Miller diz que “atitude” quase barrou acordo com Yamaha: “Disse coisas que não deveria”
Jack Miller revelou que Paolo Campinoti, dono da Pramac, precisou ir a luta para poder contratá-lo para a temporada 2025 da MotoGP, já que a Yamaha não estava satisfeita com a atitude dele. Australiano falou em um problema de fácil solução e reconheceu que não foi a primeira vez em que se meteu em encrencas por causa de sarcasmo
Jack Miller revelou que quase não conseguiu o acerto com a Pramac por causa da insatisfação da Yamaha com a “atitude” dele. Australiano destacou que o acordo só foi possível por que Paolo Campinoti, dono da equipe satélite, “foi à luta” por ele e conseguiu contornar a situação.
Miller quase ficou de fora da MotoGP em 2025. O #43 tinha a expectativa de seguir na KTM, mesmo que descendo para a Tech3, mas acabou dispensado e chegou a fazer uma espécie de tour de despedida na reta final da campanha passada, já que restavam poucas vagas disponíveis. Na última hora, porém, o acordo com a Pramac acabou garantindo a continuidade na elite do esporte.
O contrato, porém, dependeu do empenho de Campinoti, já que, de acordo com Miller, a Yamaha não estava muito inclinada a escolhe-lo para formar dupla com Miguel Oliveira.
“Tomei um chute e foi, essencialmente, no meu traseiro”, disse Miller em uma participação no podcast Gypsy Tales antes do GP das Américas. “Não parecia que tinham muitas [vagas] sobrando. Estava quase tudo fechado”, recordou.
LEIA TAMBÉM
⭐ Dez lesões que marcaram a história da MotoGP

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
“Você tenta descobrir o que está acontecendo, o que está disponível, quem está disposto a contar com você ou pegar você. Não parecia bom”, assumiu. “Fui, essencialmente, salvo por Paolo”, frisou.
Sem revelar detalhes, Miller admitiu que a insatisfação da Yamaha com ele era fruto de uma fala que ele sequer percebeu como problemática.
“Disse algumas coisas que não deveria ter dito, como um idiota. Eu sendo eu. Sarcástico”, assumiu. “Podemos dizer que a Yamaha não ficou muito feliz com a minha atitude. Era algo que podia ser resolvido com facilidade. E, eventualmente, foi”, apontou.
“Mas eu não sabia que era um problema. Ou o que eu tinha feito de errado. Mas você nunca sabe quando é um idiota sarcástico!”, comentou. “Atirei no meu pé algumas vezes. Mas, no que diz respeito ao meu trabalho, sou extremamente sério. Quero fazer o melhor toda vez que subo na moto”, frisou.
Jack aproveitou para manifestar a gratidão por Campinoti, que conseguiu driblar os problemas para assinar com ele.
“Paolo foi à luta por mim. Ele conseguiu persuadir e finalizar isso. Sou grato”, destacou.
Por fim, Miller, que passou por Honda, Ducati e KTM, sublinhou o empenho da Yamaha em voltar ao topo da MotoGP.
“Nunca vi uma fábrica mais dedicada em voltar ao topo”, encerrou.
A MotoGP volta a acelerar entre 11 e 13 de abril, com GP do Catar, em Lusail, quarta etapa da temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
LEIA TAMBÉM
⭐ Diogo Moreira: a joia do motociclismo brasileiro cresceu. E ficou ainda mais valiosa

