Zarco atrela avanço da Honda na tabela ao fato de “ter menos Ducati” no grid: “Joga a favor”

Johann Zarco avaliou que, ainda que a Honda tenha conseguido alguma evolução com a RC213V, o ganho de posições na tabela da MotoGP está diretamente relacionado à redução no número de motos da Ducati no grid

Johann Zarco acredita que o avanço da Honda na tabela da MotoGP é resultado do número menor de motos da Ducati na pista. Mesmo enxergando evolução na RC213V, o francês da LCR entende que a montadora japonesa tirou proveito das dificuldades da concorrência no GP da Tailândia.

Até o ano passado, a Ducati contava com oito Desmosedici no grid, mas, para 2025, o número caiu para seis, já que a Pramac mudou para Yamaha, que duplicou o volume de YZR-M1 no campeonato.

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Na abertura da temporada em Buriram, tanto Zarco quanto Luca Marini conseguiram os melhores resultados deles com a Honda. Johann foi sétimo, enquanto o italiano recebeu a bandeirada em 12º. Além disso, Joan Mir brigou pelo top-10 nas duas corridas, fechando a sprint em nono e abandonando o GP após uma queda atrelada as altas temperaturas.

No quadro geral, Zarco saiu da Tailândia na oitava posição do Mundial de Pilotos, com 28 pontos a menos do que o líder Marc Márquez, enquanto a Honda é a quarta colocada no Mundial de Construtores, 27 pontos atrás da líder Ducati. Ano passado, após o GP do Catar, que abriu o campeonato, o melhor representante da Honda aparecia em 12º — e também era o #5 —, e a montadora tinha a lanterna na disputa das fábricas, com 33 pontos de atraso.

Johann Zarco mantém os pés no chão em relação à evolução da Honda (Foto: LCR)

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“Em relação às posições que ganhamos entre os dez primeiros, acho que é por ter menos Ducati, e isso joga bastante a favor”, disse Zarco em entrevista à emissora francesa Canal +. “Tem alguns pilotos que estão sofrendo neste momento, como as KTM. Não é só uma grande evolução da Honda, porque seguimos tendo as mesmas dificuldades e estamos um passo atrás da Ducati, mas, pelo menos, podermos nos divertir um pouco mais nas corridas”, seguiu.

“O campeonato teve mudanças, repito, e isso é o que também nos faz ganhar postos na classificação”, frisou.

Ainda assim, Zarco fez um balanço positivo da melhora da Honda, já que se viu com mais forças para lutar com alguns dos rivais na MotoGP.

“Ano passado era impossível lutar com Aprilia ou com as KTM. [Na Tailândia, lutamos] inclusive com as Ducati, pois [Fabio] Di Giannantonio e Fermín Aldeguer estão atrás. Isso é bom”, comentou.

Apesar das diferenças entre o GP da Tailândia de 2024 e de 2025, o avanço de Zarco foi considerável. Ano passado, na chuva, o francês cruzou a linha de chegada com 17s6 de atraso para o vencedor. Desta vez, a diferença foi de 15s2.

“Estou muito contente com o sétimo lugar. Sempre é um alívio no aspecto mental, porque o fim de semana é estressante. Em cima da moto, nunca estou demasiadamente confortável, você sente que têm coisas a aproveitar, um potencial a explorar, mas não é fácil. E acabar a 15s do líder é sinal de que, em termos de regularidade, não estamos mal. Acho que falta velocidade, e espero encontrá-la algum dia”, torceu. “Vejo que posso lutar na área que eu esperava, o top-10, graças a um melhor conhecimento sobre a moto. Conhecemos a equipe, e a moto evolui igualmente”, encerrou.

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