Quartararo diz que Yamaha conseguiu “reduzir atraso” na MotoGP e celebra: “Estou feliz”

Fabio Quartararo segue com os pés no chão, mas não esconde a alegria com a forma da Yamaha para a temporada 2025 da MotoGP. Depois de ver a montadora japonesa conseguir pequenas melhoras com a YZR-M1 ao longo dos últimos anos, o francês avaliou que é a primeira vez que os japoneses efetivamente conseguem reduzir o atraso para a concorrência.

Na primeira bateria de testes da pré-temporada, Quartararo fechou a semana na Malásia com o terceiro melhor tempo. O #20 cravou 1min56s724 e ficou a 0s231 do líder Álex Márquez.

“Estou muito feliz”, disse Quartararo. “A minha melhor volta na classificação do ano passado foi em 1min57s5, então acho que a diferença é maior do que 0s8. Estava dizendo que, entre 2019 e 2024, nós melhoramos 0s6, então é claro que podemos ficar felizes”, seguiu.

“Precisamos manter a calma, é só o teste, mas acho que é bem bom. Ano passado no teste, Pecco [Bagnaia] fez [1min]56s6 ou [1min]56s5 e este é mais ou menos o tempo de volta que fizeram no ano passado, então acho que podemos ficar felizes”, avaliou.

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Mesmo que não tenha feito uma simulação de corrida completa, Quartararo se mostrou satisfeito também com o ritmo da nova YZR-M1.

“Não foi realmente uma simulação. Só fiz seis voltas com um conjunto de pneus e aí usei novos em outras seis. Correu bem”, ponderou. “É preciso considerar que no ano passado, estávamos em 11 ou 12º, enquanto hoje olhamos para o ritmo de Pecco e dos dois Márquez. A diferença é grande, mas estou feliz com o tempo que fizemos, pois não é só uma questão de uma volta”, acrescentou.

Ainda, Fabio revelou que a ideia de cravar 1min56s em Sepang nasceu de uma brincadeira com Massimo Meregalli, o chefe da Yamaha.

“O pior no ano passado não era a corrida, o problema era especialmente em volta lançada, pois sempre começávamos super atrás e era super difícil ultrapassar. Agora, antes do meu primeiro tempo de ataque, sabia que faria 1min56s, pois brinquei com Maio no primeiro dia em que chegamos aqui de que faria 1min56s, mas estávamos chegando mais e mais perto a cada dia e, no fim, foi nossa realidade hoje. Do nosso lado, também temos um bom motor, então vamos ver como podemos nos sair nos três primeiros GPs”, falou.

Questionado sobre o que mudou na moto, Fabio respondeu: “É parecida, mas não é a mesma. Basicamente, muito da eletrônica mudou, a forma como eu piloto, temos coisas novas na moto. Claro, é difícil ver o que é novo, mas, em termos de tempo de volta, vimos que somos muito mais rápidos do que no ano passado. Melhoramos muito o nosso feeling na entrada das curvas, também na mudança de direção, mas o nosso ponto fraco é a aderência”.

“Hoje a pista tinha muita aderência, dá para ver que ela está preta por causa da borracha. Não vou dizer que nosso tempo de volta é falso, pois ano passado também estava assim e nós ficamos a 1s do líder. Agora, estamos a 0s3. Estou ansioso para ver como será quando a pista tiver realmente pouca aderência, que são as piores condições para nós”, reconheceu.

Perguntado sobre o que mudou ultimamente para resultar em um salto tão grande da Yamaha, Quartararo analisou: “Acho que todos os anos, especialmente entre 2022 e 2024, nós demos um passo, mas a Ducati e os outros deram dois ou três. Acho que neste ano, nós conseguimos dar mais passos. Acho que é um estilo de pilotagem diferente de 2019 ou 2021, mas sinto que a moto é rápida, então o estilo de pilotagem é um pouquinho diferente do passado, mas acho que é o primeiro ano em que conseguimos reduzir o atraso”.

“No passado, nós só melhorávamos, mas os outros melhoravam. Ou nós melhorávamos, mas os outros ainda mais. Agora, acho que a diferença é menor”, encerrou.

A MotoGP volta às pistas entre os dias 12 e 13 de fevereiro para o segundo teste da pré-temporada, na Tailândia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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