Entre glória e pesadelo: Ducati vive sábado de extremos com Marc Márquez e Bagnaia

A MotoGP viu mais um sábado (12) de domínio de Marc Márquez na temporada 2025. O espanhol fez a pole-position com sobras, liderou todas as voltas da corrida sprint e venceu a quarta prova curta no atual campeonato. Do outro lado da garagem, Francesco Bagnaia chegou a um novo ponto baixo no ano, caiu na classificação e sofreu para terminar em oitavo na atividade final. Dois lados de uma mesma moeda dividem a Ducati no Catar.

O primeiro dia de treinos mostrou uma Ducati equilibrada, com os dois pilotos brigando pelas primeiras posições e até mesmo um valente Pecco Bagnaia à frente de Marc Márquez. Neste sábado, parece que tudo mudou e o italiano nunca foi capaz de alcançar o mesmo ritmo. Na classificação, até vinha em boa volta na última tentativa, mas caiu sozinho e amargou um 11º lugar no grid.

Para piorar, a sprint foi ainda pior. O começo pareceu promissor, subindo para o oitavo posto, mas depois foi engolido pelo pelotão e superado até mesmo pelo ainda lesionado Jorge Martín. Reagiu no fim, terminou em oitavo, mas a 10s do vencedor, o companheiro Marc Márquez. E o espanhol até pode dizer que sofreu contra o irmão Álex no início, mas depois sobrou de maneira espetacular em uma prova bem arrastada da MotoGP.

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O domínio de Márquez foi tão grande, mas tão grande, que terminou quase dois segundos à frente do rival mais próximo e pode até mesmo brincar com a performance depois da corrida. Afinal, mesmo em uma pista que não beneficia seu estilo de pilotagem, controlou todo o pelotão com extrema facilidade.

“Sofri. A verdade é que não esperava este sábado. Não quero dizer nada, mas, pouco a pouco, estou me adaptando à pista. Vamos ver se consigo melhorar com os pneus usados, mas agora me encontro melhor com os novos. No momento, recuperei a liderança em um circuito que marcava como um dos mais difíceis”, afirmou o #93.

“Amanhã será uma corrida de gestão de consumo. Com o pneu traseiro não há problema, o que me preocupa é o pneu dianteiro em duas ou três curvas que preciso forçar. Na sprint, não precisei tanto e guardei para o final. É um circuito que, na teoria, Álex [Márquez] e Pecco [Bagnaia] vão atacar e tirar pontos, mas até o momento não foi assim”, pontuou.

No outro lado da garagem, Bagnaia se arrastou até um suado 8º lugar. E só restou desabafar depois dos erros e problemas, mas o italiano não fez questão de esconder a frustração com os pneus da Michelin, que novamente causaram problemas para o bicampeão — repetindo o drama do GP da Emília-Romanha do ano passado.

“Hoje não foi um bom dia, o pior do ano. Cometi um erro no Q2 mesmo, mas estava tentando. Na primeira saída, não fui bem, era difícil baixar o tempo. Me encontrava melhor na última tentativa, mas entrei forte demais na curva 4 e caí. O erro foi todo meu, mas precisava tentar”, admitiu Pecco.

“Saindo em 11º na sprint, sabia que não ia ser fácil. Amanhã, na corrida principal, sei perfeitamente que estarei mais confortável. Perder pontos para um piloto como Marc Márquez é algo que machuca muito. Não estava confortável hoje, tive um pequeno problema e espero que não tenha no domingo”, seguiu.

Questionado sobre um pneu com problema, foi direto: “Não posso falar sobre isso”, comentou com os jornalistas presentes em Lusail.

A MotoGP volta a acelerar neste domingo (13), a partir de 14h (de Brasília), com o GP do Catar, em Lusail, quarta etapa da temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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