Assen testemunha outro renascimento de Rossi, e MotoGP vê disputa ainda mais apertada após abandono de Viñales

Palco do primeiro triunfo pós-Ducati, Assen novamente viu Valentino Rossi renascer. Mais satisfeito com a performance da YZR-M1, o #46 fez as pazes com a vitória e ajudou a colocar mais tempero em um campeonato já apimentado. Maverick Viñales, por sua vez, falhou justamente quando não podia — e não devia

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Palco do primeiro triunfo pós-Ducati, Assen voltou a testemunhar um renascimento de Valentino Rossi. Neste domingo (25), o #46 conseguiu resistir à pressão de Danilo Petrucci nas voltas finais e encerrou um jejum de vitórias que já durava pouco mais de um ano.
 
Em 2013, quando retornou à Yamaha após dois anos de resultados ruins na Ducati, Rossi voltou à amada YZR-M1 tentando entender se ainda era competitivo o bastante para seguir na MotoGP. Agora, o piloto de Tavullia precisava vencer para entrar de vez na briga pelo título. E assim o fez.
 
Depois de uma pré-temporada difícil e de um início irregular de temporada, Rossi exibiu em Assen sua melhor forma. Com um novo chassi desenvolvido pela Yamaha, o #46 conseguiu reencontrar sua competitividade e fez uma corrida impecável na Catedral.
Valentino Rossi encerrou um jejum de mais de um ano sem vencer (Foto: Yamaha)
“Estou muito contente por muitos motivos, mas, principalmente, estou feliz por ter voltado a ganhar. Sinceramente, eu corro e trabalho durante o ano todo para isso, para vencer”, declarou. “Também estou muito contente porque é a minha décima vitória em Assen, assim como Barcelona, onde também ganhei dez vezes. E também porque era uma vitória importante para o campeonato e agora estamos mais perto do primeiro”, seguiu.
 

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“Mas, especialmente, estou contente porque voltei a ter sensações muito boas com a moto. Mudamos algumas pequenas coisas e pude ser novamente forte. Me diverti muito”, ressaltou.
 
Apesar da recuperação, Rossi sabe que terá dificuldades nas corridas restantes do Mundial.
 
“Foi um início de temporada difícil, especialmente porque não fui capaz de pilotar em nenhum momento do jeito que gosto, mas agora estou contente”, garantiu. “Mas agora tem tantas motos que são fortes, principalmente, tantos pilotos que são rápidos, que o campeonato agora é muito difícil”, ressaltou.
 
Mesmo satisfeito com o novo chassi, Valentino sabe que tem de ter cuidado no próximo fim de semana, no GP da Alemanha, porque ainda conta com uma única peça dessa novidade.
 
“Não temos o segundo chassi preparado, só temos um, então na próxima corrida, na Alemanha, teremos de fazer como aqui: um chassi em cada moto. O importante é ter pelo menos um”, comentou. “Tenho de ficar contente, mas não muito, porque vimos que de uma semana para a outra o filme todo pode mudar. Temos de ver o que vai acontecer em Sachsenring, uma pista onde as Honda são muito fortes e na qual Márquez tem 30 ou 35 anos ganhando…”, brincou. 
 
“Ali vai ser importante entender se este novo chassi, que me permite pilotar a moto mais do jeito que eu gosto, vai bem também em uma pista mais difícil, porque não podemos esquecer que Assen é uma das minhas pistas favoritas”, alertou.
 
Que temporada!
 
Não foi só com Rossi que a Catedral operou sua mágica. Neste domingo, um abandono de Maverick Viñales mudou o cenário da temporada. Antes líder, o espanhol caiu para a segunda colocação, agora quatro pontos atrás de Andrea Dovizioso. O multicampeão da Yamaha retomou o terceiro posto, com Marc Márquez fechando um top-4 separado por apenas 11 pontos.
 
