GUIA 2020: Hexa, Márquez tem encontro com história: os títulos de Rossi
Marc Márquez terá em 2020 a chance de igualar as sete conquistas de Valentino Rossi na classe rainha. Se alcançar ao #46, o espanhol terá apenas um recorde no horizonte: os 15 títulos de Giacomo Agostini
2020 PODE SER UM ANO PARA FICAR NA HISTÓRIA. Dono de seis títulos na MotoGP, um na Moto2 e um nas 125cc, Marc Márquez terá neste ano sua primeira chance para igualar o número de títulos de Valentino Rossi no Mundial de Motovelocidade.
Aos 27 anos, Márquez abre o campeonato como franco-favorito. Desde que subiu para a classe rainha em 2013, o #93 ficou sem a taça apenas em 2015, quando Jorge Lorenzo chegou ao tricampeonato vencendo Rossi apenas na decisão de Valência. Assim, difícil imaginar o #93 longe da briga pelo título.
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O talento e os números impressionantes já fazem de Márquez um dos maiores da história, mas 2020 vai representar a chance de, ao menos na frieza dos números, colocar o espanhol em pé e igualdade com aquele que, para muitos, é o maior de todos os tempos.
Em sua 21ª temporada na MotoGP/500cc, Rossi segue perseguindo o sonho do décimo título e conta com números impressionantes. No total, são 115 vitórias ― 89 na classe rainha, 14 nas 250cc e 12 nas 125cc ―, 234 pódios ― 198 na elite, 21 na classe do meio e 15 na menor ―, 65 poles ― 55, cinco e cinco, respectivamente ― e nove títulos.
Assim como Márquez fez anos mais tarde, Rossi passou dois anos em cada uma das classes menores. O salto para a elite aconteceu em 2000, ainda nas 500cc. O italiano, então, precisou de dez temporadas para conquistar sete títulos da classe rainha.
Ao longo deste tempo, Rossi disputou 167 GPs, venceu 77, conquistou 128 pódios e 48 poles. Assim, o aproveitamento de vitórias foi de 46,10%, enquanto que o de top-3 chegou a 76,6% e o de poles foi de 28,7%.
Ao contrário de Márquez, que sempre vestiu as cores da Honda, Rossi encarou uma mudança de equipe no meio do caminho. O italiano disputou quatro temporadas com a Honda e, depois, em 2004, mudou para a Yamaha, onde conquistou os quatro títulos mais recentes.
Marc, por sua vez, caminha para sua oitava temporada na MotoGP. Até aqui, o espanhol soma 127 GPs, 56 vitórias ― aproveitamento de 44,09% ―, 95 pódios ― 74,8% ― e 62 poles ― 48,8%.
Se conquistar o sétimo título da MotoGP em 2020, Márquez terá alcançado a marca de Rossi em menos tempo, mas, tal qual o italiano, ainda terá um longo caminho a percorrer para alcançar o recordista máximo do Mundial de Motovelocidade: Giacomo Agostini.
O lendário Ago é o recordista absoluto de títulos, já que foi campeão 15 vezes: sete nas 350cc e oito nas 500cc. Giacomo, porém, já perde para Rossi em termos de vitórias, pódios e poles, uma vez que soma 122 vitórias ― 68 nas 500cc e 54 nas 350cc ―, 159 pódios ― 71 nas 350cc e 88 na principal ― e nove poles ― seis na categoria rainha.
2020, porém, será um ano cheio de peculiaridades, já que a pandemia do novo coronavírus forçou a Dorna, promotora do Mundial, a retalhar o calendário. Por enquanto, serão 13 etapas, todas na Europa. Os GPs da Argentina, da Tailândia e da Malásia permanecem como possibilidades, mas dependem da liberação para presença do público.
É um asterisco que a carreira de Marc, certamente, não precisava.
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