Chefe da Michelin reconhece dificuldade de Pedrosa com aquecimento de pneus, mas diz que solução “não é fácil”

Dani Pedrosa passou a temporada 2017 sofrendo para aquecer os pneus. Menor entre os pilotos da MotoGP, o espanhol de apenas 51 kg tem em seu peso um adversário para conseguir a melhor performance dos pneus.

 

Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO durante os testes da MotoGP em Valência, Piero Taramasso, reconheceu a dificuldade de Pedrosa, mas explicou que é difícil conseguir um pneu que funcione para todos.

Questionado pelo GP sobre a dificuldade de produzir um pneu que atenda Pedrosa e pilotos mais altos, como Valentino Rossi e Scott Redding, Taramasso respondeu: “Não é fácil. Nós tentamos. Às vezes o resultado é melhor do que em outras vezes”. 

 

“Nós sabemos que Dani tem dificuldade para colocar temperatura, é por isso que tentamos fazer um composto mais macio, mas o composto macio tem aguentar a corrida, então não pode ser macio demais, porque aí você não consegue fazer a distância da corrida”, explicou. “Nós tentamos trabalhar nesse sentido, respeitando as regras, tentando fazer o macio para Dani e o duro para Marc [Márquez], mas, de novo, não é fácil, também porque eles nos pedem para fazer um bom degrau entre as três soluções, então não podemos trazer três soluções muito próximas”, seguiu. 

 

“Do ponto de vista do desenvolvimento, não é fácil”, reforçou. “Agora nós temos mais experiência, então achamos que podemos fazer melhor e melhor para o futuro”, completou.

 

Atendendoo aos pedidos de equipes e pilotos, a Michelin não vai fazer grandes alterações nos pneus para 2018, apenas testando novos compostos traseiros em busca de mais aderência.