Além de quatro pilotos muito próximos na briga pelo título, também chama a atenção a presença de três marcas. Nos últimos anos, Honda e Yamaha polarizaram a disputa.
Andrea Dovizioso é o novo líder da MotoGP (Foto: Ducati)
“É incrível e não me lembro de um campeonato tão aberto quanto este”, falou Rossi, que neste domingo atingiu a marca de 20 anos e 313 dias vencendo no Mundial de Motovelocidade. “Talvez quando briguei com [Casey] Stoner e [Jorge] Lorenzo, quando éramos duas Yamaha e uma Ducati, mas agora tem uma Ducati, duas Yamaha e uma Honda. O campeonato está extraordinário”, exaltou. 
 
“Já estava antes desta corrida, tudo pode acontecer com quatro pilotos em 28 pontos, mas agora ainda mais”, frisou. 
 

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Terceiro na corrida deste fim de semana, Márquez lembrou que o campeonato ainda é bastante longo e tudo pode acontecer.
 
“Este campeonato é muito longo. Nós não chegamos nem na metade e olha o que aconteceu”, apontou. “Agora parece que, ao invés de cinco, somos quatro, mas vamos ver. É um campeonato muito aberto. Há três corridas eu estava 35 pontos atrás, e muitos o viam como perdido. Mas, no final, eu não dou nada por perdido até que esteja matematicamente decidido”, frisou.
 
Rei dos reveses
 
Depois de uma pré-temporada espetacular, Viñales abriu o ano como claro favorito, mas, passadas as oito primeiras etapas, não vem mostrando muita regularidade em suas performances.
 
E, pior, assim como fez muitas outras vezes ao longo do fim de semana, o #25 não consegue encontrar a razão para os percalços que tem enfrentado.
 
“Foi a queda mais estranha de toda minha vida. A moto fez um movimento estranho que não tinha feito ao longo de todo o fim de semana. É muito estranho, porque nunca tinha caído tanto”, comentou Maverick, que já caiu cinco vezes em 2017, o mesmo número de tombos que teve em todo o ano passado. “Tem dias em que é preciso aprender, e o que precisamos aprender hoje é que não posso me permitir sair em 12º [11º] no grid. Isso te obriga a fazer uma corrida de sprint, sem margem para pensar”, ponderou.
 
“Uma vez que pude ultrapassar [Andrea] Iannone e [Álvaro] Bautista, pilotos que freiam muito tarde, sabia que ia chegar na frente. Depois de Montmeló e vendo como estava sexta-feira, esperava ganhar. Tinha ritmo para isso”, reconheceu. 
 
Maverick, porém, quis aproveitar a chance para agradecer Dovizioso, que conseguiu evitar o choque contra o espanhol no momento da queda de Maverick.
Viñales sofreu uma queda durante o GP da Holanda (Foto: Reprodução)
“Quero agradecer a Andrea, que conseguiu me evitar, porque, do contrário, agora eu estaria lesionado e, no melhor cenário, não poderia correr em Sachsenring”, falou.
 
O novo contratempo de Viñales já começou a levantar dúvidas sobre a performance dele. Companheiro de Yamaha, Rossi avaliou que é sempre complicado lidar com condições adversas.
 
“Isso é difícil para todo mundo, inclusive para alguém que tem um talento incrível como o de Viñales, porque às vezes ele tem uma velocidade que é surpreendente para os demais, mas depois tem de fazer isso na corrida, onde acontecem muitas coisas e para a qual você se classificou mal por azar. Pode ser esse um ponto fraco dele, e poderemos lutar contra ele”, opinou.
 
Triunfo da prudência
 

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Márquez não é mais aquele piloto ‘tudo ou nada’ de outrora. Ciente das limitações da RC213V, o #93 entendeu que nem sempre é possível vencer, mas é importante ser presença constante no pódio, mais ainda com os dois abandonos que já registrou no ano.
 
“Eu estava atrás de [Johann] Zarco e Rossi. Arrisquei muito, mas quando Valentino me passou, eu estava bem cômodo atrás até que apareceu a chuva. Vi que Viñales estava fora da corrida. Podia arriscar e apostar no vermelho ou no preto, mas decidi buscar o cinza e arriscar nos momentos decisivos”, contou. “Se tivessem me dito na quinta-feira que eu sairia daqui a 11 pontos do líder, eu terei aceitado”, continuou.
 
