Coluna Wild Card, por Juliana Tesser: Que surpresa!

A Honda anunciou na manhã desta quarta-feira (14) que renovou o contrato de Marc Márquez até 2016. Uma surpresa, não?!

Uma das peças do quebra-cabeça do Mundial de 2015 foi encaixada na manhã desta quarta-feira (14) com o anúncio da Honda sobre a renovação do contrato de Marc Márquez. Não que alguém esperasse algo diferente.
 
Manter o piloto de Cervera – campeão em sua primeira tentativa e líder absoluto em 2014 – era uma das metas da Honda e a marca nipônica não tardou em costurar o acordo, claro.
 
Com o lugar de Márquez assegurado, resta saber o que será feito com as três posições restantes na ponta – uma vaga na Honda e duas na Yamaha –, já que os contratos de Dani Pedrosa, Jorge Lorenzo e Valentino Rossi também expiram no fim deste ano.
Marc Márquez vai seguir fazendo a alegria da Honda até 2016 (Foto: Repsol)
Na casa de Iwata, a situação parece bastante clara. Não há nenhum motivo para que os japoneses queiram trocar de dupla. O título não veio em 2013, mas muito mais por um déficit da M1 do que por incapacidade de seus pilotos.
 
Apesar do início difícil de temporada, Lorenzo segue sendo um dos melhores do grid e só vai deixar a marca dos três diapasões se receber uma boa proposta da Honda. Mas essa oferta vai chegar? A HRC vai arriscar colocar Marc e Jorge lado a lado?
 
Em relação a Valentino, a coisa é mais tranquila. Por opção, Rossi não vai a lugar nenhum. E a Yamaha também não teria um grande benefício escolhendo outro piloto. 
 
O multicampeão deu um passo à frente em relação ao desempenho apresentado no ano passado e segue sendo um astro quando se trata de marketing. É só ver a lista de patrocinadores anunciados pela Yamaha desde o retorno dele ao time.
 
A situação de Pedrosa parece ser a mais difícil, mas eu me arriscaria a dizer que ele também não vai a lugar algum. É fato que Dani ainda não conquistou o título apesar da longa trajetória na equipe de fábrica, mas isso não faz dele um piloto ruim.
 
Pedrosa é uma peça importante no desenvolvimento da RC213V e nos Mundiais de Construtores e Equipes. Pode até ser que ele nunca conquiste o título da MotoGP, mas que piloto pode exercer melhor essa função?
 
A Honda tem em sua lista de pilotos nomes como Stefan Bradl, Álvaro Bautista e Scott Redding. Desses, o último me parece uma opção mais real, até porque existe uma cláusula em seu contrato que lhe garante um protótipo em 2015. Isso, claro, dependendo de seu desempenho com a ainda decepcionante RCV1000R.
 
Mas isso não significa que a Honda vá colocá-lo no time oficial. Ele pode permanecer na Gresini e ficar com a moto de Bautista. Ou ir para a LCR. 
 
Álvaro está em seu terceiro ano com o time de Fausto Gresini e assegurou sua permanência na escuderia ao concordar em seguir desenvolvendo os freios Nissin e a suspensão Showa, mas o contrato chega ao fim agora em 2014.
 
O espanhol não começou bem a temporada e não se pode dizer que ele tem um histórico irrepreensível. Se a Honda precisar de uma vaga para dar a Redding a RC213V, Bautista sai na frente como candidato a ceder o lugar.
 
Além dos tradicionais jogadores, a volta da Suzuki também pode ter um papel importante na movimentação dos pilotos. A marca nipônica garantiu que vai entrar na pista em 2015 e nos últimos dias surgiu na imprensa inglesa que Andrea Dovizioso está na lista de candidatos a vestir o uniforme do time.
 
Hoje piloto da Ducati, Dovizioso é conhecido por sua habilidade no desenvolvimento da moto, algo que a Suzuki certamente vai precisar. Antes dele, entretanto, Pedrosa já apareceu como candidato e inclusive admitiu que, embora a Honda seja sua prioridade, fica lisonjeado com o interesse da fábrica rival.
 
Ao que parece, as grandes mudanças não virão dos times principais, mas as equipes satélites e a própria Suzuki devem agitar a reta final do Mundial.
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