse Lorenzo após o primeiro dia de treinos em Assen. “Conseguiram uma boa solução que era fazer os perfis mais macios, mas aqui não trouxeram e pode ser que tampouco levem para a Alemanha”, continuou.
 
 “Não sei o motivo e, sinceramente, sempre que o trazem, eu tenho alguma dificuldade”, reconheceu.
 
A Bridgestone, entretanto, defendeu a alocação de pneus e ressaltou que o layout da Catedral exige uma borracha diferente.
 
“Foi um fim de semana muito positivo para nós, não só para pelo ritmo bastante rápido mostrado pelos pilotos, mas nós também tivemos relativamente poucos incidentes e a nossa alocação de pneus funcionou bem para todo mundo”, avaliou Masao Azuma, engenheiro-chefe do Departamento de Desenvolvimento de Pneus de Motocicletas da Bridgestone. “Em Assen, é importante ter uma alocação de pneus traseiros que possa resistir às altas temperaturas e cargas, e, ainda assim, fornecer aderência suficiente e consistência para os pilotos. E, nesse sentido, acho que conseguimos”, ponderou. 
 
“Assen pode ter uma vasta gama de temperaturas de pista entre as sessões da manhã e da tarde, e a nossa alocação de pneus dianteiros deu opções o bastante para os pilotos lidarem com essa mudança confortavelmente”, ressaltou. “Foi um fim de semana de quebras de recordes em Assen, um circuito que é desafiador para o desenvolvimento de pneus, então estou feliz com a nossa performance”, continuou.
 
Ainda, Azuma justificou a opção por um pneu de construção diferente daquele que vinha sendo usado nas primeiras sete provas da temporada 2015.
 
“Em muitos circuitos nós oferecemos traseiros slicks que tem uma construção diferente no limite do pneu para melhorar a aderência, mas a severidade do circuito de Assen significa que não podemos oferecer essa especificação de traseiro slicks no GP da Holanda”, explicou. “Ao invés disso, nós oferecemos uma alocação de pneus com compostos que oferecem o melhor equilíbrio de aderência, durabilidade e resistência ao calor”, falou. 
 
“Nós não só vimos um ritmo recorde ao longo de todo o fim de semana em Assen, como também não tivemos um desgaste anormal dos nossos pneus, então parece que a nossa escolha se adaptou bem as condições que tivemos em Assen no último fim de semana”, concluiu. 
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