Honda cita “processo doloroso”, mas vê progresso na MotoGP e mira “mudar mais”
Chefe da Honda, Alberto Puig reconheceu que a montadora vive uma temporada difícil na MotoGP, mas considerou que, desde Misano, achou uma direção que tem resultado em progresso
Alberto Puig reconheceu que, mesmo que a passos de tartaruga, a Honda tem feito progressos na tentativa de voltar ao topo da MotoGP. Mesmo assim, o dirigente assumiu que tem sido uma temporada difícil na classe rainha do Mundial de Motovelocidade.
Outrora dominante, a montadora da asa dourada é hoje a lanterna da MotoGP, com só 60 pontos, 551 a menos do que a campeã Ducati. A Yamaha, que também atravessa uma fase difícil e aparece só uma posição à frente no Mundial de Construtores, já tem 44 pontos mais.
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Em meio às dificuldades, Puig reconheceu que a Honda não está acostumada ao tipo de resultado que obtém atualmente, mas garante que a montadora tampouco vai desistir.
“Esta é uma equipe vencedora, estamos acostumados a vencer”, disse Puig. “Às vezes, você precisa passar por um processo doloroso e é isso que estamos fazendo”, seguiu.
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“O espírito da Honda é nunca desistir. Há muitos anos, o DNA da Honda é correr, e o espírito de correr é algo de que nunca vamos desistir. Nossa única meta é vencer outra vez”, frisou. “A temporada não foi fácil, isso é óbvio. Tivemos um novo piloto: Luca Marini. Passamos seis ou sete meses testando muitas coisas, tentando entender. Foi duro. Os resultados mostram a realidade”, assumiu.
Ainda assim, Alberto acredita que, desde Misano, a Honda encontrou um caminho a seguir e começou a encontrar resultados melhores. 45% dos pontos conquistados no Mundial de Construtores foram somados desde o GP de San Marino e da Riviera de Rimini. Ou seja, em cinco das 17 etapas disputadas até aqui.
“Nós, finalmente, encontramos alguma coisa em Misano, algum tipo de direção. Desde então, acreditamos que podemos começar a avançar. Mesmo que de fora pareça que não estamos progredindo — pois em termos de resultado, não estamos —, internamente nós estamos mudando”, garantiu. “Vamos mudar ainda mais. A Honda é uma companhia que está nas corridas há muitos anos. Toda companhia tem seu processo. Elas podem se adaptar, mas você nunca sabe a filosofia. Podemos fazer mudanças, mas a Honda sempre será a Honda”, garantiu.
Entre as mudanças, a Honda ganha um novo piloto de testes com a contratação de Aleix Espargaró, mas também passa a contar com Takaaki Nakagami na equipe de provas, com o atual piloto da LCR integrado ao time que trabalha no Japão.
“Vamos passar de um piloto de testes para três”, comentou Alberto. “Não estamos indo atrás das pessoas, mas, no caso de Aleix, ele decidiu se aposentar. Pensamos que era um bom momento para conseguir os serviços dele, pois ele é experiente. Ele fez a Aprilia, ele sabe o que ele fez, foi importante. Trocar informações nas corridas é algo necessário. Você precisa estar no auge da tecnologia, então precisa de informação de onde quer que seja possível”, ponderou.
Outra novidade da Honda é a chegada de Romano Albesiano. Atual diretor-técnico da Aprilia, o italiano vai assumir a mesma função na marca da asa dourada.
“Vai ser interessante entender um ponto de vista diferente. Estamos empolgados”, completou.
A MotoGP volta a acelerar neste fim de semana, com o GP da Tailândia, em Buriram, 18ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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