Bagnaia elogia entrega de potência, mas pede melhor frenagem do novo motor Ducati
Francesco Bagnaia colocou o motor como principal prioridade para o teste da MotoGP na Malásia. O italiano elogiou a entrega de potência do novo propulsor, mas considerou que ainda é preciso melhorar o desempenho na hora da freada
Francesco Bagnaia colocou o motor como prioridade da Ducati no primeiro teste da MotoGP para a temporada 2025 na Malásia. O italiano elogiou a entrega de potência do novo item, mas considerou que é preciso trabalhar no desempenho em frenagem.
Nesta quarta-feira (5), Pecco completou um total de 45 voltas e, com a melhor delas em 1min58s947, fechou o primeiro dia em Sepang em 17º, 1s392 atrás de Fabio Quartararo, o líder dos trabalhos.
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Agora sem o #1, o bicampeão da MotoGP avaliou que o pelotão não tem pneus suficientes para poder fazer um trabalho mais detalhado e explicou que ele e Marc Márquez trabalharam em rotas diferentes ao longo do dia.
“É difícil dizer alguma coisa sobre as motos, pois não temos pneus o bastante para testar adequadamente as coisas, e hoje foi mais um dia de sacrifício”, disse Bagnaia. “Honestamente, fizemos isso simplesmente para começar a filtrar tudo. Então começamos com a maior coisa e vimos já com a outra especificação que não estava funcionando muito bem. Uma coisa diferente, já entendemos a direção graças a Marc, que fez um bom tempo de ataque com a GP24 na última parte do dia”, indicou.

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“Temos mais dados para analisar e acho que fizemos um trabalho muito bom hoje, pois nossa sensação foi mais ou menos a mesma. Tentamos um caminho diferente e [nos encontramos] no fim do dia”, explicou. “Então demos muitos dados aos técnicos, aos engenheiros, e amanhã já sabemos onde queremos começar”, frisou.
Pecco evitou, porém, dar uma posição final sobre a performance da GP25 na comparação com o protótipo antecessor.
“Uma coisa boa que senti com a GP25 é a entrega de potência, que parece muito suave, muito precisa, um pouco melhor em comparação com a GP24, que era um pouco mais ‘irregular’ na saída”, comparou. “Mas o melhor ponto da GP24 era a freada e a entrada e, no momento, a GP25 não está no mesmo nível. Então temos de trabalhar nisso, mas temos bastante tempo para isso”, ponderou.
Bagnaia explicou que entende que o motor tem um peso na avaliação dele sobre a GP25, mas pontuou que não é uma questão de inércia.
“Acho que é mais a construção do motor, mas não é a inércia do motor”, comentou. “Talvez seja o acerto”, sugeriu.
O #63 explicou que aproveitou esse primeiro dia de pré-temporada para trabalhar com o chassi da GP24 para que pudesse, assim, trabalhar com o novo motor. Fabio Di Giannantonio, contudo, já trabalhou com o novo quadro ao longo do dia.
“O chassi de hoje era o da GP24, só com o novo motor, pois é mais importante entender o motor e aí colocar o novo chassi. Diggia já estava usando o novo chassi, estava feliz com a frenagem, então acho que será bom”, observou.
Questionado se o congelamento no desenvolvimento dos motores da MotoGP para 2026 era uma causa para essa nova estratégia de trabalho, Pecco respondeu: “E também porque não temos muito tempo, como no passado. Vamos terminar esses cinco dias de testes e aí, uma semana depois, temos de ir para a Tailândia para a primeira corrida”.
“Então o mais importante, a prioridade máxima, é entender o motor, pois já aconteceu no passado de termos de voltar um pouco e não queremos passar pela mesma situação. A GP24 era uma moto incrível em alguns aspectos, e nós queremos melhorar em cima disso”, falou. “Do meu ponto de vista, o motor está trabalhando muito bem na saída, na entrega de potência, mas temos de melhorar na frenagem. E acho que já sabemos o que fazer”, encerrou.
A MotoGP faz o primeiro teste da pré-temporada 2025 entre os dias 5 e 7 de fevereiro, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

