Chefe lista razões para “ano forte” da Suzuki e avisa: “Temos de conseguir um resultado ainda melhor”

Chefe da Suzuki, Davide Brivio fez uma avaliação para lá de positiva do 2018 do time de Hamamatsu. Dirigente exaltou o trabalho dos técnicos e engenheiros e considerou que a temporada foi melhor do que o esperado. Agora, o italiano foca no sonho de vencer

Depois de um 2017 difícil, a Suzuki deu a volta por cima no ano passado e agora sonha com voos mais altos. Dona de nove pódios na temporada 2018, a marca nipônica agora quer dar um passo adiante e voltar a vencer, algo que não consegue desde 2016, quando Maverick Viñales subiu ao topo do pódio do GP da Grã-Bretanha.
 
Fazendo um balanço da temporada, Davide Brivio afirmou que não tinha traçado uma meta numérica para a temporada, mas tinha como objetivo perder as concessões, recuperadas após um 2017 ruim.
 
“Pessoalmente, eu quase nunca traço objetivos claros em termos numéricos ― quando começamos a temporada, eu não penso na posição final ou em quantos pódios vamos conseguir”, contou o chefe do time. “Desnecessário dizer que o objetivo final, e a razão pela qual estamos aqui, é tentar vencer o Mundial. Tudo que acontece antes de atingir esse objetivo é simplesmente outro passo em direção a ele”, seguiu. 
Feliz com 2018, Davide Brivio espera que a vitória da Suzuki chegue em curto prazo (Foto: Suzuki)
“Conquistar o título é algo muito, muito difícil de conseguir, então o nosso principal objetivo era perder as concessões o mais cedo possível, o que significa somar seis pontos (dois por cada segundo lugar e um pelo terceiro) e perder as concessões bem cedo na temporada. Então devo dizer que 2018 foi melhor que o esperado”, avaliou. “No início, eu jamais teria imaginado esse desfecho: nove pódios, quatro vezes em segundo, e pelo menos um par de corridas muito próximos da vitória. O crescimento rápido de Álex Rins, especialmente no fim da temporada, quando ele se tornou muito consistente e rápido, também foi ótimo de testemunhar. Estou muito feliz”, comentou.
 
Questionado sobre de onde vieram esses resultados positivos, Brivio respondeu: “Do ponto de vista técnico, desde o inverno passado nós pudemos contar com uma moto melhor. Nós melhoramos alguns pontos fracos que encontramos em 2017. Eu quero dizer obrigado aos engenheiros no Japão por isso, eles fizeram um bom trabalho durante o inverno que, no fim, no fez ter um pacote melhor disponível”. 
 
“A segunda razão foram os pilotos: não há dúvidas de que Álex Rins melhorou impressionantemente ao logo da temporada e a melhora de performance dele também iniciou uma grande e respeitosa rivalidade entre ele e Andrea Iannone, que eu acredito que foi positiva para ambos, já que eles pressionaram um ao outro”, ponderou. “Por último, mas não menos importante, todo o time que trabalha na garagem e viajando juntos ao longo de toda a temporada. Nós já tínhamos provado que éramos uma equipe forte no ano anterior ― e nós ficamos juntos apesar da temporada difícil que tivemos em 2017. No fim, saímos mais fortes e conseguimos dar o nosso máximo. Os mecânicos, engenheiros e técnicos trabalharam muito bem, fizemos o melhor com o material que tivemos a nossa disposição”, sublinhou.
 
“Graças a todos esses diferentes aspectos, nós conseguimos uma temporada forte. Foi um verdadeiro trabalho de equipe em seu melhor. Acho que foi uma coisa extraordinária e eu quero chamar atenção para isso”, afirmou Davide.
 
Mesmo feliz com o desempenho, Brivio reconheceu que os feitos de 2018 aumentam a pressão na Suzuki. Mas isso não é algo que o preocupa.
 
“Não há dúvidas de que os nove pódios nos dão uma ótima sensação, mas eles também colocam pressão nos ombros, porque agora nós temos de melhorar ainda mais. Esses nove pódios representam um recorde para a Suzuki na era da MotoGP, então agora nós temos a pressão de bater essa marca”, declarou. “Mas é correto que exista pressão, porque este é o esporte, as corridas são assim e com o que nós temos de lidar. Portanto, ainda não sei como, mas temos de conseguir um resultado ainda melhor e faremos tudo que pudermos para atingir isso. O primeiro e maior sonho que temos é vencer uma corrida. Nós ficamos em segundo lugar quatro vezes, três delas com Álex, portanto seria uma evolução natural para ele tentar vencer. E esse vai ser o nosso objetivo. Tomara que em curto prazo”, torceu.
 
Perguntado sobre a contribuição de Sylvain Guintoli e da equipe de testes, Brivio respondeu: “Nós realmente apreciamos o trabalho feito por Sylvain e toda a equipe de testes, porque eles tiveram a chance de testar alguns itens muito mais detalhadamente e nos deram o melhor”.
 
“Também, os itens que foram testados em Valência e Jerez já tinham sido testados e escolhidos por Sylvain, então era a vez dos pilotos de fábrica. Sylvain tem muita experiência e é muito sensível com as mudanças na moto. Os comentários dele são sempre precisos, o que é muito apreciado pelos engenheiros”, indicou. “Vamos continuar trabalhando com ele neste ano, porque 2018 foi nosso primeiro ano com um time de testes e começamos a desenvolver essa abordagem. Agora nós estamos prontos para dar outro passo e facilitar o trabalho deles, mas também de forma mais eficiente e produtiva para nós”, concluiu.
 
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