“Já gastei duas cartas este ano e isso pesa. E, desta vez, foi um milagre na entrada da reta no início da corrida, estive perto de cair e aí decidi acalmar um pouco os nervos”, relatou. “É preciso arriscar e dar 100%. Hoje eu arrisquei muito para terminar em terceiro. O importante é estar lá o tempo todo, tanto no seco quanto no molhado”, defendeu.
 
A cara da tristeza… E da felicidade
 
Danilo Petrucci terminou o GP da Holanda com sensações contraditórias. Em grande fase, foi o italiano quem apareceu nas voltas finais para ameaçar a vitória de Rossi, mas o piloto da Pramac acredita que teve suas chances minadas nas duas voltas finais, quando encontrou Héctor Barberá e Álex Rins, os retardatários.
 
“Tivemos problemas com os retardatários. Primeiro com Barberá e, na última volta, com Rins. Quase nos tocamos e caímos, e isso me impediu de estar perto de Vale. Eu tinha preparado, nas últimas quatro voltas eu tinha tudo sob controle, sabia o ponto em que podia ultrapassá-lo e sabia que era mais rápido que ele, mas não pude chegar na reta perto o suficiente por culpa dos retardatários”, acusou Petrux. “No momento, estou com muita raiva, mas amanhã poderei entender que consegui um grande resultado e tenho outro pódio no seco. Fiz bons treinos, estava preparado e sabia que podia ganhar”, ponderou.
 
Dono de um bom coração, Petrucci admitiu que Barberá e Rins não deviam saber que estavam prestes a levar uma volta dos ponteiros, mas, mesmo assim, avisou que vai reclamar na direção de prova, já que não viu bandeiras azuis serem mostradas no circuito.
 
“Penso em apresentar uma queixa na direção de prova. Toda sexta-feira nós conversamos na Comissão de Segurança sempre sobre normas e regras para ter mais segurança e ter um esporte mais limpo, sempre falamos disso, mas na hora da verdade, nada acontece”, disparou. “Não vi nenhuma bandeira azul. Lamento por Barberá e Rins, porque agora estou com muita raiva. Certamente eles não sabiam que tinha Valentino e eu atrás, mas, com certeza, vou me queixar na direção de prova”, anunciou.
 
Primeira vez
 
Se tem alguém que saiu de Assen tão vitorioso quanto Rossi, este é Dovizioso. Vindo de duas vitórias consecutivas, a quinta posição deste domingo pode parecer um revés e tanto, mas foi suficiente para colocar Andrea no topo da classificação da MotoGP pela primeira vez na corrida.
 
“Estou muito feliz com a corrida, mas eu não conseguia me aproximar do grupo. Eu estava um pouco distante no meio da corrida e vi que Maverick estava atrás de mim, então tentei usar a linha dele por uma só volta. Eu estava atrás dele e, felizmente, quando ele caiu eu não o acertei, mas foi muito, muito próximo”, comentou. “Aquela volta foi necessária para entender onde poderia melhorar. Eu pensei por alguns segundos que eu poderia ser o líder do campeonato quando ele caiu, mas eu não conseguia acertar os números, então pensei que existia uma chance”, explicou.

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"Eu estava bastante competitivo no meio da prova e estava veloz naquele ponto, e, no final, eu fui capaz de alcançá-los. Mesmo quando começou a chover eu pude alcançar o grupo da frente, mas, com dez voltas para o fim, começou a chover forte e eu pensei no campeonato naquele ponto”, revelou. “Era importante entender se estava molhado ou não nas curvas, então não estava sob controle e decidi desacelerar um pouco”, justificou. 
 
“Quando você precisa fazer oito voltas com chuva leve, é tão fácil cometer um erro. Eu não estou feliz com a quinta colocação, eu era capaz de brigar pelo terceiro lugar e tinha velocidade, mas a briga com o Cal e Marc foi louca. Eu pensei na corrida e no campeonato e agora estamos liderando, então estou feliz. Por mim, mas, especialmente, pela equipe”, concluiu.
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